Avalanche Tricolor: Tem de rebolar

 

Votoraty 0 x 1 Grêmio
Copa do Brasil – Votorantim (SP)

Jonas é dos mais desengonçados atacantes que conheço. Ensaia belos dribles que nem sempre se completam, inventa chutes que na maioria das vezes acaba atrás da goleira e em campo carrega um olhar que me causa estranheza. Quando sofre falta joga-se no chão agarrado ao tornozelo e rola como artista de baixa qualidade, tenha sido atingido ou não. Chega a ser engraçado.

Mais graça ainda tem quando alcança seu objetivo: o gol. Nem tanto pelo gol em si – o que, convenhamos, já seria suficiente para me levar as gargalhadas -, mas pela dança desajeitada diante das câmeras. Hoje, acompanhado por alguns colegas, saracoteou na linha de fundo após fulminar a rede adversária com uma cabeçada, aos seis minutos do segundo tempo. Rebolou, mexeu as pernas, balançou os braços. Ao fim, confessou que a ideia foi de Douglas que ensaiou com ele no vestiário, antes da partida.

As coreografias de Jonas são conhecidas no estádio Olímpico desde que voltou a jogar pelo Grêmio. Faz a coisa tão mal que a mãe dele pediu para que deixasse a dança de lado, no ano passado. Foi atender o desejo materno, se machucou e ficou fora do time na parte final da temporada. Por isso, prefiro vê-lo faceiro a comemorar gols em vitórias necessárias como a desta tarde na pequena Votorantim, pela Copa do Brasil.

Necessárias porque a diferença entre os dois times é evidente e vai muito além do placar conquistado. Porém, dadas as condições impostas ao Grêmio para a prática do futebol foi de bom tamanho. O campo de jogo não merecia este nome. Era um enorme retalho de grama e buraco colocando em risco a integridade de jogadores profissionais. Aqui em São Paulo, encontra-se na várzea gramados melhores e dimensões maiores, inclusive com iluminação o que não ocorre no Domênico Paolo Metidieri, assim batizado em homenagem ao ex-presidente da Federação Paulista de Futebol, comendador Alfredo Metidieri – será motivo de orgulho para a família ?

Vítor, nosso goleiro e capitão, sério de mais para comemorar os gols com remelexos, comentou de maneira precisa, como suas defesas: – Ganhamos de dois adversários, o Votoraty e o gramado. E o Grêmio teve de rebolar muito para esta dupla conquista.

Um comentário sobre “Avalanche Tricolor: Tem de rebolar

  1. A CBF é uma entidade que,ao contrário do que se poderia imaginar,não se preocupa com a própria razão de sua existência: o futebol. Tivesse os cuidados que se esperaria dela não permitiria que os jogos deste esporte fossem disputados em “gramados’ sem as mínimas condições,haja vista o que sediou Votoraty x Grêmio. Ah,mas coitados dos torcedores do dono do barraco se precisassem viajar para outra cidade com um estádio em melhores condições,,poderia dizer alguém. Conversa fiada. Esporte que se preze,pricnipalmente por quem o dirige,tem de ser disputado,no mínimo,, em gramados perfeitos. Mas o Grêmio venceu assim mesmo,contrariando a opinião de alguns profetas do Apocalpse.

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