Grêmio 4 x 1 Caracas
Libertadores – Grêmio Arena
Driblamos as máximas do futebol, espantamos a tal maldição do Grupo 8 e, mais do que tudo, jogamos bola de verdade, nesta noite em Porto Alegre. A vitória se desenhou nas palavras de Vanderlei Luxemburgo pouco antes de a partida se iniciar, ao alertar para a necessidade de não se tomar gol, marcar muito forte o adversário, aproveitar bolas paradas e tudo isso durante os 90 minutos. Mal a bola começou a rolar e o discurso do técnico se traduziu em atos e fatos dentro de campo. Os venezuelanos, se já estavam abalados com a morte de seu presidente Hugo Chavez, ficaram estonteados com a forma como os gremistas ocuparam todos os espaços, impediram a troca de passe e a saída de jogo. Com a bola recuperada, tocavam com rapidez, se deslocavam com velocidade e esbanjavam talento.
Dizem por aí que a melhor defesa é o ataque, mas mostramos que a defesa bem armada, séria e competente pode fazer o ataque melhor ainda. Uma defesa que contava com a ajuda do ataque sempre que necessário, pois se Pará perdia a bola na tentativa do cruzamento na linha de fundo, quem impedia o contragolpe era Barcos, como anotei aos 34 minutos do primeiro tempo. Os passes de calcanhar, os dribles em busca do gol e a movimentação inteligente para ficar mais bem colocado em campo me chamaram tanto atenção quando os carrinhos para impedir o avanço do adversário e as bolas despachadas para a lateral.
Elano, impressionante; Zé Roberto, incomparável; Barcos e Vargas, a dupla dinâmica; André Santos de uma lado e Pará do outro, surpreendentes; e nossos zagueiros e volantes jogando o que sempre espero de zagueiros e volantes (e até um pouco mais).
Talento e seriedade, raça e categoria. Este Grêmio promete muito na Libertadores.
Talento e seriedade, raça e categoria. Este é o time que todo torcedor quer ter e ver. E ontem tivemos e vimos.
Esse é um Grêmio diferente. Consegue manter a raça, tradicional em sua história, alinhado à técnica e habilidade individual de seus jogadores. Mantendo os pés no chão, com humildade, deve ir longe na Libertadores. Assim esperamos.
Agora, de se lamentar a atitude de certas pessoas, mal intencionadas, infiltradas na torcida gremista, que quebraram algumas cadeiras da Arena. Oras, se a Geral foi interditada, e lá deverá ser colocado cadeiras (particularmente sou contra), deve-se respeitar a decisão. Estão destruindo um patrimônio do próprio clube. Chega a ser burrice. A diretoria precisa identificar logo esses vândalos, e impedi-los de voltar ao estádio, pois o Grêmio corre risco ter a Arena interditada na Libertadores e aí, um local que poderia ser nosso aliado na busca do terceiro título, pode se tornar uma grande dor de cabeça…
Abs
Bruno,
Não sabia destes acontecimentos. Este grupo de torcedores não merece o estádio e o time que têm. E não pode ser confundido com a torcida gremista. É daquela turma que quebra orelhão, destrói banco de praça … espírito de porco.
Chavés morreu, Grêmio ganhou, Chorão também morreu…..só desgraça..
Ô, Ezequiel!
Nem tudo foi desgraça, nem tudo.
Há muito,mas muito tempo mesmo que não se via o Grêmio jogar tão bem quanto na noite em que enfrentou o Caracas. Quem não assistiu à partida,segundo espero,não chegou a perder a mágica porque,afinal,é de se acreditar piamente que o time atual tem amplas condições de repeti-la.
Pai,
Falamos em mágica pela força da expressão, mas o que vimos não há nada do campo do ilusionismo. Os dois alas descobriram a linha de fundo, sem abrir mão do poder de marcação. Os dois volantes sabem jogar com destaque para Souza. O quarteto do ataque, Elano, Zé Roberto, Vargas e Barcos, se desloca com muita rapidez e tem talento na troca de passe, e o mais simbólico desta realidade foi o terceiro gol, o primeiro do Zé. Se aprendemos com o primeiro jogo, não repetiremos a prepotência que nos derrotou. E com a seriedade desta terça, seremos um time forte e de categoria, nesta Libertadores.
Sacanagen Milton. O meu time perdeu no campo de showbol……