Botafogo 2 x 2 Grêmio
Brasileiro – Rio de Janeiro
Cansei de tomar gol no último minuto, cansei de jogar melhor e perder, cansei de ver chute certo parar no lugar errado, cansei de torcer por promessa que não desabrocha, cansei de esperar a solução que não veio. Cansei deste sofrimento absurdo que nos acompanhou toda a primeira etapa deste Brasileiro.
Acabou, daqui pra frente tudo será diferente – escrevo com Roberto Carlos nos ouvidos. O passe longo vai cair no pé correto, o cruzamento vai encontrar a cabeça do goleador, o drible será para adiante e além, o chute vai estufar a rede, e o nosso goleiro vai segurar tudo – bem, este já segura tudo mesmo.
Estou certo disto. Uma certeza que me abateu bem no jogo em que começamos mal, desconsertado e desconcentrado. No qual, em lugar de um time havia apenas um amontoado de jogadores a caminho de uma desgraça retumbante.
A mudança na história do Imortal Tricolor começou após meia hora de partida, na qual nosso destino parecia traçado. Como nos tempos de jogador em que surpreendia o adversário com uma jogada inusitada, Renato Gaúcho rasgou sua fantasia, desfez-se da prepotência que marcou sua carreira, admitiu o erro e teve coragem de mexer no time. Uma mudança substancial, pois colocou em campo, em sua posição original – pela primeira vez desde que veste a camisa gremista – Roberson, um garoto com cara ingênua ainda, mas com futebol para aparecer.
O Grêmio assumiu o comando da partida, mesmo contra um adversário apoiado por 20 mil torcedores em seu estádio. Pôs a bola em seus pés e ditou o ritmo do jogo – às vezes muito lento para o meu gosto. Mas deixou de ser uma presa fácil. Correu riscos, é claro. Mas isto só ocorre com aqueles que são arrojados.
Foi, então, que Jonas, o Salvador, voltou a aparecer. Assim como havia feito contra o Guarani, assim como fez dezenas e dezenas de vezes desde que voltou ao Grêmio, buscou ele próprio a chance do gol.
No primeiro, insistindo contra um defensor assustado, roubando-lhe a bola e chutando corajosamente. No segundo, tramando a armadilha com seu companheiro Lúcio: “faz ela cair perto do goleiro que eu vou fazer o gol”.
Soube do diálogo apenas após a partida, mas sabia que o gol sairia no momento em que a bola foi lançada para dentro da área. Ali, aos 40 minutos do 2º tempo, com aquele Grêmio que conhecemos, que não desiste nunca; que se joga sem medir riscos, como se jogaram Jonas e mais quatro companheiros na mesma bola; não sabia apenas que faríamos o gol do empate, mas que nossa história neste campeonato começaria a mudar.
Preparem-se, o Imortal voltou.

Isso que você escreveu sobre o Grêmio,Mílton,não poderia ficar sem um comentário. O segundo turno está aí. Você tem certeza de que veremos outro time. E eu também. "Renato rides again",como nos bons tempos em que era um ponteiro,posição esquecida pelo futebol moderno. O Imortal tricolor voltará com tudo. É preciso pensar positivamente.
Sai zica!
Mas me espanta saber só agora que ali é a função do Roberson. Estava praticamente queimado, sempre jogando fora de posição. Temos Saimon, Pessali, Neuton, etc. Vejo desde a saída do Rodrigo Caetano para o Vasco, que o Grêmio não sabe usar seus jovens e aposta em medalhões, uma tristeza. Saudações tricolores.
Marcelo,
Confesso que também não sabia. Minha referência do Roberson era da partida final do ano passado contra o Flamengo quando foi escalado como centroavante e marcou o primeiro gol do jogo. Desde lá, sempre entrou nesta função e não mostrava muita habilidade. Descubro agora que vínhamos desperdiçando um atleta de qualidade. Ou sacrficando.
Quantos não estão nestas condições, perdidos, para que os contratados pelos dirigentes tenham espaço. Será que isto acontece por que jogador contratado rende dinheiro por fora ? Certamente, não !!!!!
Quanto à sua pergunta,Mílton,confesso que não sei a responder. Já sorfe Roberson,Silas teimou em colocá-lo numa posição que não era exatamente a que desempemhava nas categorias de base. No lugar certo,o guri deu boa resposta. Eu gostaria,porém,de ouvir de Renato uma uma explicação a respeito da preterição de Maílson,outro que veio da base gremista e não está sendo aproveitado.
A ausência do Maylson neste último jogo também chama atenção. Na falta de jogadores no meio do campo, ele seria peça importante. Não foi titular nem mesmo usado no decorrer da partida. É um dos goleadores do time, mas parece não agradar os olhos do treinador e mais alguém dentro do time. Será que agora com apenas um volante em condições de jogar, Maysol continuará fora ?
Não vai me dizer que vão querer se recuperar bem em cima do Corinthians ?
Depois tudo bem. Apóio.
Abraços
O tricolor paulista também voltou….
Então, Tatemoto, vamos juntos para a liderança