Por Milton Ferretti Jung
A caça a motoristas que dirigem alcoolizados os seus veículos está se tornando, me permitam a expressão, cada vez mais predatória. Esta é, sem dúvida, uma boa notícia. São Paulo deu ao país um bom exemplo quando o governo estadual mandou à Assembléia Legislativa projeto visando a impedir que, em pontos comerciais, sejam vendidas bebidas alcoólicas, oferecidas ou que o seu consumo seja permitido a menores de 18 anos. No Rio Grande do Sul há uma idéia ainda mais abrangente. Pais e responsáveis também ficariam proibidos de deixar crianças e adolescentes beberem em sua companhia. Na lei paulista, apenas o proprietário do estabelecimento vendedor é responsabilizado. Uma equipe multidisciplinar, liderada pela Secretaria Estadual de Justiça e Direitos humanos gaúcha, pretende apresentar um projeto de lei acerca do tema em fins de setembro.
Mas tem mais. Tenho certeza de que meus leitores, se é que os possuo, já leram ou ouviram notícias sobre projeto aprovado na Câmara dos Deputados segundo o qual se proíbe que bebidas alcoólicas sejam transportadas nas cabines de veículos. Essas, então, apenas poderão ser levadas no porta-malas. Nada impedirá, porém, que um motorista “sedento” pare o veículo que dirige e abra uma das garrafas guardadas no maleiro. A referida lei é daquelas de difícil fiscalização. Foi Edson Lobão, hoje Ministro de Minas e Energia, quando senador, o autor do projeto que data de 2002. Não foi especificado por ele se as garrafas devem obrigatoriamente estar lacradas. Vá lá, o condutor do veículo não pode beber, mas e os passageiros? Seja lá como for ,a propostas volta ao Senado e necessitará de aprovação da presidente Dilma.
Vou insistir num dos pontos que já abordei em postagens antigas que tratavam de trânsito: nada resolverá os excessos tanto de ingestão de bebidas alcoólicas quanto de velocidade, nas estradas e nas ruas, se desde a mais tenra idade as crianças não forem educadas, em casa e na escola, a respeitar as leis. Por outro lado, as punições impostas aos maus motoristas, especialmente os bêbados, têm de ser revisadas. Hoje, quem comete um acidente por estar sob efeito de alcool e provoca a morte de alguém, é julgado por cometer crime culposo, quando o mais correto seria ser punido por crime doloso.
N.B: No homicídio culposo, sem intenção de matar, o motorista é julgado por um juiz. Se condenado, pode pegar de dois a quatro anos de prisão. A habilitação pode ser suspensa por um ano. No homicídio doloso, intencional, o motorista vai a júri popular. Se condenado, a pena é de 6 a 20 anos. A pessoa pode perder o direito de dirigir.
Milton Ferretti Jung é jornalista, radialista e meu pai. Às quintas-feiras, escreve no Blog do Mílton Jung (o filho dele)

Nesse parágrafo, meu caro, você disse tudo:
“Vou insistir num dos pontos que já abordei em postagens antigas que tratavam de trânsito: nada resolverá os excessos tanto de ingestão de bebidas alcoólicas quanto de velocidade, nas estradas e nas ruas, se desde a mais tenra idade as crianças não forem educadas, em casa e na escola, a respeitar as leis.”
Escuto você toda manhã. Sou seu fã! =)
Oi, Gustavo
Agradeço pelo elogio, mas repasso ao meu pai, pois ele é o autor do artigo. Obrigado pela gentiliza.
Reforço a ênfase dada no comentário anterior, mas observo o antigo comentário “educação vem de berço”.
Educação deve ser dada e aplicada em casa, e não nas escolas, as escolas têm função de ensinar, e os pais de dar limites.
Limites, é o que toda criança pede. E precisamos, nós pais, educar pra que elas saibam o sentido de certo e errado, e que não crescam achando que matar pessoas com seus carros novos por estarem bêbados. Essa necessidade de “Educação” é muito bem representada no filme nacional “atualíssimo” Cama de gato.
Tenho 29 anos, e 3 filhos, e sou do tipo que os deixa de castigo, um mês sem assistir TV, porque conversaram na escola na hora errada.
E todos os pais deveriam dar esse tipo de limite aos filhos, mostrando sua insatisfação com as atitudes erradas.
Concordo plenamente , fui a uma festa recentemente que vi jovens bebendo demais e depois saíram dirigindo tranquilamente. Os jovens não estão suportando frustração e isto é péssimo para a sociedade.
Abraços de admiração.
Caro Sr Milton pai
O alcolismo entre jovens e motorista ja passou dos limites.
As leis devem sim ser mais duras e severas para quem dirige alcolizado, seja em que grau apresenta.
Se a policia pegar um motorista alcoolizado este deve ser preso sem direito a fiança, habeas corpus entre outros beneficios e brechas existentes na lei.
Ser terminantemente proibido anuncios e veiculações na midia sobre bebidas alcoolicas sejam quais forem
Nos rotulos das garrafas publicar imagtens aterrorizantes de acidentes, pessoas mortas, mutiladas porque estavam dirigindo alcoolizadas, trebadas.
Caçar a carteira de habilitação ad eternum.
Recolher o veiculo e este ir para leição e o dinheiro arrecadado investir na saude publica que esta um caos, educação, tratamento de alcoolatras, porque alcolixmo e doença.
Aproveito a oportunidade também para sugerir que nos boletos de pagamentos de impostoos, carnets de IPTU sejam publicadas fotos de politicos corruptos.
Essas festas funk deveriam ser banidas definitivamente.
Deveria ser proibido o consumo de bebidas alcoolicas em bares, padarias, lanchonetes, locais abertos.
Se quiser beber, encher a cara que o façam em suas casas.
Basta ver no final da tarde nas mesas de bares internas e externas estudantes, idosos, homens, mulheres bebendo freneticamente bebidas alcoolicas.
Nao se nota refrigerantes sucos.
Dai saem dos bares dirigindo alcoolizados, matam inocentes
Abraços