Grêmio 1 (5) x 0 (4) LDU
Libertadores – Arena Tricolor
A bola rolava no gramado, jogadores lutavam contra um adversário duro e um árbitro mole e os torcedores empurravam o time à frente. Mas havia uma tristeza intrínseca iludida pelas emoções que o futebol nos provoca. Uma tristeza representada na tarja preta na manga das camisas tricolores e em faixas carregadas pela torcida. Sinais que lembravam a morte dos mais de 230 jovens em Santa Maria ainda muito presentes na memória do povo brasileiro, e gaúcho em especial. Qualquer cosquista, por maior satisfação que nos oferecesse, não seria suficiente para mudar a realidade do dia seguinte, quando a tensão do jogo se esvairia e perceberíamos como é fugaz a alegria diante da dimensão da tragédia ocorrida no interior do Rio Grande do Sul. Quis o destino, porém, nos dar o direito de sorrir por alguns instantes nesta noite. Um sorriso sofrido por tudo que envolvia o jogo e pela forma como a vitória chegou. E um sorriso particular pela conquista individual de Marcelo Grohe ao defender a última bola do jogo e calar os críticos incapazes de enxergar o ser humano acima de suas vaidades pessoais.
Obrigado, Grêmio, por me dar um só motivo para sorrir nesta semana.
Fala Milton, sou gaúcho de Farroupilha mas moro em São Paulo (Guarulhos) há alguns anos. Te ouço todas as manhãs indo para o trabalho, exceto quando vou de bike. Confesso, definitivamente, que não tenho mais saúde para ser um torcedor gremista. Bah, que baita emoção.
Um quebra-costela mui gaudério, parabéns pelo sucesso.
Ademir,
Obrigado por passar por aqui. Os Ferretti são de logo ali, Caxias do Sul. Tenho certeza de que enquanto continuar pedalando seu coração estará em ordem para novas emoções. Siga gremista e ciclista. A fórmula dá certo.
Sim,Mílton,temos de ser gratos ao Grêmio por nos fazer sorrir meio com vergonha de o fazer na semana mais sofrida pelos gaúchos e,como não,para os brasileiros. A vitória gremista nos pênaltis ou,se preferirem,na cobrança de tiros diretos da marca do pênalti,talvez tenha servido para calar a boquirrotice nojenta de quem se acostumou a queimar,se dó nem piedade,faz décadas,jogadores do Grêmio que não lhe caem no gosto. Rejubilo-me,modéstia completamente à parte,por defender a titularidade de Marcelo Grohe. Eu diria que ele deu,literalmente,um “tapa de luvas” no Luxa. Tenho de agradecer,também,a Padre Reus.
Pai,
O boquirroto, que fez sua fama em cima do Grêmio, deve ter odiado o resultado de ontem.
No momento do belíssimo gol de Elano, e o acidente com o alambrado após a Avalanche, foi inevitável não se lembrar da catástrofe do último domingo, certamente em menor escala. Por sorte, nada de mais grave ocorreu com os torcedores, mas a segurança naquele local é de se repensar. Infelizmente no Brasil, esperam acontecer as desgraças para depois agirem.
Quanto ao jogo, não fosse sofrido, não seria com o Grêmio. A cada defesa do goleiro equatoriano, uma unha minha da mão diminuía. Só tive medo nos pênaltis mesmo, porque nos 90 minutos o Grêmio foi muito superior. Que venha o GREnal, sem tanta importância agora. Mas, principalmente, que venha o Grupo 8.
E tenha certeza, Milton, que os jovens gremistas envolvidos na tragédia de domingo em Santa Maria, também puderam sorrir ontem à noite, onde quer que eles estejam.
Abs
Bruno,
O que não consigo entender é a barbeiragem que fizeram naquele espaço. No Olímpico com muito menos estrutura e uma arquitetura mais antiga, aquilo que assistimos jamais aconteceu.
Será que o senhor viu o jogo e a quase tragédia nas arquibancadas?
Assisti ao jogo e aos incidentes, comemora o primeiro e lamento o segundo, conforme já registrado neste comentário.
A nova arena virou uma panela de pressão !
Começamos bem.
Antonio,
Sem dúvida, o estádio cheio e o grito do torcedor foram fundamentais para manter a equipe na Libertadores. A lamentar o incidente durante a comemoroção, um erro de quem projetou aquele espaço que foi destinado aos torcedores que gostariam de participar da avalanche, movimento que se realizou durante muitos anos no Estádio Olímpico sem os mesmos problemas.