
Por Carlos Magno Gibrail
Jair Bolsonaro, deputado federal PP RJ, reeleito para mais um mandato, aconselha em programa da TV Câmara em pauta da Comissão dos Direitos Humanos:
“O filho começa a ficar assim meio gayzinho, leva um coro, ele muda o comportamento dele”.
E complementa:
“Olha, eu vejo muita gente por aí dizendo: ainda bem que eu levei umas palmadas, meu pai me ensinou a ser homem”.
O programa “Participação Popular” da TV Câmara quinta feira em rede nacional, contou com a presença do presidente da Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente, Paulo Henrique Lustosa, e discutia a Lei da Palmatória. Bolsonaro representava a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara Federal.
A repercussão levou o deputado Bolsonaro à mídia, que sem cerimônia continuou no tom:
“Se o garoto anda com maconheiro, ele vai acabar cheirando, e se anda com gay, vai virar boiola com toda certeza”.
Na Rede TV, Bolsonaro, em programa para debater o episódio da TV Câmara, em dupla com Beto de Jesus, diretor da Associação de Gays e Lésbicas, ao se apresentar, perguntou:
“Vocês gostariam de ter um filho parecido comigo ou com ele”?
Arroubo de vaidade, plagiando a rainha invejosa da Branca de Neve em diálogo com o espelho, ou a saída do armário do Coronel Fits em Beleza Americana?
O preconceito em si esconde a relevância maior, tal qual nas boas películas, cujo roteiro e interpretações superam o fato.
Os vários mandatos de Bolsonaro são coerentes com os eleitores que representa. O incoerente é um deputado que apoiou a tortura de presos, considerou Vinicius de Morais um traidor, achou que o massacre dos 111 do Carandiru devesse ser 1000 e que pediu o fuzilamento de FHC quando presidente, pertença à Comissão de Direitos Humanos e Minorias como um de seus membros.
Esperemos que hoje, data marcada para o julgamento de Jair Bolsonaro, a CDHM Comissão de Direitos Humanos e Minorias, não decida de modo extremo e naturalmente afaste-o, pois como extremista não cabe em tão nobre entidade cujo objetivo é proteger as minorias da ação dos extremistas.
Carlos Magno Gibrail ė doutor em marketing de moda e, às quartas-feiras, escreve no Blog do Mílton Jung
Engraçado… O sujeito faz todo esse discurso homofóbico e se depila?
Com pêlos: http://bit.ly/ft1CC0
Sem pêlos: http://bit.ly/fPvQKT
Sempre achei q esse tipo de postura é coisa de quem não tem certeza de sua sexualidade.
Orlando Colacioppo, obrigado pela participação e contribuição.
O valaio de gatos que é o congresso brasileiro em todas as esferas, difícil crer em alguem seja lá quem for.
Creio piamente no ditado popular, “diga-me com quem andas, que te direi que és”
Cético eu?
Leiam os artigos de ontem e de hoje no meu blog por favor e vejam se não estou(amos) com razão.
http://www.blogodoaitalo.blogspot.com
Parabens pelo post pessoa mais ignorante esse cidadão
Armando Italo, há um “o”a mais no seu endereço de blog.
Elias, obrigado pela mensagem
O deputado Federal disse: quem anda com maconheiro será maconheiro. E eu completo: quem andar ao lado desse Deputado Federal será um idiota de mente fechada e que em pleno ano de 2010 vem falar essa babaquice. Deputado, que tal trabalhar para justificar o salário gordo enquanto a maioria do trabalhador ganha salário minimo na qual vcs querem dar um aumento de R$ 40,00. Vai trabalhar Deputado.
_ ” Do POVO, pelo POVO e para o POVO ”
Tenham todos uma ótima semana!!!
ass: Douglas The Flash
http://eujafuiprejudicadoporservicospublicos.wordpress.com/
Essas são as amarras entre a ditadura e a Democracia.
Caminhos que vão do céu ao inferno.
Obviamente alguns mandatos e governos são frutos de encaixes e necessidades pontuais.
Por isso, tantas distâncias entre rico e o pobre e entre o ato civilizado e a atrocidade.
Democracia restabelecida em 25 anos é muito jovem na nossa história política.
Não critiquem o eleitor deste deputado. Há erros maiores em SP.
Carlos,
Todos somos minoria ou maioria de algo. Do pó viemos e ao pó voltaremos sem distinção. O problema é que, no meio desta jornada achamos que o nosso rumo é melhor que do outro e vice versa. Ou seja, o problema está sempre no meio. As ações extremistas, sempre contaram com o apoio da classe do meio: Vide ditaduras e preconceitos. O Sr. Bolsonaro, deve se achar defensor de alguma minoria com síndrome de maioria: Qual será?
Daniel Lescano, temos visto esta anormalidade de pessoas comprometidas com determinadas posições estarem em órgãos de controle de setores importantes.
É como se colocasse raposa para tomar conta de galinheiro.
Como um membro compromissado com a extrema direita pode representar em Comissão de Direitos Humanos e MInorias?
Douglas The Flash, do povo para o povo até que é uma relação equilibrada. O desequilibrio neste caso é que o povo que o deputado representa não pode decidir sobre democracia plena, pois são extremistas e intolerantes.
Rafael, muito boas as suas colocações.
A questão alarmante é o deputado, que efetivamente representa uma parcela viva do eleitorado, não poderia estar nesta função.
O mandato na Câmara ninguém discute, mas sim o cargo na COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS.
Beto, interessante a sua análise. Realmente até o próprio Bolsonaro deveria repensar estas posições anti tudo, principalmente com relação a sexo.
Freud talvez ajudasse.
Os discursos do bolsonaro são os mesmos décadas!
Ultrapassados.
Tipo:
Se hay gobierno, soy contra”
corrigindo o endereço do meu blog
http://www.blogdoaitalo.blogspot.com
Obrigado pela correção Carlos
Grande abraço
Armadno Italo
Armando Italo,comentário 15
No programa da Luciana Gimenez terça feira o Bolsonaro foi um dos participantes.
Teve dificuldade para convencer sobre suas teses.
Para o bem das minorias.
Eu acho que o ilistre deputado está “um pouco desatualizado”
Faz somente chover no molhado.
O julgamento de Bolsonaro foi aprovado entretanto parece improvável que ele venha a exonerar ou expulsar o deputado da Comissão de Direitos Humanos.
Vejam a nota :
“O pedido de um dabate sobre uma possível punição ao deputado Bolsonaro (PP-RJ), assinada pelos colegas de Câmara Pedro Wilson (PT-GO), Iriny Lopes (PT-ES) e Chico Alencar (PSOL-RJ), foi aprovada nesta quarta-feira, dia 1, pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Bolsonaro defendeu no mês passado, em programa da TV Câmara sobre a Lei da Palmatória, que quer proibir punições físicas em crianças pelos pais, a seguinte afirmação polêmica: “O filho começa a ficar, assim, meio gayzinho, leva um couro e muda o comportamento dele”.
O deputado defende seu ponto de vista e afirmou ainda: “Não retiro nem uma palavra do que eu disse”. Apesar de aceitar o encaminhamento dos deputados, Bolsonaro ria durante os discursos que desaprovavam a sua conduta. Outros deputados defenderam o ponto de vista do colega e chegaram a criticar o Ministério da Educação que prega a convivência com homossexuais nas salas de aula. Alguns deputados defenderam o direito dos parlamentares a falar atrocidades: “No Parlamento a gente pode “parlar” à vontade, inclusive as maiores sandices”, afirmou o deputado Chico Alencar.
Sem demonstrar a menor preocupação com o processo disciplinar que pode virar uma improvável cassação, Bolsonaro – que compõe a Comissão de Direitos Humanos da Câmara – e os colegas faziam piadas com o fato nos bastidores. Em uma rodinha, um colega afirmou que mataria o deputado se ele se assumisse gay – mais uma grave manifestação de preconceito de um parlamentar, esta divulgada pela revista Veja”.
Armando Italo,comentário 17
O Bolsonaro e seus eleitores são conservadores e, como tal podem até estar atualizados nas informações mas mantêm a posição clássica retrógrada.