São Paulo parece não aprender a lição e insiste nas obras viárias como solução para a mobilidade urbana. A confirmação da prefeitura de que vai colocar dinheiro público para tornar mais atrativo os anéis viários provocou um congestionamento de críticas que partiram daqueles que consideram um absurdo o esforço do poder público em beneficiar o transporte individual.
Para amenizar o impacto do anúncio, a Secretaria Municipal de Transportes decidiu dourar a pílula, como se dizia antigamente. Explicou que a implantação do Plano de Anéis Viários tem a nobre tarefa de melhorar a qualidade do ar na capital. Esta lógica não leva em consideração o que ocorre historicamente nos grandes centros urbanos.
Mais obras viárias, mais carros; mais carros, mais poluição.
Para esta equação a prefeitura também tem resposta na ponta da língua. Toda obra viária que ajude a fluidez do tráfego beneficia o sistema de ônibus. Na entrevista do CBN SP com o diretor de planejamento da CET Irineu Gnecco Filho acrescentou que está em estudo a criação de faixa exclusiva na Radial Leste.
Este é um dos eixos que fazem parte do Plano de Metas da prefeitura de São Paulo que promete entregar ainda nesta gestão os corredores “Capão Redondo-Campo Limpo- Vila Sônia” e “Casa Verde-Inajar-Centro”. Quando em seis anos colocou apenas dois corredores exclusivos em funcionamento, difícil crer que estas obras serão prioridade na reta final de governo Kassab.
Ficamos, portanto, com as passagens subterrâneas e túneis planejados pela prefeitura, um deles que pretende dar uma saída para a avenida Roberto Marinho em direção ao ABCD paulista. Tem outro que estará na avenida Sena Madureira sob a rua Domingos de Moraes, ligando a Ricardo Jafet e a rodovia dos Imigrantes.
Gnecco Filho afirmou que o Plano de Anel Viário começou em 2005 e algumas medidas foram adotadas. Um exemplo, foi a retirada de fárois em trechos do eixo que começa na Praça Campo de Bagatelle, na zona norte, e segue até Interlagos, na zona sul. Neste corredor foi feito uma passagem subterrânea para eliminar um dos gargalos no trânsito que era o acesso ao aeroporto de Congonhas.
A CET defende que as medidas adotadas até agora, somando-se a restrição dos caminhões e ônibus fretados em algumas vias da capital, já surtiram efeito no tamanho dos congestionamentos da capital. Segundo Gnecco Fº, com um milhão de carros a mais nas ruas, São Paulo teria registrado em 2010 os mesmos índices de 2007.
O dirigente informou que a prefeitura ainda não sabe quanto vai gastar para realizar todo este plano de anel viário, o que causa estranheza para quem diz ser este um planejamento que se iniciou há seis anos.
Ouça a entrevista com o diretor de planejamento da CET Irineu Gnecco Fº, nno CBN São Paulo
Ouviu-se pouco apoio a proposta da prefeitura de São Paulo. No jornal Folha de São Paulo que publicou a informação nessa segunda-feira, Horácio Figueira não mediu palavras: “É uma ideia de jerico”. (leia mais aqui)
No Jornal da CBN, o urbanista e arquiteto José Fábio Calazãns disse que a proposta apenas vai gerar mais congestionamento na capital paulista. Na conversa com Heródoto Barbeiro ele propôs uma mudança de foco nos gestores públicos
Ouça a entrevista de José Fábio Calazãns, na CBN
O plano da prefeitura vai na contramão da ideia discutida com a Câmara de Vereadores no ano passado durante seminário que propôs estudo para a criação de um Plano Municipal de Mobilidade. A Rede Nossa São Paulo que esteve a frente do debate informa que como resultado do encontro foram destinados R$ 15 milhões no Orçamento da cidade para o desenvolvimento deste plano que pretende beneficiar o transporte público – jamais incentivar o uso do automóvel.
Nem mesmo vereadores da base do prefeito Gilberto Kassab aliviaram às críticas. Aurelio Nomura (PV) que assumirá o cargo nesta terça-feira, no lugar de Penna, eleito deputado federal, disse que esta não deve ser uma prioridade da atual administração que deveria se preocupar com medidas que não incentivassem ainda mais o transporte individual.
Ouça a entrevista do vereador Aurelio Nomura (PV)
Pelo visto, há quem tenha se apaixonado pela ideia da ampliação da Marginal Tietê e está disposto a partir para novas aventuras urbanas com alto custo para o bolso e para a qualidade de vida do cidadão.

A quem interessa essas obras?
1.A quem primeiramente irá aprová-las ou idealizá-las.
2.A quem irá realizá-las
3.A quem fornece os automóveis
Em outras palavras, aos politicos que precisam de patrocinadores para se eleger, às construtoras e às industrias automobilisticas
Conclusão , é preciso mudar regras nas eleições.
Só não vê quem não quer, o prefeito Kassab já começou a campanha da reeleição. E o projeto dos anéis viários é a principal peça do programa eleitoral. Alguém se lembra de algo parecido na eleição do ano passado para presidente? É idéia de jerico é pouco! Quando é que o sociedade vai perceber que a única solução a curto prazo para a mobilidade em SP é o tranporte público é ONIBUS! Espero também que para as eleições no ano que mostremos que quem vota é gente, não
e carro!
Milton
Comprovadamente a prefeitura está ao lado do lobby que ditam as normas em São Paulo.
Construtoras, incorporadoras, montadoras e como não do petroleo.
O que a cidade de São Paulo precisa urgente, primordialmente, a população, o eleitor de de melhorias, aprimoramento, novos projetos voltados ao transporte publico que é precario em comparação com as dimensões da cidade, do numero de habitantes, vale lembrar que a maioria não possui automoveis.
Ao invés de demolir bairros inteiros, quarteirões, muitos históricos, tradicionais a exemplo do que a prefeitura teimosamente quer fazer no Itaim Bibi no quarteirão, na Santa Efigênia, agora com a promessa de rasgar a cidade inteira com novas e largas avenidas, viadutos, passagens de nivel, obras que “aparecem” e não resultam em nenhum beneficio para a cidade.
A exemplo do que foi realizado na marginal Tietê, e o transito por incrivel que pareça piorou!
Quanto mais avenidas, viadutos, mais automoveis por elas irão circular.
E mais uma vez o transporte publico, a saude, a educação, a qualidade de vida, moradia, saneamento basico, respeito ao meio ambiente ao povo eleitor vai ficando para nunca!
Nada esta sendo feito na periferia da cidade no que se refere a população que mora em encostas de morros, margens de corregos, das represas na Serra da Cantareira que esta dia a dia sendo invadida aos olhos da prefeitura.
a defesa civil faliu!
Não possui veiculos, instalações adequadas a altura de uma cidade do tamnho de São paulo, faktam telefones, equipamentos, pessoal.
Nos jornais recentemente foram publicadas materias sobre.
Realmente, comprovadamente a prefeitura está interessada em favorecer o lobby formado pelas construtoras, incorporadoras e montadoras.
Será que o Ministério Publico, a OAB não está vendo estes desmandos, estas loucuras que vem acontecendo em SP, deixando a população de cabelos em pé?
As enchentes pioraram, as ruas continuam sujas imundas, o centro da cidade mais abandonado ainda.
E a historia da cidade, o pouco que resta, na visão e no entender da prefeitura que se dane!
E assim, voltando ao tema novos viadutas, avenidas, pontes, passagens, o grandioso projeto vai acabar de vez com são paulo.
O atual prefito quando estava em campanha prometei de pés juntos que iria fazer inumeros quilometros de corredores.
Pergunto:
Cadê os tais coredores de onibus prometidos pelo prefeito?
O paulistano a maioria que nao te carros quer mais onibus nas ruas, trens, metro e não mais avenidas e viadutos estes beneficiando somete automoveis, construtoras e incorporadoras.
SÃO PAULO PRECISA ACIMA DE TUDO É DE TRANSPORTE PUBLICODECENTE A ALTURA DE UMA DAS MAIORES CIDADE DO PLANETA.
Ia esquecendo
Falando em falta de investimen tos em setores primordiais, mais importantes para a população, leiam a materia na Folha de São Paulo de hoje 01/11
http://www1.folha.uol.com.br/saber/868792-prefeito-de-sp-deixa-de-investir-r-54-mi-no-ensino-municipal.shtml
Mesmo assim os carros e construtoras são os preferidos ds prefeitura.
Lamentável como as decisões públicas são pautadas por interesses privados.
Toda obra que aumente a fluidez é um convite para que mais carros saiam às ruas. E isso se aprende no primeiro ano do curso de bom senso.
Mais carros nas ruas é igual a mais poluição e mais trânsito.
Portanto, não é na cidade e na fluidez que esses adminsitradores públicos estão pensando.
No que estariam pensando então?
Vou responder nas urnas.
“Acho que existe explçicação” para a prefeitura preferir as construtoras e incorporadoas, favorecer escabrosamente a especulação imobiliária em são Paulo entre outros desmandos.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110201/not_imp673684,0.php
Na década de 60 e 70 em plena Ditadura militar os estudantes conseguiam se manifestar e lutar contra o sistema. Nos anos 90 os estudantes conseguiram tirar o Collor do Poder com os chamados "Caras Pìntadas". Tudo isso era feito sem a internet. Era no chamado boca-a-boca. Hj com as ferramentas tipo Facebook, Orkut, Twitter entre outros, os estudantes como o cidadão comum poderia se realmente desejassem fazer uma enorme manifestação contra essas barbaridades que querem fazer na cidade de São Paulo para atender o desejo de construtoras, setor imobiliário, industria automobilistica e outros. Acabaram com Rio Tietê (parece um valetão à céu aberto hj) e marginal Pinheiros e suas margens em prol dos carros e de nada adiantou. Hj o congestionamento continua igual ou pior. Alargaram as pistas e não há nenhuma faixa exclusiva para ônibus e bicicletas. Foram gastos bilhões. E quem comemorou batendo recordes de vendas, foram as industrias de automóveis. Por quê será que nenhum governo faz investimentos no setor ferroviário? Camihões precisam ser vendidos, pedágios tem que ser cobrados e a industria de autopeças precisam vender. Vc acha que alguem vai pensar em melhorar o transporte publico e investir e ciclovias? Claro que não.
Boa Tarde Milton/Colegas Blogueiros,
Pessoal, será que existem alguem alem dos lobistas, que acreditam nesse prefeito, governo e nos veriadores dessa cidade? Se tem, esses devem acreditar em duendes, papai noel, bicho de 7 cabeças, etc.
Abr,
JR.