Grêmio 5 x 0 Santa Cruz
Gaúcho – Olímpico Monumental
Eis uma boa razão para os campeonatos estaduais, descobrir talentos. A partida deste início de noite, em Porto Alegre, era crucial para as intenções gremistas na Taça Piratini. Com um time a cada jogo, repetindo apenas um ou outro nome, usando a gurizada das categorias menores e aproveitando gente grande sem chance no time titular, o Grêmio vem fazendo campanha previsível e capenga. Hoje, tinha pela frente um adversário embalado por duas vitórias, a última de goleada, que chegou disposto a enterrar as pretensões tricolores nesta etapa inicial da competição. Não imaginava, provavelmente os poucos torcedores que foram ao Olímpico também não, que se depararia com um time tão inspirado e inspirador. Impediu qualquer jogada de risco contra nossa defesa, roubou todas as bolas, não perdeu divididas e, além de desconstruir, foi muito competente na construção. Houve talento com a bola no pé, movimentação rápida e coordenada, o que surpreendeu para um time tão desentrosado, e um passe refinado que levaram a mais esta goleada no Campeonato Gaúcho. Para simbolizar o desempenho, ninguém melhor do que Guilherme Biteco, menino que estava com a camisa 6, foi escalado fora de sua posição original – ele é meio-atacante, mas estava na ala esquerda – e jogou demais. Deu assistência para os dois primeiros gols e ainda deixou alguns dos colegas em condições de marcar. Devem ter ficado constrangidos em perder as oportunidades preciosas que o menino que ainda tem 18 anos ofereceu aos marmanjos. Guilherme teve, também, a chance de jogar ao lado do irmão mais novo, Matheus Biteco, volante que sabe sair jogando como poucos e ainda tem tempo para brilhar com a camisa gremista. Os Bitecos são na realidade Bittencourt, sobrenome que promete fazer história no Grêmio – ao menos enquanto não forem levados para o futebol europeu.
Pelo menos para isso serve este campeonato inconvenientemente colocado no meio do caminho da nossa campanha da Libertadores (aliás, nesta quinta-feira estaremos em campo mais uma vez), descobrir talentos. E fazer jogadores como William José desencantar.

Não sou totalmente contra os estaduais, mas eles deveriam ser repensados, especialmente na questão do calendário. Acredito que os times da Primeira Divisão, ou os que estão na Libertadores (vide o Palmeiras), deveriam entrar em outro momento. E deixar os times do interior, disputando o ano inteiro, para não ficarem parados.
Agora, na Libertadores, começaremos a ver como será esse time, que no papel, é franco favorito ao título. Que sejamos abençoados pela Imortalidade.
Abs
Bruno,
Time favorito? Deixa isso para os outros. Vamos com humildade, resignação, carrinhos e marcação. Se der, com talento, também. Ganhando jogo a jogo, formando o time a partir de um elenco mais qualificado do que o do ano passado. Mas sem muita festa antecipada porque os demais estão todos com a mesma disposição para chegar ao título.
Milton, infelizmente o menino Guilherme Biteco já está vendido aos alemães do Hoffehein (não sei a grafia correta), os mesmo que compraram o Carlos Eduardo em uma determinada época. Ele chegou a assinar o contrato porém se machucou e veio para o grêmio para tratar essa lesão e voltar a sua forma física. Depois, volta para o clube alemão.
Soube que foi negociado com o clube alemão, mas vamos tirar uma casquinha dele até que dure. A lamentar, a nossa falta de competência para manter estes craques no time. Nem precisa ser todos eles, bastava manter um deles.
Mílton,os Bitecos,o Bertoglio e o Willian José vão queimar as línguas maledicentes de alguns comentaristas incapazes de mostrar entusiasmo,especialmente,com jovens estrangeiros,ainda mais se forem argentinos.