Seu Nicola e a economia de água

 

Seu Nicola preserva a naturezaSeu Nicola Bachini, 78 anos, não tem medo da chuva. Usufrui dela. Assim que o tempo fecha, começa uma operação que já se transformou rotina na casa dele em Vila Primavera, bairro de Sapopemba, em São Paulo. A água que escorre do telhado vai para uma bacia no pátio. Com a canequinha em uma mão e o funil em outra, transfere a água para garrafas PETs. Tudo que for armazenado será usado no dias secos para regar as plantas. No dia em que a foto foi feita, Nicola recolheu 60 litros de água.

A obsessão do seu Nicola pela economia de água não para por aí: com o que sobra da máquina de lavar, lava o quintal; e o chuveiro fica aberto apenas o suficiente para o banho diário.

Os filhos já pensam em construir uma cisterna para tornar o trabalho do pai mais produtivo e menos cansativo. O que não entendem é a desconfiança da Sabesp que, sem acreditar no cuidado dele com o consumo de água, insiste em trocar o hidrômetro já que a conta não vai além dos 10 mil litros por mês. Trocaram três até aqui, de acordo com Clécio Bachini: “Se fazem campanha para economizar, por que desconfiam da gente ?”

7 comentários sobre “Seu Nicola e a economia de água

  1. Seu Nicola,
    o Sr não aceitaria concorrer a prefeito desta cidade não?
    Que tal ser vereador? R$ 9.000,00 por mês pra o senhor ensinar a gente a fazer isso aí.
    Fala pra nós de outros como o senhor
    Pensa nisso seu Nicola! Estamos em falta de candidatos formados nesta matéria aí mesmo.
    Isso sim é que é bom senso.

    Aguardamos a sua resposta.
    Cidadãos de São Paulo.

  2. Parabéns Sr. Nicola, este é um excelente exemplo que deveria ser seguido por todos nós.

    Quanto ao hidrômetro, a Sabesp já trocou 3 vezes aqui em casa só porque também utilizo apenas a taxa mínima por volta de R$ 26,00.

    A desculpa dos funcionários (terceirizados) que fazem a troca é a modernização dos equipamentos, o estranho é que só trocam em minha casa o resto dos moradores da rua devem consumir agua de acordo com os interesses da Sabesp e estarem com os equipamentos modernos.

  3. Inteligentíssimas e sensibilíssimas as práticas do Sr. Nicola.
    Deveriam ser difundidas em escolas. Eu moro em apartamento, não tenho como captar água de chuva, mas aqui, toda água de enxágüe de roupas (do tanque e da máquina) é usada para limpar o chão. A água de degelo de geladeiras também pode ser usada para esse fim.
    Um abraço,
    Eliane.

  4. parabéns milton jung pela divulgação e para o sr nicola pela iniciativa… infelizmente a maioria dos brasileiros não pensa e talvez até não saiba que a água potável é um recurso esgotável…todos os dias pela manhã quando vou trabalhar, vejo várias pessoas lavando as varandas/alpendres e algumas até mesmo as calçadas e ruas… dá vontade até vontade de descer do carro para brigar…

  5. Tenho um amigo em Franco da Rocha que canalizou a água da chuva, que escorre nas calhas de sua casa, para duas caixas d’água, interligadas à descarga do banheiro. A água da máquina de lavar também. Para ele, chuva é sinônimo de economia.

  6. Seu Nicola, eu também sou vítima da desconfiança das concessionárias SABESP e AES/Eletropaulo.

    Economizo energia, uso aquecedor solar e capto água de chuva, da máquina e das torneiras da minha casa. Faço reúso de água e tenho jardim e sou casado e minha conta e consumo são os mais baixos da minha rua.

    A duas concessionárias, em vez de me estimularem, vieram conferir meus medidores, desconfiando de mim.

    A SABESP trocou o meu hidrômetro, mesmo com meus protestos. A AES/Eletropaulo mandou 3 funcionários para “averiguar” o relógio da energia elétrica.

    Em vez de nos estimular, elas desconfiam.

    Em breve, empresas como essas deixaram de existir.

    São pessimamente geridas, basta olharmos os nossos rios, no caso da SABESP, uma vergonha nacional que ofende os paulistas, e, no caso da AES/Eletropaulo, empresa suspeita de fraude no BNDES e que não tem sequer um projeto de eficiência energética. A AES/Eletropaulo não discrimina consumidores, ela não é inteligente, pelo contrário, é uma empresa anti-social, anti-brasileira, burra e que só pensa em lucros.

    Cobra a mesma tarifa de energia para todos, seja essa energia para uma creche, albergue, ou uma escola; seja essa energia para um bar ou um restaurante ou uma loja.

    Não trata de forma diferenciada o consumidor social do consumidor comercial.

    Elas não resistirão aos novos tempos.

    Abraços, Gustavo Cherubine.

Deixar mensagem para Ginho de Souza Cancelar resposta