“Transparência entre banco e cliente só no papel do extrato do caixa eletrônico” (Marcos Pompeu, 53)
Foi com a frase de um cidadão comum sobre a qualidade do papel que tiramos do caixa toda vez que fazemos uma transação eletrônica que iniciei minha apresentação no painel que discutiu a transparência na relação entre bancos e sociedade, no Semanc’09 – Seminário de marketing e relacionamento com clientes -, no Hotel Transamérica, em São Paulo, agora à tarde. O que parecia uma brincadeira descrevia bem a percepção de parte dos brasileiros sobre as instituições bancárias.
Poucos setores automatizaram tanto as operações como os bancos, o que teria acontecido não apenas para baixar custo, mas para se adaptar ao período de inflação, me explicou Marcos de Barros Lisboa, da Febraban e Itau-Unibanco, que estava no painel. Tenho certeza de que para boa parte do cidadão o primeiro contato com um computador se deu na ida ao caixa eletrônico. Mas se o acesso melhorou através das máquinas, o mesmo não aconteceu com a informação. Pouco se sabe sobre o juro cobrado ou o custo do produto comprado. Por incompetência ou má-fé, a comunicação é ruim. E sem comunicação não há transparência.
Não basta o banco informar (os contratos são documentos bastante detalhados), é preciso que o cliente seja formado. Por isso, repeti o que para mim é o mantra da boa comunicação: seja simples, direto e objetivo. Na hora de esclarecer qual o saldo bancário, de explicar o preço do dinheiro emprestado ou de assumir o motivo que impediu a liberação do crédito.
Aos bancos sugeri que abram espaços interativos de diálogo, o que vai além do faleconosco@meubanco.com.br. Um blog com um porta-voz da empresa esclarecendo dúvidas e permitindo a publicação de reclamações, seria uma caminho. Dar ao ombudsman independência e poder, sendo um representante do cidadão e não para-choque da instituição.
Algumas perguntas chegaram ao fim da conversa e não puderam ser respondidas e eu me comprometi de registrá-las aqui no blog. Vamos lá:
“A imprensa está disposta a contribuir com a melhoria da relação da sociedade com o sistema financeiro ? A imprensa não tem dedicado mais tempo às denúncias do que à educação da sociedade ?” (Isabel Duarte/Itau-Unibanco)
É papel dos veículos de comunicação prestar serviço ao cidadão e assim ajudar a sociedade e as instituições – financeiras ou não – a ter uma relação mais apropriada e transparente. A denúncia das irregularidades é parte deste aprendizado.
“Por falar em novas mídias, a iniciativa do Blog da Petrobrás foi muito criticada pela imprensa. Em sua avaliação quais foram os acertos e erros desta iniciativa e quais outros exemplos bem sucedidos no mercado ?” (Marcelo linardi/Santander Brasil)
Taí um problema de comunicação: a Petrobrás ter um blog para manter diálogo direto com o cidadão é uma boa ideia, mesmo que seja para antecipar entrevistas que serão publicadas na mídia – fato que desagrada boa parte dos jornalistas, afinal quem levanta a informação quer publicar em primeira mão. A fonte da informação não tem compromisso com o repórter e pode divulgá-la quando e da maneira que bem entender. No entanto, a percepção de boa parte da mídia foi que a proposta surgiu como forma de constranger a publicação de reportagens com denúncias contra a empresa e isso causou turbulência. Como não temo pela informação que investigo, não me senti constrangido. E espero que a Petrobrás – assim como as demais corporações brasileiras – saibam usar esta ferramenta para ampliar o diálogo com a sociedade.
Bons exemplos de empresas e COs com blogs corporativos: Randy Baseler da Boeing (www.boeingblogs.com/randy); Mark Cuban do Dallas Maverick (www.blogmaverick.com) e Jonathan Schwartz da Sun (blogs.sun.com/jonathan).
“Por falar em transparência, por que a mídia é tão acusada de torcer e distorcer fatos políticos, como os eventos atuais de Brasília ? Há interesses inconfessáveis ou incompreensões ?” (Armando Prado/Santander)
Pra começo de conversa vamos acabar com o mito da imparcialidade. Nascemos de uma família, construímos relações, torcemos para um time, estudamos em escolas diferentes, rezamos ou oramos dependendo a igreja que frequentamos. Em cada etapa construímos percepções e somos influenciados por este caldo de cultura que nos cerca. Tudo isso é decisivo na abordagem dos temas e nas escolhas que fazemos na cobertura jornalística.
Existe em parte da mídia viés ideológico na cobertura e isto pode, sim, em algumas situações, prejudicar a qualidade da informação. O esforço tem de ser no sentido inverso, impedir que a nossa convicção e a da empresa, seja esta qual for, nos impeça de oferecer ao cidadão a verdade dos fatos e espaço para o contraditório.
Há também incompetência no exercício da função que prejudica a avaliação e transmissão da mensagem, por falta de preparo do profissional.
Seja por um motivo, seja por outro, a sociedade precisa se organizar criando fóruns e instituições para fiscalizar e denunciar os meios de comunicação que colaboram com a desinformação da sociedade. Organismos com este objetivo existem nos Estados Unidos com resultados positivos, apesar da força das empresas de comunicação.
hoje, ouvindo os comentarios do da palestra dada pelo ex-presidente Fernando Henrrique, a respeito da liberação do maconha, não acreditei no que ouvi. Como que ele, que si diz famoso, pela sua formação, tem uma ideia de jirico dessa? querendo a liberação da maconha? será que ele costuma andar pelas ruas de SP a noite? provavelmente não. Acho que ele não conhece a cidade onde ele mora. Logico ele, não deve saber de quatas crianças vive nas ruas de SP, usando e traficando drogas. Ele comcerteza, não tem filhos e netos envolvidos com esses problemas. Com certeza esse cidadão não sabe o que esta falando. Essas crianças que estão nas ruas das grandes cidades, tem um dedo dele e seus aseclas, quendo presidente do pais, com juros estratosfericos, bastava um mosquito defecar na china, que era motivo para ele e sua equipe economica, elevar os juros e jogar melhoes de familas na miseria. Sem falar nas maselas de disperdicios de nosso dinheiro que foi jogado no ralo do senado pelos atos secretos e pela camara dos deputados. E agora mais uma vez, ele quer jogar mais crianças no mudo das drogas e consequentimente no crime?
Com certeza, ele perdeu uma grande chance de ficar de boca fechada.