Por Carlos Magno Gibrail
Nem projetos, nem regras. Bate boca, acusações, voltas ao passado. Isso é tudo. Ou quase nada.
Muito é o dinheiro que já entrou em junho deste ano para os partidos – R$ 18,6 milhões – contra R$ 263 mil em junho de 2006. E ainda desrespeitaram as normas, pois driblaram a obrigatoriedade de abrir a conta-eleições com apenas R$6,5 milhões.
De outro lado nem a lei 12.034/09, a mini reforma eleitoral que obriga todos os candidatos à presidente da República a entregar seus planos de governo no ato do registro da candidatura, objetivando planejamento e possibilitando controle, fez com que estudos específicos e tecnicamente elaborados fossem apresentados.
Serra encaminhou dois discursos nos quais apresenta suas diretrizes e crenças. Dilma entregou um programa levado ao 4º Congresso do PT. Ambos informaram depois de flagrados pela imprensa que iriam substituir os originais por efetivo programa de ação.
Marina foi a única que registrou um programa, embora não chegasse a ocupar o espaço de sonho e utopia, que não fosse a religião assumida poder-se-ia esperar.
É o pragmatismo impregnado e generalizado que ao lado da falta de compromisso dos presidenciáveis com o registro de seus planos de governo, escancara que a meta é a própria eleição. Meio e fim. A eleição é o projeto.
Pela boa qualificação dos três candidatos, ao invés de assistirmos ao primeiro debate amanhã pela Bandeirantes, abordando grandes temas como Desenvolvimento Econômico, Distribuição de Renda, Administração Pública, ou especificidades como Educação, Saúde, Sustentabilidade, teremos provavelmente cada qual preocupado com seu adversário, perguntando provocativamente com intuito único de apontar fraqueza alheia ou sabedoria própria.
Cabe a imprensa impor outro cenário e ritmo diferente, embora no engessado esquema atual de debate pela TV, com rígidas regras e tempo escasso, é mais provável que conteúdo mesmo venha apenas de outras mídias.
Internet, jornais e rádios têm apresentado mais adaptabilidade a mudanças.
Esperamos que as contribuições de escritores e jornalistas como as de Heródoto Barbero, Claudio W. Abramo, Fernanda Torres, Clóvis Rossi, Luiz F. Vianna, Milton Jung, etc. possam se repetir e multiplicar. Assim como, e principalmente, de leitores , ouvintes e internautas.
Carlos Magno Gibrail é doutor em marketing de moda e escreve às quartas no Blog do Mílton Jung

Eu gostaria apenas que nos três programas hovesse como primeiro item o combate a corrupção. Quanto do “pib” é destinado a tal prática ?
Será que se economizassem nesse item não daria prá fazer muito mais coisas dos outros itens de programa ?
Eu me lembro muito bem quando as pessoas pediam emprestimos. A famosa TAC, que era taxa de abertura de crédito.
Será que no orçamento da união existe a VDP – valor destinado a propina ?
Você tem toda razão! Temas como reforma tributária, por exemplo, ficam só no discurso pré eleitoral. Isso sem contar em outros absurdos.
Abraços
Ezequiel Ramos, O Claudio Abramo em sua ultima coluna na Folha abordou exatamente a ausência do tema corrupção da fala e da agenda dos candidatos.
Hilton, vamos ter que efetivamente usar internet, rádio e jornal, para abordar os grandes temas.
Um deles é claramente a reforma tributária.
Ola Carlos
Eis boas perguntas aos “nobres candidatos”
Cadê os projetos, planos de governo, etc?
Até agora so vimos os tais se degladiando na justiça eleitoral, na TV, nas radios, ujm acusando o outro, em fim realizando as maiores baixarias como de costume durante as suas campanhas eleitoreiras.
Só ouvimos “levemente am passant” pouquisimas proposições somente dos candidatos.
Pelo jeito, Assim é e sempre será!
E assim com o passar dos tempos de eleição a eleição, o pais acabou ficando sem ferrovias, sem estradas, saude precária, educação lamentavel, sem moradias, o desmatamento aumentou, as favelas aujmentaram, o transporte publico indo de mau a pior, poucas cias aéreas, pouquissimas aeronaves para atender um pais com dimensões continentais, a corrupção aumentou espantosamente, os desmandos politicos, a ingerencia, os salarios do funcionario publico realmente concursado despencou para o outro lado do ,planeta, etc etc etc.
Ai me perguntam como acreditar em politicos nos dias de hoje, se nem projetos de governo não apresentaram ao eleitor?
Só baixarias uma em cima da outra.
Parece picuinha típica de alunos do primeiro grau.
Olá Carlos!
Vamos ter uma eleição bem esquisita e sem grandes mudanças pelo visto. Acabar com a corrupção é utopia. Que pena, mas vamos continuar sonhando, afinal nascemos brasileiros e com a esperança fazendo parte de nós. Não desistimos mesmo de sonhar. Grande abraço
Sandra Tenório
Armando Italo, casa de ferreiro espeto de pau.
Você pode imaginar qual a dificuldade para Serra e Dilma executarem com os assessores um plano de ação?
Carvalho Pinto em SP há décadas atrás, quando ainda não havia computador e a quantidade de informações hoje existentes, apresentou um detalhadissimo planejamento pré operacional.
Por que não fizeram, principalmente neste momento em que há lei para talw
É preciso cobrar. E, hoje há meios de pressionar. A internet pode ajudar muito.
Sandra Tenório, A expectativa era em cima da Marina, pois utopia e sonho combina mais com meio ambiente e com curriculum como o dela.
Entretanto já tirou do programa questões como célula tronco, descriminalização da maconha, aborto, etc.
Todavia é a mais aplicada na lição de casa e abriu espaço para criticar a corrupção.
Precisa apenas se informar melhor sobre a administração publica pois acredita que focando nos funcionários de carreira e concursados poderá resolver a questão das nomeações e apadrinhações. NÃO é suficiente.
Carlos,
Seguramente um destes três personagens será empossado o próximo presidente do Brasil entretanto, não dá pra esquecer que no outro lado da moeda existe o congresso com todas aquelas cabeças pensantes que em bem menos tempo podem mudar o que melhor lhes parecer. O que anda e o que espera depende muito deles e eles nem sempre são lembrados ou responsabilizados pelo que fazem e pelo que poderiam fazer. Parte, claro, por serem muitos e os interesses se perdem na multidão.
Sergio Mendes,bem colocado, principalmente no momento em que foram aprovadas medidas que irão beneficiar na época das eleições.
O reajuste de 25% para o pessoal do Senado é emblemático.
Infelizmente a maioria da populção está mais preocupada em saber quais serão a renovação e planejamento do Mano Menezes do que das novas propostas de Governo dos novos candidatos para presidente da Republica. Afinal 2014 está ai e com a Copa a vida de todos vão mudar.
Daniel Lescano, o dado positivo é que jornalistas e colaboradores, além das ONGs estão a postos.
Há uma melhoria nos artigos e reportagens cobrando mais seriedade e profissionalismo.
Não podemos perder a motivação e manter a ação.
Abraço
Hoje na pagina A14 da Folha há artigo assinado por Renata Lo Prete defendendo o BATE-BOCA dos candidatos.
O argumento é que assim ficamos sabendo da verdade, pois somente nervosos os politicos falam o que realmente pensam.
Lembra Alckmin quando perdeu a elelgância com Lula e segundo ela ficou em desvantagem.
Ora, quem se dispõe a dedicar tempo para assistir bate-bocas destituidos de conhecimento para identificar a verdade através de destemperos?
Bate-boca é bate-boca, não instruí, e quem usufruí deve ter tempo para perder.
comecei a assisitr o debate, embate, bate, rebate, que mais perecia uma “conversa entre amigos” e por ai foi…………..
Até ouvir a Candidata Dilma que soltou um “política estruturante” que deve ter arrepiado seus assessores. E Serra referiu-se duas vezes a Ricardo Boechat, o moderador, como “Bechat”
Dai me deu sono e fui pra caminha.
Melhor coisa que fiz naquela altura da noite.
Armando Italo, teria feito melhor assistido ao jogo do Morumbi.
Carlos
Estava assistindo o jogo na TV com volume desativado e ouvindo Debate pela internet
Ontem realmente não foi a melhor das noites na frente da TV.
O debate foi um verdadeiro fiasco, mucho, insosso. todos os candidatos estavam muito educados, comportados, comedidos, coisa de se estranhar em politicos na frente das cameras de TV.
Será que tomaram calmantes antes do debatre?
Deram um gêlo no candidato Plinio e a candidata Marina como sempre humildezinha, boazinha sempre seguin do a linha sobre desmatamento.
O nosso São Paulo FC quando tomou primeiro gol ai já era!
Ai fui pra caminha.
Não teve jeito.
Armando Italo,comentário 16.
Cada vez mais os debates são pura midia.
Entretanto se voltarmos para a antiguidade a fala , o discurso era importante. Do senado Romano à Câmara Britânica.
Hoje incluímos a plástica dos movimentos, a maquiagem, o cabelo, etc.
Dedução final, fica mais a forma do que o conteúdo.
Quanto ao jogo, sugiro que o esdrúxulo sistema de 1 gol valer 2 que é bem extemporâneo , possa se tornar contemporâneo.