A chuva é natural, a tragédia é humana

 

Texto de abertura do CBN São Paulo desta terça-feira, dia 11.01, mais um dia de verão na capital paulista obrigada a encarar a ironia de comemorar sua fundação no mês de janeiro, quando costuma enfrentar seus dias mais difíceis:

… em que mais uma vez São Paulo sofre pela falta de planejamento e dinheiro desperdiçado; em que o paulistano fica parado em enormes congestionamentos e em meio a uma enchente que sequer é novidade; em que a imprensa soma números de mortos nas manchetes, são 9 apenas nesta madrugada, em uma matemática sem graça resultado do desrespeito com o ambiente urbano – entupido de obras, prédios, cimento, falta de cidadania e incompetência administrativa.

Somos todos responsáveis pelo que assistimos nesta terça-feira. Seja porque não cuidamos do nosso entorno; seja porque não cobramos de quem tem nas mãos dinheiro – o dinheiro dos nossos impostos – e equipamentos, também.

O rodízio de carros foi suspenso; mas o lixo que entope os bueiros, impede o escoamento da água, este continua circulando por toda a cidade, jogado indevidamente e esquecido pela prefeitura que se não tem capacidade para recolher é porque também não teve para educar.
As pessoas seguem despencando dos morros, embaixo de suas casas, construídas indevidamente, mas permitidas pela falta de opção oferecida pela prefeitura – a mesma prefeitura que entrega todo o ano a conta do IPTU para estes moradores.

Aqui no CBN São Paulo, os repórteres estarão na rua – como sempre – atualizando as informações, sobrevoando a cidade e monitorando os pontos de alagamento, porque a chuva de verão não tem como evitar, é da natureza. O que não é natural é a maneira como ainda aceitamos esta tragédia urbana sempre que o verão chega.

9 comentários sobre “A chuva é natural, a tragédia é humana

  1. Milton,

    A prefeitura teve um ano desde os últimos problemas que tivemos com enchentes (mesma época no ano passado) para resolver as coisas e não resolveu. Ou seja, não já o mínimo de vontade da administração resolver o problema. O Sr. Gilberto Kassab anda com escolta, helicóptero, carro especial, só sai depois que a chuva e a enchente baixou, enfim. Ele não sabe o que está acontecendo, não sabe como resolver e não tem a mínima condição de administrar uma cidade.

    Por outro lado há a falta de respeito de nós mesmos com o próximo. Cansei de ver o pessoal jogando lixo pelo carro, colocando lixo na calçada. Na CBN mesmo o Heródoto e Você mostram todos os dias cenas sobre descaso da própria população.

    É triste pra mim, e acredito para muitos paulistanos apaixonado por essa cidade, vê-la desse jeito.

  2. Milton
    Gostaria apenas de comentar a respeito de uma afirmação de um de seus entrevistados no programa de hoje , o Coronel da defesa civil . Ao Contrario do que ele disse , penso que é possivel sim mudar este quadro ,pois quando se vai construir grandes avenidas como o´prolongamento da jacu-pessego ou rodovias como o Rodoanel , que foram recentemte inauguradas com grande festa, pessoas são removidas e realocadas com uma eficiência , que quase não se vê no serviço publico , salvo alguns cuidados , com
    os critérios usados nestas desapropriações , isso mostra sim ser possivel , amenizar e muito a situação quanto as areas de risco , e lógigo é preciso um monitoramento melhor pra mais áreas de risco não surjam com o tempo.

  3. Somos todos culpados. O povo: joga lixo na rua e a grande maioria das casas não tem 1 metro sequer de terra ou um jardim com plantas para que a água possa ser sugada pela terra. Se cada casa tive pelo menos 2 metros quadrados de terra seria bom. Mas não tem e não terá. Prefeitura: não faz um serviço de prevenção. Não tem uma política para solucionar o problema do lixo na cidade. Coleta de lixo todos os dias, limpeza dos bueiros, fislização e multa para quem joga lixo na rua. Investir melhor o dinheiro do IPTU na cidade. Imprensa: toda vez é a mesma coisa. A imprensa faz um alarde muito pouco quando a cidade tá cheia e inundada e quando as chuvas passarem e chegar o Carnaval a mídia esquece do problema e das cobranças e só volta ao tema no ano que vem quando a cidade sofrer outra inundação. Muito se falou da Vila Romana o ano passado, tinha até repórter apresentando o jornal em meio ás cheias. E hj ninguem fala da Vila Romana se a prefeitura fez ou não ás muitas promessas para o bairro. Vila Romana só voltara á midia se ficar embaixo d”água novamente. Kassabe é o queridinho da imprensa. Lembro que na época da Marta quando dava enchente na cidade os repórteres só faltava bater na prefeita. Hj pegam leve com o Kassabe. Esse prefeito era para ser massacrado pela mídia. Não faz nada e não fará nada até que ele cumpra seu mandato. É muito fraco. Só é bom para aumentar taxas que o povo tem que pagar.

  4. Milton, tudo bem?

    Não consigo entender a falta de planejamento em São Paulo para acontecerem enchentes todos os anos.
    Sempre escutamos que obram foram feitas, mas não vemos seus resultados. Penso que deveríamos de profissionalizar um pouco essa coisa.

    Qual é a média histórica de indice pluviometrico para o mês de Janeiro? Qual é a capacidade que a cidade suporta?
    Será que não está cômodo dizer que choveu mais que o esperado no mês? Será que deveríamos nos basear nos piores casos ao inves da média?
    Queria ver alguém fazer essas perguntas para o excelentíssimo prefeito e sua equipe. Mas o que vejo são apenas mais do mesmo: fizemos obras, elas funcionaram, choveu mais, etc.. etc.. etc..

    Acho que todo paulistano é ciente que todos tem uma grande parcela de culpa (lixo na rua, má votação, construções em excesso, em locais não apropriados, etc)

    A questão é que todo esse descaso vai tornar impossível viver nessa cidade, ver avenidas como a Rebouças e Aricanduva cheias ou as marginais é deprimente. Se fosse algo esporádico, de 5 em 5 anos a gente poderia entender, aceitar> Mas o problema é constante, tem data pra ocorrer anualmente.

    Se alguma das perguntas que fiz, já tenha alguma resposta, até gostaria de saber. Se não tem, peço por favor que as faça seria interessante ver as respostas.

    Abraços,

    Kauê

  5. No bairro que nasci e cresci, Vila Olimpia, antes da construção das marginais Pinheiros e Tietê, o Rio pinheiros quando chovia forte, saia do seu leito e invadia as margens e várzeas.
    Normal e de acordo com as leis da naturesa
    Quando os moradores souberam que iam construir as marginais todos ficamos preocupados.
    Mas como a regra politica e interesseira visa facilidades somente para que automoveis possam trafegar tranquilamente, assim foi sendo feito em toda São paulo.
    Grandes avenidas, rios tampados, marginais, um absurdo sendo cometido atrás do outro.
    Sem contar dos casebres construido nas margens de rios e corregos como palafitas e seus moradores depejam tudo que podem e o que não pode nos rios e corregos.
    Desmatamento de morros, construções de favelas nestes e morro sem vegetação é deslizamento de terra na certa.
    Rio sem matas cicliares é enchente na certa também.
    Rio sem várzeas idem!
    Sem esquecer da população que é porca ao cubo, jogando lixo pelas ruas e em todos os lugares.
    Ontem mesmo eu dentro de um onibus super lotado em plena dez horas da manha, contradizendo outro aspecto do Prefeito Cassab que adora informar que o transporte publoco em SP esta acima da media, uma moça ao invez de jogar um papel na lixeirinha existente na maioria dos coletivos simplesmente jogou no chão
    Abaixei-me apanhei o papel e perguntei a jovem sobre o proique não jogou o papel na lixeira do onibus bem a sua frente
    REsposta.
    Ah, os funcionarios da empresa vão varrer o onibus no ponto final.
    O Jardim pantanal acordou submerso novamente.
    E ate agora muito o prefeito Cassab faflou e nada foi feito para acabar de vez com as enchentes.
    Jardim Pantanal quer dizer que ali é um verdadeiro pantano, varzea do Rio Tiete e quando chove obviamente as suas águas correm para o lugar delas, o pantano
    E assim em toda são paulo.
    Qjuem tem peito de retirar todo este povo das margtens de rios, corregos, das varzeas?
    Duvido que um dia isso venha acontecer para o bem de todos.
    Mas como sempre gosto de dizer, quando mais gente, mais vilas, mais favelas, mais população morando um em cima do outro, resulta em mais votos.

    Esssa é a regra dos politicos
    promessas e mais promessas.

    Mas não posso deixar de dizer que também em bairros Ricos como a Vila Nova conceição, milionarios moradores em apartamentode mais de tres milhoes de reais, para não jogarem moveis e utensilhos velhos, fora de moda, contratam carroceiros para se ver livre das suas tranqueriras, pagando uma pequena quantia.
    E na calada da noite os carroceiros depositam em qualquer lugar do bairro, por exemplo ao lado da escola Martin Francisco parece que acabou virando ponto de desofa de tranqueiras dos ricos e abastados moradores da Vila Nova Conceição.
    Esta aqui uma das fotos das tranqueriras ao lado da escola para não pensarem que estou exagerando.
    Uma banheira com encanamento e tudo despejada ao lado da escola

    Vem a prefeitura, retira o lixo e no dia seguinte a mesma coisa
    Cada povo tem o governo que merece.
    Isso sim

  6. Abraços Milton,
    Tenha um grande Dia.

    Ora, toda intempérie, ainda que sazonal, também é um bom negócio para muitos..
    Vende-se mais automóveis , alimentos, equipamentos diversos, imóveis, mobílias, oficinas elétricas, vestuários e muitos outros ítens. Guarda chuvas, calçados, etc..Mas sarcasmos à parte, o que acontece é parte de auto conhecimento. Ou você é causa ou efeito. Depende de entendimento.Se você se considera causa, vail lembra que ocupou irregularmente áreas de encostas, mananciais, impermeabilização de solos e ainda foi extremamente negligente na administração do seu descarte de residuos e tudo sob o auspicios coniven

    ………tes de autoridades que deviam tomar providencias administrativas mas também no o fizeram. Entretanto se você se considera efeito, vai sobrar o bispo para você reclamar, pois você é vítima e ele, senão a natureza, morros, águas, prefeituras, e São pedro serão os responsáveis, mas o cidadão n~lao, coitado. Ele trabalha, paga impostos, já não tem nada e precisa ter assistência total quanto à reposição das perdas de bens que ficou sujeito. E aí, isso é um bom negócio. Não tenho nada e me encosto e numa enchente eu levo alguma coisa e vamos que vamos. Transcreva o entendimento para o …

    cidadão, e também para os órgãos públicos que se vale dessas calamidades para solicitarem emprestimos altíssimos a pretextos e vamos que vamos. Depois, se o tempo melhorar, contigencia o aporte para ser utilizados para outros e difusos e espúrios fins e nada de planejamento. Ora. É ou não é um bom fomentador de negócios todo esse transtorno? Jardim Romano. Oh lugar…e tremendo bode expiatório. Loucura total..Abraços

  7. Todo ano é a mesma coisa, promessas são feitas, mas nada é feito. Ai chega o inverno e tudo é esquecido, até o próximo verão.
    Pagamos muitos impostos, um valor absurdo, e devido uma serie de fatores, boa tarde disso não é investido nestes casos, por falta de espaço, ou por outras prioridades.
    Não para de crescer o nº de famílias que moram em área de risco, muitos deles até são contemplados com moradias cedidas pelo Governo, porém, muitas dessas famílias ou vendem ou alugam essas moradias e voltam a morar nas áreas de risco, e não é feito pelo Governo do Estado nenhum controle para evitar isso.
    Acho de extrema importância é que se deve fazer um trabalho de concretização junto com a população, junto a escolhas, campanhas em mídias e controle, até penalizando pessoas e casas que são flagradas jogando lixo em vias publicas. Se é cobrado multa veicular, porque não fazer isso com pedestres?
    Em meu blog, que ainda estou reformulando, postei minha opinião e relatos de casos que fazem parte do cotidiano da cidade de São Paulo, http://soullnegra.blogspot.com.
    Atitudes devem ser tomadas, não apenas pelo poder público, mas também junto à população

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