Mundo Corporativo: Infidelidade e apagão de talentos

 

Nesta nova etapa dentro da CBN, coube a mim a responsabilidade de comandar as entrevistas do programa Mundo Corporativo que aborda temas como marketing, administração, tecnologia, ética nos negócios e gerenciamento de talentos, entre outros tantos. O primeiro entrevistado nesta nova série foi o professor Marco Túlio Zanini, da FGV, coordenador do mestrado executivo da Fundação Getúlio Vargas, do Rio de Janeiro, que alertou para o “apagão de talentos” que o País vive e sobre o momento de infidelidade corporativa que as empresas enfrentam.

O Mundo Corporativo é apresentado, ao vivo, pela internet, toda quarta-feira, às 11 da manhã, com participação de ouvintes-internautas. A entrevista é reproduzida aos sábados no Jornal da CBN. Aos domingos, você acompanha uma entrevista inédita, também no Jornal da CBN. Todas as edições do Mundo Corporativo são publicadas na integra no YOU TUBE e você pode assistir aos programas anteriores acessando o site da CBN.

5 comentários sobre “Mundo Corporativo: Infidelidade e apagão de talentos

  1. Prezado Milton Jung,

    Superdotados esquecidos!

    (*) Nelson Valente

    Estamos diante da irreversibilidade da nova lei da educação brasileira. Não custa, pois, acentuar alguns aspectos que poderiam ter merecido melhores definições, como é o caso da educação especial, tratada de modo superficial. É muito grande, no Brasil, o número de deficientes visuais, auditivos, motores e psicológicos, todos merecendo na escola os cuidados que são dispensados, com tanto carinho, nas nações mais desenvolvidas.

    Por outro lado, no caso da educação infantil ( de 0 a 6 anos de idade) não basta a simples referência que se faz no instrumento legal. Não temos tradição no trato dessa faixa etária, de resto entregue à iniciativa privada, portanto inacessível, dado os seus custos, às camadas mais pobres da população.

    Quando na LDBEN/9394/96 – se fala em superdotados há apenas uma referência no artigo 58.

    Sabe-se que o Brasil tem cerca de 4 milhões deles, o que configura uma imensa potencialidade entregue à própria sorte. Se Israel pôde criar um Instituto para Superdotados, em que se faz uma apropriada educação complementar, por que não se pode pensar o mesmo entre nós?

    Outro fato a merecer destaque: o grande número de alunos da rede pública que se encontram prejudicados pela distorção idade-série (mais de 80% do efetivo existente). Isso causa enormes prejuízos ao aprendizado e precisa ser considerado quando se vai partir para inovações pedagógicas.

    Somos partidários igualmente de uma grande valorização da educação ambiental, prevista na Constituição Federal de 1988, de forma inédita no mundo. Não se tem notícia de nenhum outro país que determine, em sua Carta Magna, a adoção dessa disciplina. E finalmente cabe ainda um registro sobre o ensino médio, que é responsabilidade dos Estados.

    A valorização tecnológica não deve ser descartada das nossas preocupações. A profissionalização nesse nível pode ser um poderoso antídoto à onda de desemprego, São aspectos que, na implementação da LDBEN/96, talvez devam ser corrigidos por intermédio da legislação complementar e das ações a serem desenvolvidas pelos sistemas estaduais e municipais de educação.

    (*) é professor universitário, jornalista e escritor

  2. Prezado Milton Jung,

    Superdotados para o progresso do Brasil

    (*) Nelson Valente

    O ingresso do Brasil ao Primeiro Mundo não pode se cingir a um exercício de retórica. Deve ser algo muito mais consistente, que passa pelos cuidados com a educação, a ciência e a tecnologia. Se investirmos apenas 0,5% do Produto Interno Bruto em Ciência aí está o sintoma claro de que nos distanciamos de nações mais desenvolvidas, como é o caso da Coréia do Sul, que hoje coloca 2% do seu PIB em pesquisa científica e tecnológica. Com um pormenor notável: 70% desses recursos são oriundos da iniciativa privada, que acredita nesse investimento, o que infelizmente não ocorre entre nós. A quase totalidade dos nossos fracos investimentos na área são devidos a recursos federais, colocados à disposição das universidades. Não se deve desconsiderar o valor dos recursos hoje aplicados no Brasil aos setores de desenvolvimento científico e tecnológico. São 2,4 bilhões de dólares, resultado das muitas campanhas realizadas e da aquisição de uma consciência generalizada a respeito da sua importância. Mas é também claro que estamos muito longe dos recursos ideais. Veja o caso dos EUA: as universidades americanas disporão este ano um orçamento de 158 bilhões de dólares, mais da metade para projetos de pesquisa básica. Por aí se entende porque cientistas americanos venceram 207 dos 528 Prêmios Nobel distribuídos desde 1901. Quando se coloca a questão da inserção do Brasil no clube do Primeiro Mundo, gostaria de deixar claro o meu ponto de vista: entrar no Primeiro Mundo não significa vencer a corrida tecnológica, mas acompanhá-la. Um país pertence ao Primeiro Mundo quando contribui para o desenvolvimento da humanidade como um todo. O Brasil poderia estar dedicando maior atenção ao desenvolvimento de vacinas contra a meningite do tipo B e o dengue. No primeiro caso, temos importado vacinas de Cuba, gastando milhões de dólares, quando isso poderia estar sendo feito em nossos próprios laboratórios, com economia e eficiência. O mesmo pode ser dito em relação à genética. O nosso país tinha resultados apreciáveis, em nível mundial, nas décadas de 50 e 60, mas por falta de apoio a nossa presença foi definhando, tornando-se hoje secundária. A origem da falha encontra-se no sistema escolar (“a escola está preocupada em ensinar – e não fazer o aluno aprender”). A escola quer formar os cidadãos médios, mas é preciso valorizar os bons alunos, aqueles que irão compor as elites científica e intelectual, de onde são extraídos os elementos capazes de sustentar a liderança em setores determinados do conhecimento ou do pensamento. Há exemplos internacionais do que deve ser feito, como é o caso da Bronx School of Science (NY), que trabalha com alunos superdotados para o ensino de Ciências. Eles são estimulados, por mestres competentes, em laboratórios devidamente apetrechados, para que se ampliem as suas possibilidades de acesso a outros patamares da ciência moderna. As nações desenvolvidas agem dessa forma. Não temos outra saída senão seguir os seus passos.

    (*) é professor universitário, jornalista e escritor

  3. Prezado Milton Jung,

    Universidade do futuro: o plágio?
    (*) Nelson Valente
    A universidade é uma instituição plurifuncional. A pesquisa é, ao lado da docência, uma das funções básicas dessa instituição. Recentemente, os autores subdividem, as funções da universidade em docência, pesquisa e extensão ou de serviços ou em missão cultural (transmissão e conservação do saber), missão investigadora (produção e progresso do saber), missão técnico-profissional (formação de profissionais de alto nível) e missão social ( serviço social da universidade).
    Qual será a universidade do futuro? Substituirão as atuais salas de aula? Cada escola terá a sua missão, que não se bastará com a simples transmissão do saber, pois deverá se identificar com as necessidades do mercado de trabalho. Esse registro é que dará força à palavra “tecnoestrutura”, criada por Galbraight para identificar a trilogia governo,empresa,escola. Nunca essa ligação será tão oportuna e, por isso mesmo, tão indispensável.
    A universidade sempre teve como objetivo cultivar e transmitir o saber. Depois, sob o impacto determinado por novas exigências, constatou-se a necessidade de ampliar os conhecimentos, produzir novos saberes, e o meio privilegiado foi a pesquisa.
    Tomemos, a título de ilustrações a questão da linguagem, que muitas vezes é o elemento responsável pela não divulgação ou, o que é equivalente, pela não compreensão das pesquisas. Inúmeras delas vêm involucrudas numa linguagem hermética e fechada, acessível apenas ao pequeno grupo de iniciados.
    A linguagem, ao invés de tornar transparente e acessível, obscuresse e esconde. É necessário que a divulgação ultrapasse a barreira acadêmica e, no caso da pesquisa educacional, atinja as redes do Ensino Fundamental e Médio, os pais, os alunos e a comunidade.
    Um problema crescente e preocupante nos meios educacionais: o plágio. A palavra plágio vem do latim plagiu, plágios, oblíquo, indirecto, astucioso, copia fraudulenta do trabalho de outrem que um autor apresenta como sua. Potencializada pela era digital, esta prática danosa não apenas representa um novo desafio para os educadores como também mexe com os padrões éticos da sociedade brasileira. Mais do que crime previsto pelo Código Penal, o plágio é uma deformação do aprendizado para a vida e um desestímulo à competição saudável pelo mercado de trabalho.
    O pesquisador, sobretudo aquele que ainda é aluno de algum programa de pós-graduação, vê-se na contingência de respeitar determinados prazos que são estabelecidos sem levar em consideração a índole particular de seu trabalho pressionado pela duração das bolsas ou por montantes fixos de recursos.
    É exemplar, neste contexto, o recente episódio da demissão do catedrático da Universidade de São Paulo que publicou numa revista estrangeira um trabalho com gráficos copiados de outra obra científica. Doutor em bioquímica, orientador de mestrado e doutorado, ele teve o currículo maculado por ter incorrido na chamada cultura da cópia, que consiste em utilizar ideias alheias sem dar o devido crédito a seus autores.

    Infelizmente, esta prática tornou-se tão comum nas escolas e universidades brasileiras que se criou uma próspera indústria de produção de trabalhos escolares. Sob pretexto de não dispor de tempo para pesquisar, estudantes de todos os níveis encomendam a especialistas, mediante pagamento, até trabalhos de conclusão de curso: na graduação (TCC); na pós-graduação (lato sensu), no (stricto sensu) mestrado ( dissertação) e doutorado (tese). Alertados pelo crescimento de tais práticas, escolas e professores intensificam a vigilância, mas nem sempre estão preparados para detectar fraudes. Há educadores que preferem ignorar o problema, sob pretexto de que o aluno plagiador está prejudicando a si mesmo.
    Não é bem assim. Universidades da Europa e dos Estados Unidos já desenvolvem sistemas eficientes de fiscalização, além de submeter os estudantes a regras claras e a punições rigorosas para o plágio. Parece ser o caminho mais adequado: cabe às escolas e universidades brasileiras priorizar esta questão, não só elevando a vigilância sobre potenciais fraudadores, mas ensinando aos alunos como fazer pesquisas com proveito, ética e transparência.
    Se queremos projetar a universidade brasileira para os próximos trinta anos. Viveremos uma outra época, de incríveis conquistas científicas e tecnológicas, alimentadas pelo uso de computador e da Internet, e é claro que a indústria do conhecimento, representada pelos nossos pesquisadores, não poderá concorrer com os produtos de outras nações se não estivermos devidamente apetrechados, inclusive do ponto de vista dos recursos humanos qualificados.
    O ingresso do Brasil ao Primeiro Mundo não pode se cingir a um exercício de retórica. Deve ser algo muito mais consistente, que passa pelos cuidados com a educação, a ciência e a tecnologia.
    (*) é porfessor universitário, jornalista e escritor

  4. Milton
    As empresas atualmente exigem mundos e fundos do jovem trabalhador que ingressa no mercado formal de trabalho.
    Ditplomas, titulos, especializações, informatica, curso disso, curso daquilo, etc.
    Só que esqeucem-se os empresários executivos “mais experientes” que o jovem ingressa no mercado de trabalho somente com a teoria adquirida nos bancos escolares.
    A experiência será adquirirda somente depois de muitas horas de voo, anos de vida e isso demora.
    Noto que os empresarios estão percebendo que titulos, diplomas, cursos e mais cursos, não estão solucionando e nem tão pouco trazendo resultados pretendidos.
    O que vem acontecendo no mercado informal de trabalho atualmente?
    -Estão readimitindo profissionais da turma dos “velhinhos.com”, profissionais com idade acimja do concoenta anos, sessenta, muitos até aposentados.
    Quais as razões para empresas readimitires, contratarem profissionais mais velhos?
    Os mais velhos, não tem pressa, são comedidos, tem experiencia e vivencia de vida e da vida profissional, corporativa.
    antes de realizarem ou executarem tal tarefe analizam mil vezes sobre.
    As empresas estão revendo seus reais conceitos e caindo na realidade mesmo tendo que agora pagar salarios justos a quem realmente tem experiencia é profissional formado em um todo e não somente com experiencia teórica.

  5. PARABENS PELO SEU TRABALHO E EU QUERO NESTA OPORTUNIDADE PEDIR A DEUS MUITAS BENÇAOS PARA SUA VIDA EM TODAS AS AREAS. QUANTO A MATERIA DA SANDRA EU APRENDI MUITO POIS MORO EM SAO MIGUEL PAULISTA ZONA LESTE DA CAPITAL E MUITOS EMPREENDEDORES AQUI NAO TEM ACESSO A ESSAS INFORMAÇOES CONCEITOS ACOES QUE NORTEIA SUAS VIDAS ALEM DO SEUS DIA A DIA EU ESPERO CONSEGUIR SEUS OBTER SEUS LIVROS E DA SANDRA PARA ESTUDAR APRENDER E AJUDAR ESSE BRASIL QUE DA CERTO.FORTE ABRAÇO;

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