Avalanche Tricolor: ao infinito e além

 

Botafogo 0 x 1 Grêmio
Brasileiro – Engenhão (RJ)

 

 

Pode ter sido a camisa com o número 1 nas costas de Marcelo Grohe. Fiquei sabendo, nesta semana, que desde que ele passou a vesti-la, em lugar da 12 com a qual jogou as duas primeiras partidas como titular, o Grêmio não perdeu uma. Pode ter sido meu Ipad, que tem me permitido acessar a TV conectada em casa mesmo enquanto estou de férias na Itália. Foram três vitórias incontestáveis que assisti daqui da Maremma, região da costa de Toscana, que tornaram ainda mais agradáveis os dias de descanso. Alguém pode até imaginar que tudo está ligado a mística do adversário, aquele com o qual se alguma coisa pode dar errado, tenha certeza de que dará. Era a estreia da grande estrela internacional Seedorf diante de sua torcida e com a oportunidade de o time carioca entrar no sedutor G4. Por que daria certo?

 

Para os que preferem as superstições, tudo pode ter levado o Grêmio à vitória no encerramento da 11a. rodada do Campeonato Brasileiro. Melhor mesmo que tentem encontrar nas forças do além a resposta para a conquista de ontem contra um adversário direto na disputa pelo título, diante de um cenário tão desfavorável. Assim não perceberão que um novo time está sendo formado, com jogadores se posicionando melhor em campo e descobrindo seu papel no elenco. E talvez se surpreendam quando virem o Grêmio no topo da classificação. É lá que pretendemos chegar. Quando isto acontecer, não se engane, não será fruto do acaso, mas resultado do equilíbrio de alguns jogadores que estão conseguindo dar a equipe tranquilidade e qualidade.

 

Talvez você não tenha percebido, mas no parágrafo acima analiso o Grêmio fazendo uso do gerúndio, pois este indica uma ação em andamento e é isto que ocorre no tricolor gaúcho. O Grêmio não é um time pronto, e nosso desempenho logo após o gol da vitória se justifica nesta verdade. Sofremos uma pressão que poderia ter sido amenizada com a bola no chão, tocada de pé em pé, como fazíamos até então. Zé Roberto e Elano, no entanto, cansaram e ambos são referência e experiência no meio de campo. Por outro lado, ao conseguirmos conter o assédio do adversário, com bola tirada quase de dentro do gol, atacante derrubado no pescoção e nosso goleiro demonstrando uma incrível personalidade, ficou claro que, além de tudo, temos sorte. E é sempre bom contar com ela nos momentos decisivos, mesmo porque nossa meta é ambiciosa nesta temporada.

 

Lembrando o personagem de Toy Story, Buzz Lightyear: ao infinito e ir além.

4 comentários sobre “Avalanche Tricolor: ao infinito e além

  1. Gostei da lembrança do personagem de Toy Story,Buzz Lightyear:ao infinito e ir além. É.afinal,o que tem de ser a meta do Grêmio no ano em que vai inaugurar a sua ARENA. Gostei,também,de algo que a televisão mostrou antes de a partida se iniciar: vi, juntando-se aos torcedores do nosso time,uma senhora idosa. Apesar da dita ofuscante estréia de Seedorf,ela não deixou de acreditar nos nossos jovens e veteranos jogadores. O Botago escolheu um jogo que parecia servir como uma luva para marcar a grande contratação. Os deuses do futebol,porém,tinha outros planos.

  2. Caro Milton Jung, espero que você continue aí na Itália pelo menos até quinta feira ou após o jogo contra outro adversário direto para o título.
    Você na Itália e seu Ipad estão com tudo e dando sorte, logo ……
    Quando o Paixão deixar o Elano e ZR10 nos cascos nós vamos atingir aquela capacidade e equilibrio que você salientou.
    Só acho que ainda precisamos de um zagueiro, e tenho siugerido em outros sites o zagueiro do Patético Pr- Manoel. O que vc acha ?

    Boas férias e até quarta para mais uma vitória, Adilson.

  3. E não se esqueça, Milton, que o Grêmio conseguiu renovar o empréstimo do Bertoglio por mais um ano. Não consigo vê-lo no time titular no momento, mas certamente é um baita de um reserva de luxo, pronto para entrar sempre que o time dele precisar. Quarta-feira será mais uma final, em um campeonato de pontos corridos onde cada jogo é uma decisão. Que venha o Fluminense! Que venham todos os cariocas. E que seja mantida, essa boa fase.

    Abs

  4. Prezado Milton,
    que bom ler um comentário lúcido acerca do momento atual do nosso Grêmio. Também entendo que poderemos alçar voos maiores nesse 2012. Forte abraço, Rodrigo.

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