Ministério Público investiga falta de creche no Bororé

 

A falta de creche municipal para as cerca de 300 crianças que moram na Ilha do Bororé, extremo sul de São Paulo, será investigada pelo Ministério Público. A promotora de Justiça da Infância e Juventude da capital, Luciana Bergamo Tchorbadjian, disse que passou a acompanhar o caso, nessa terça-feira, após ouvir entrevista no CBN São Paulo sobre a inexistência de vagas para os filhos das cerca de 3 mil famílias que vivem na região.

Ela explicou que a demanda por vagas em creches na cidade de São Paulo chega a 130 mil, sendo que o distrito do Grajaú, onde está a Ilha do Bororé, é um dos que mais sofrem com este problema. A promotora comentou que entende as dificuldades da prefeitura – entre estas, a falta de espaço para construção da creche -, mas que é uma obrigação do poder público, prevista em lei, resolver o drama dessas mães.

Ouça a entrevista com promotora de Justiça da Infância e Juventude da capital, Luciana Bergamo Tchorbadjian

Ações na justiça teriam garantido a abertura de ao menos 4 mil vagas na cidade de São Paulo, mas a prefeitura tem entrado com recursos nas instâncias superiores para ganhar tempo e conseguir construir creches ou assinar convênios com entidades privadas.

A prefeitura de São Paulo segue se negando a tratar da falta de estrutura oferecida aos moradores da Ilha do Bororé que não sofrem apenas pela falta de creches.

3 comentários sobre “Ministério Público investiga falta de creche no Bororé

  1. Tema importante, mesmo, Milton!

    Aliás, a sentença de uma das ações civis públicas propostas pela ONG Ação Educativa foi confirmada por uma juíza de primeira instância. A Prefeitura tem até um mês para cumprir os pedidos da sentença.

    Mais informações aqui:
    http://www.acaoeducativa.org.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=2468&Itemid=2

    No debate eleitoral esse tema aparece de forma superficial, e muitas vezes até equivocada. Falam como se fosse de competência do governo federal construir “x” creches e como se isso fosse resolver a situação de falta de vagas, mas ontem mesmo ouvi de uma gestora municipal: “construir creches é o mais fácil, o problema é mantê-las!”. E o tema do financiamento, infelizmente, é praticamente ignorado pelos presidenciáveis….

  2. Alerto a senhora promotora de justiça , doutora Luciana Bergamo – muito cuidado ! – ao ouvir a Prefeitura. Áreas não faltam para a construção de creche na Ilha. Permita-me ainda a guardiã da lei, reiterar que ela e os técnicos do Ministério Público visitem com urgência este bairro, esquecido pelas as diferentes autoridades públicas. O povo da Ilha é hospitaleiro,intuitivo e cheio de brio. Seria importante e bom para o MP esta experiêcia : ouvir a população no próprio bairro ,às margens da Billings ,de forma espontânea, sem formalidades , debaixo de uma árvore.. A vida na Ilha é pacata, cercada de questões palpitantes e provocativas. Tem muito carrapato ! Se puderem , vão de ônibus para conhecer melhor a cidade ,cheguem até a segunda balsa ,e ,vão ver como do outro lado da represa , a vida ,principalmente as crianças estão sendo bem cuidadas. Elas têm creche!.. Parabéns à Prefeitura de São Bernardo do Campo e a Subprefeitura do Riacho Grande , que recebem solidariamente pessoas da Bororé que recorrem ao município em busca de seviços básicos de assistência . E não se assustem se um dia a Ilha do Bororé vir a ser território deste importante e invejável município brasileiro que ,segundo os especialistas, é um processo demorado, mas totalmente possível. Para isso, basta o povo querer -,e, já tem muita gente querendo. Com a palavra o prefeito Gilberto Kassab .

    Devanir Amâncio

  3. Boa Noite Milton e os colegas blogueiros,

    Não desmerecendo a Dra. cita acima. Mas duvido muito que consiga alguma coisa. Tenho a mais nitida certeza, que isso, é só mais uma medida para incombri a incompetencia dos governantes que ai está. enquanro isso, as crianças juntamente com a população da Ilha, vão sofrendo as duras penas cusados pelos problemas eles tem.

    Abr,

    JS.

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