Dele


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Por Maria Lucia Solla

ora se não havera de haver um plano
ou será que o traçado divino
é passível de engano

tudo é ele
e tudo vem dele
que não cerceia
não vai te por na cadeia

sem ser passível dele
ele é o engano também
e na sua grandeza infinita
na sua obra bendita
não dita regras
não proíbe não incita

dá liberdade que também é ele
pra que se possa escolher
o que se quer ser
ou pelo menos aceitar
o que não se pode mudar

a escolha é infinita
dentro da sua grandeza
a gente pode escolher
se quer a feiúra ou a beleza

se mora no bangu
ou em santa tereza
se vai levando
ou prefere morrer de tristeza

e a gente tem pose demais
e consciência de menos
acerta menos e erra mais

no primeiro ano da escola
era preciso urgente
ensinar que é uma escolha
escrever ou não
da primeira à última folha

que não é preciso
provar tudo o que encontrar
pra saber o que vai te derrubar
e o que vai te levantar

e mostrar que nada é impossível
mas que nada é de graça

que você pega o que te agradar
mas que sempre haverá de haver
um preço a pagar

Maria Lucia Solla é terapeuta, professora de língua estrangeira e realiza curso de comunicação e expressão. Aos domingos, escreve no Blog do Mílton Jung

10 comentários sobre “Dele

  1. Com o tempo Malu, todo mundo vai saber o preço das escolhas que faz, disto não há como escapar. Para os de olhos abertos a mesa está posta, e para os que escolheram não ver, pode que só saberão o valor da fatura quando se lhes faltar justamente, tempo.

  2. Oi Malu, bom dia , que bom quando aceitamos , que apesar do livre arbitrio , tudo sempre é Ele e Dele então é bem mais fácil compreender e viver ! Bjs saudosos Maryur

  3. Bom dia Mike Lima

    Nesta parte me chamou a atenção e me fez lembrar de um fato que vem acontecendo com uma colega de trabalho de muitos anos e por sinal fui seu padrinho de casamento..

    “e mostrar que nada é impossível
    mas que nada é de graça

    que você pega o que te agradar
    mas que sempre haverá de haver
    um preço a pagar”

    Esta colega de trabalho, depois de quase vinte anos de casada, separou-se consensualmente.
    Com duas filhas maiores ambas ja passaram dos 35 anos, sendo uma delas casada pela segunda vez.
    Ambas tiveram trocentos namorados, me desculpe o termo, ambas as meninas tem mais horas de cama do que urubu de vôo.
    Fato normal na juventude de hoje.
    Pois, muitos jovens partem do principio que da vida na se leva e lavou tá novo!
    E o que lhes interessam é somente o hoje e mais nada!
    Tudo!
    Aquelas bobagens tipo consumismo exacerbado, constantes viagens pelo mundo afora, festas e mais festas, carrões, apartamentões.casarões, praia e por ai vai.
    A minha colega, depois de uns anos divorciada conheceu outra pessoa, também divorciado, pessoa de raízes simples, interiorano, trabalhardor, porém, na visão das filhas tem um terrível defeito!
    É pobre!
    Mas não de moral e nem de espírito!
    E assim atormentam a mãe sobre o seu relacionamento, que por direito, assim como as filhas jovens de escolher um novo e amado companheiro.
    As filhas podem tudo, mas a mãe não pode nada!
    só que “alguem lá em cima” deve estar vendo tudo também né?
    Bjus e uma exelente semana.

  4. sérgio,

    o tempo saturno disciplina rigidez, tudo isso vai desaparecer do nosso cardápio, o que não é ruim, não. Só é difícil, sempre, a transformação pela qual toda gente passa um tantinho aqui, um tantão ali.

    é bom viver
    principalmente tendo
    amigos assim como você

    beijo,
    ml

  5. maryur querida,

    difícil falar dele porque no simples fato de atribuir um nome a ele, nós o materializamos, e o prendemos num rótulo. o meu deus é inominável, indizível. e deus será sempre sentido de forma diferente por todos os seres humanos, cada um, nos cantos deste e de outros universos. grandiosa ideia!

    beijo,
    ml

  6. alpha india,

    li com muita atenção o teu relato. E reli.
    E você me autorizou a meter a colher.

    calma. devagar. respira.

    se cada um de nós aceitasse todos os presentes que nos são oferecidos todo dia, a gente não sairia do lugar. Os presentes bons, bonitos e cheirosos a gente não hesita; vai logo abrindo os braços.

    O caroço é que a gente faz o mesmo com os presentes que deveria se negar a receber. Aceita pra se fazer de bonzinho e carrega um peso maior do que a própria vida. E sofre. E não vive. Se vitimiza.

    O erro está em quem recebe, não em quem oferece.

    Pensa nisso, mesmo, e depois falamos de novo.

    beijo,
    ml

  7. Malu,

    Fiz uma “escolha” que, durante 5 anos paguei um preço altíssimo: A moeda foi minha dignidade.

    Passados 12 anos, tenho a exata consciência de que, se não tivesse pago o preço, não teria condições de conquistar e administrar os “lucros” que tenho hoje. Hoje os inevitáveis prejuízos são bem menores.

    Como já lhe disse em outro de seus artigos: Agradeço por não terem me concedido o que eu desejei. A dívida ia ser maior que a do Banco Panamericano. Nem os universitários iriam me salvar. rsrsrs

    Beijos e boa semana!

  8. Mike Lima
    Aprendi que tudo na vida tem o seu preço.
    Ai vai depender das ações e das atitudes, da coragem, da convicção, da persnalidade de cada um.
    Tem gente que prefere ser um ricaço safado, “poderoso”, sem moral, sem dignidade, etc.
    Outro porém preferrem “ser pobres honestos, dignos, não devem nada a inguem”
    Outros preferem viver escondidos nas sombras da omissão, concordam com tudo, por medo, por insegurança.
    Tem a ver né?
    Bjus e vem chuva ai.

  9. beto, pois é,

    depois dizem: Não bate na cabeça. É o que a gente mais faz, a vida inteira e a redonda parece que gosta de apanhar. A descoordenação é assustadora,o coração vai para um lado e a cabeça para o outro. Samba do crioulo doido.

    No fim tudo dá certo. E se não der… é porque ainda não chegou o fim. Enfim…

    beijo e ótima semana,
    ml

  10. Alpha India

    tudo a ver!
    Cachorro late, gato mia.
    Não existem dois seres humanos iguaizinhos, ao menos diz a ciência, e nem todo ricaço é sacana e nem todo pobre é bonzinho.

    Insisto em dizer que a carteira não molda o caráter; só acentua e dá realce.

    Primeira coisa que fazem, quando a gente chega aqui no Resort Terra é cortar o cordão umbilical, mas a gente leva tempo (uns menos, outros mais) para entender a razão. Quando percebe que está sem a coleira e que pode viver, muitas vezes já é tarde, eu preciso ir embora, té manhã!

    A chuva andou se anunciando por aqui, mas parece que desistiu de molhar o meu jardim.

    beijo,
    ml

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