Derrube os muros que dividem a cidade

 

Nesta sexta-feira, lancei o Blog Adote São Paulo em parceria com a revista Época SP, da Editora Globo. No espaço que será atualizado semanalmente, estarei dedicado à capital paulista, sempre pautado pelo tema cidade e cidadania. Na apresentação do novo Blog – que será mantido juntamente com este espaço que tenho na CBN – a indicação de que sou um gaúcho que “não se incomoda de ser chamado de cidadão paulistano” não é retórica, é realidade.

Acompanhe um trecho do primeiro post ou vá direto ao Blog Adote São Paulo“:

Há 20 anos cheguei em São Paulo de mala e sem cuia para trabalhar como repórter na TV Globo. Era a sede antiga da emissora, de cara com o Minhocão, cercada por todo tipo de poluição – visual, aérea e sonora – que se misturava ao estresse deste estreante. De tirar o fôlego.

Vindo de Porto Alegre, cidade que tem o pôr-do-sol no cartão postal, logo percebi que meu maior incômodo era a falta de horizonte na capital paulista. Prédios tomavam conta do cenário diante da janela de minha casa em Pinheiros. Um dia, cansado, escapei até a Cidade Universitária em busca do ponto mais alto e a oeste possível e lá fiquei até o dia ir embora e o sol desaparecer. Foi um prazer só.

Conto minha primeira história de São Paulo porque esta me ensinou lição importante para quem pretendia morar em definitivo por aqui: a cidade nos sufoca, mas se nos esforçarmos, acreditarmos e lutarmos encontraremos nosso horizonte.

É curioso como me identifiquei com a capital paulista. Por acaso e por escolha, minha vida profissional sempre esteve voltada para as coisas desta cidade. A estreia neste blog e o seu nome de batismo apenas ratificam este destino e dão sentido a trajetória de cidadão paulistano que iniciei em 1º de janeiro de 1991.

E como tal, dou-me o direito de alertar a todos que aqui moram sobre comportamentos que considero impróprios para quem sonha em melhorar a qualidade de vida no ambiente urbano.

Nesta semana, duas notícias mostraram como o medo pauta nosso cotidiano. Na praça Vinícius de Morais, vizinha do Palácio dos Bandeirantes, a subprefeitura do Butantã, com apoio de parcela dos moradores, constrói um muro de cimento. Na Assembleia Legislativa, deputados aprovam lei que obriga as agências bancárias a esconderem seus clientes atrás de biombos.

Para ler o texto completo acesse aqui.

3 comentários sobre “Derrube os muros que dividem a cidade

  1. Milton
    Os muros que estão sendo construidos são apenas mais um desmando cometido pela prefeitura de São Paulo

    Aproveito-me deste espaço para trancrever o relato postado no meu blog feito pela arquiteta e urbanista Suely Mandelbaum, depois de lutar para tomar ciencia sobre o que vem acontecendo com a rua Sta Efigenia por exemplo

    Segue relato
    novo comentário sobre a sua postagem “SANTA IFIGÊNIA: A Rua do Comércio Paulista desde 1…”:

    Armando Italo: a sua sugestão de tombamento da Santa Ifigênia é excelente e deve ser levada adiante por todos nós.
    O bairro Santa Ifigênia está em perigo de destruição pela Prefeitura de São Paulo, em proveito dos especuladores imobiliários – em lugar de cuidar da cidade o que é a obrigação da mesma Prefeitura. Após inúmeras tentativas mal sucedidas de verificar estudos, finalmente consegui acesso e efetuei em 01/02/2011, na Secretaria de Desenvolvimento Urbano, vistas do processo do Projeto Urbanístico da Nova Luz . Encontrei no Projeto “Preliminar” tabelas de valores de imóveis drasticamente sub-avaliadas a razão de 1/10 a 1/20 do valor do mercado dos imóveis residenciais e comerciais respectivamente. Ora, os terrenos baratíssimos avaliados não existem na região do projeto, ou seja, só existem no relatório da Prefeitura e foram usados como premissa do projeto! Gostaria de saber quem será responsável frente ao futuro concessionário que certamente assumirá, via o Judiciário, responsabilidade financeira dos 9/10 a 19/20 restantes frente a estes valores equivocados assinalados no processo: será o Consórcio Concremat/Cia City/FGV/Aecom? Ou, será que os representantes do Executivo e do Legislativo que aprovaram as leis serão pessoalmente responsáveis com os seus bens? Se for a Prefeitura, entendo que o prejuízo atinente a este projeto é inaceitável para o contribuinte paulistano. Portanto, considero imprescindível que cadastramento e pericias sejam feitas para cada unidade de imóvel residencial e comercial da região de forma transparente junto ao Judiciário, com a participação de cada proprietário, e as tabelas de valores sejam ajustadas aos preços de mercado atuais e reais; considero imprescindível que os valores reais sejam usados como premissa corrigida do Projeto e como premissa para o estudo de viabilidade econômico-financeira previamente à licitação do Concessionário Urbanístico – o qual precisa ser protegido também. A única alternativa viável é a anulação das leis municipais 14917 e 14918 da Concessão Urbanística pelo Executivo e pelo Legislativo.

    Suely Mandelbaum
    Arquiteta Urbanista

    Postei novos comentarios em refencia no meu blog
    http://www.blogdoaitalo.blogspot.com

  2. .
    Ainda acredito, apesar dos fatos, que nós seres humanos – cidadãos, poderemos ainda assim, melhorar o Futuro, mesmo tendo as coisas piorando e piorando…

    Mas são diversas ações que temos que fazer, todos os dias todas as horas…

    Todo lugar ou qual quer lugar, é uma brecha para cultivarmos idéias prosperas, porém entendento que para tal, é necessário empenho e determinação para fazer mudar…

    Realmente entender, que todos, TODOS, SEM DISTINÇÃO TEM OS MESMOS DIREITOS, aqui neste palneta “Terra” !!!

    Tenha um ótimo fim de semana!!!
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    ass: Douglas The Flash
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    http://eujafuiprejudicadoporservicospublicos.wordpress.com/
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  3. Milton, além dos muros e biombos que vc comentou, nos bancos por exemplo existe um apartheid social. Quem tem grana e cartão 5 estrelas nem fica na fila. Tem um caixa exclusivo para esses clentes em todos os bancos. Quem fica na fila horas e horas é pobre. Quem tem grana toma cafezinho com gerente e tem caixa a sua disposição. Ele liga e diz: passo tal horário para sacar minha grana. Quando ele chega é tratado a pão de lô. O resto tem que depender das autoridades para ter segurança ou se esconder atrás dos biombos.

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