Voto e Adote: o cidadão tem de usar o jornalismo

 

Oficina de comunicação

Teve olhos lacrimejando, sorriso estampado, depoimentos sinceros, crítica aos jornalistas, gente nervosa e gente dedicada na Oficina de Comunicação que reuniu voluntários do Voto Consciente e integrantes do Adote um Vereador, nesse sábado, no auditório do Alumni, em Santo Amaro, zona sul. Por duas horas, tive a oportunidade de realizar a palestra “Jornalismo, use a seu favor”, com a intenção de apontar estratégias e promover exercícios para que o cidadão utilize de maneira mais produtiva as possibilidades à disposição na mídia.

Desde sempre entendo que é a sociedade organizada que defenderá o indivíduo diante das corporações empresariais e políticas – ou que ajudará este indivíduo a dialogar com estas corporações. Por isso, é fundamental que estes grupos estejam preparados para dar nova dimensão ao seu conhecimento e suas conquistas através dos meios de comunicação.

Haja vista os avanços que o Voto Consciente tem alcançado em 20 e tantos anos de trabalho, na Câmara Municipal e Assembleia Legislativa, de São Paulo. Na conversa com seus voluntários – justiça seja feita, a maioria voluntárias – ficou muito claro o respeito que esta organização construiu nas duas casas legislativas, mesmo que ainda encontre uma série de barreiras e limitações para atuar.

Para os ‘padrinhos’ do Adote um Vereador tenho certeza de que foi uma ótima experiência ver a mobilização das pessoas do Voto, pois enquanto estas militam no campo da cidadania de maneira explícita há duas décadas, aqueles mal começaram sua trajetória. Ouvi-las entusiasmadas e, às vezes, resignadas é motivador para quem ainda se frustra com avanços aquém do esperado.

É preciso paciência e persistência para que a ação cidadã não se esvazie no desânimo de uma vitória não alcançada. No caso do Adote, mesmo jovem, o movimento já se faz ouvir em alguns gabinetes e mostra que o eleitor tem muito mais poder do que imagina, como ressaltou em uma simulação de entrevista, o voluntário William Porto, que acompanha o desempenho da comissão de finanças da Câmara Municipal de São Paulo.

Para a realização desta oficina de comunicação contamos com o apoio técnico do Pascoal Júnior, que ao lado do Sílvio, cinegrafista, e do Zé Carlos, auxiliar, trabalharam voluntariamente e possibilitaram que o conhecimento teórico fosse levado à prática.

De minha parte, o agradecimento a quem atento não apenas absorveu a mensagem transmitida mas, principalmente, ofereceu material para a reflexão sobre o papel do jornalista e do cidadão.

4 comentários sobre “Voto e Adote: o cidadão tem de usar o jornalismo

  1. Persistir é a palavra chave Milton. Às vezes temos a impressão de que estamos "malhando em ferro frio", em outras percebemos uma tímida mudança, mas é o que nos dá a esperança de trilhar novos caminhos. Transformações, costumam ser lentas, mas nunca ocorrerão se não houver alguém disposto a lutar por elas. Parabéns pelo trabalho de vocês.

  2. Que pena que não pude ir!!

    Tenho certeza que será muito bom para todo o grupo do Voto Consciente. Assim, cada vez mais os voluntários vão crescendo e se tornando cidadãos mais completos e ativos, para multiplicar e fortalecer essa rede de controle social.

    um abraço,
    henrique

  3. Foi um encontro sensacional entre o VOTO e o ADOTE!

    O grupo do Adote um Vereador que ali compareceu teve a honra de estar próximo de pessoas brilhantes, que na minha opinião são cidadãos exemplares.

    Aprendemos muito com eles!

    A luta do VOTO CONSCIENTE dentro da CMSP e da ALESP nos motiva e comprova que o acompanhamento cidadão é essencial para fortalecer a DEMOCRACIA.

    Nossa luta pela transparência dentro da Casa do Povo, com a participação direta do eleitor e cidadão, será incansável!

    Podem apostar que um dia – provocados pelo Milton Jung – nós do Adote um Vereador, teremos o respeito e a credibilidade, conquistado pelo VOTO CONSCIENTE!

    Sim, nós teremos, com a ajuda de todos vocês nos apoiando!

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