Avalanche Tricolor: quem diria, Pelé quase foi um Imortal!

 

Ponte Preta 1 x 1 Grêmio
Brasileiro – Campinas (SP)

 

 

Em reportagem que li no site ClicRBS, publicada no jornal gaúcho Zero Hora, neste domingo, Pelé confidencia ao jornalista Luiz Zini Pires que quase jogou no Grêmio. Quando estava no início da carreira, o Santos costumava emprestar seus jogadores mais jovens para que ganhassem experiência. O time paulista esteve em excursão no Sul, jogou em Pelotas e Rio Grande, no interior gaúcho, e foi consultado se alguns dos garotos poderiam ficar. Pelé era um deles. “Quase que eu reinicio minha carreira no Grêmio”, disse ao repórter. Tivesse um cartola santista aceitado a proposta, naquela época, haveria a chance de Pelé ter se imortalizado no cenário futebolístico com a camisa do Grêmio e, provavelmente, nossas conquistas nacionais e projeção mundial teriam chegado mais cedo. Por outro lado, a facilidade com que alcançaríamos nossas façanhas impediria que forjássemos a nossa imortalidade. O destino quis que cada um construísse sua própria história.

 

A verdade é que o futebol, assim como a vida, pode ter seu destino definido pelo acaso. Uma bola no poste, o chute descuidado que esbarra no zagueiro, a marcação equivocada do árbitro ou uma série de outros detalhes que fazem parte do jogo influenciam no placar final e na classificação de um time. Mas se o imponderável pode ser definitivo, também é verdade que existem fatores preponderantes que conspiram a favor do resultado, tais como o talento individual e a qualidade do elenco. Também coloco na lista a estratégia planejada pelo técnico. Quando esses não se sobressaem nos resta torcer por um lance de sorte.

 

Neste domingo, talento e sorte se uniram para levar o Grêmio ao empate com a Ponte Preta, em Campinas, e nos manter na luta pela vice-liderança, que dará passagem direta a Libertadores. O drible curto de Zé Roberto e o cruzamento com o bico da chuteira que iniciou a jogada do gol foram marcados pela qualidade técnica que diferencia nosso camisa 10. Já a sorte nos ajudou ao fazer a bola cabeceada por Vargas desviar no corpo de um adversário e entrar no gol. O resultado, antes de ser lamentado, tem de ser visto como normal em competição da dimensão do Brasileiro, principalmente se levarmos em consideração o desespero do adversário. Com o ponto conquistado, a disputa pela competição sul-americana está aberta e na nossa mão. Estão faltando apenas dois jogos, os quais temos todas as chances de vencer, bastando um lance de sorte (ou de talento).

 

Em tempo: jogadores de Grêmio e Ponte repetiram o gesto que marcou o protesto do Bom Senso Futebol Clube, na rodada do fim de semana, sentando no gramado antes de a partida se iniciar, em mais uma demonstração que estão unidos e dispostos a enfrentar a CBF.

3 comentários sobre “Avalanche Tricolor: quem diria, Pelé quase foi um Imortal!

  1. Milton.
    Jogadores e técnico consideraram “normal” e de “bom tamanho” empatar com um time desesperado, fugindo do rebaixamento, cansado, após o início da decisão com S.Paulo…um misto de time quase rebaixado. Novamente o Grêmio entrega 2 pontos que podem lhe custar caro numa vaga garantida na Libertadores. Se o Grêmio pensa que encontrará refresco com o Goiás, em casa, é bom lembrar que esse time é a “toca” do Grêmio, quase sempre ganha em Goiânia e quase nunca perde em P.Alegre. Então, hoje perdemos dois pontos, não ganhamos um. Pelo menos contou com a sorte pelo empate do Botafogo…caso contrário até o G4 estaria ameaçado. É isso.

    • Forni,

      Sou um otimista contumaz. Dado o placar adverso com a Ponte saindo na frente, até que fiquei satisfeito com o resultado final. Não posso dizer o mesmo em relação à minha satisfação com o desempenho do time. Quanto as nossas “tocas”, Ponte e Criciúma faziam parte dessa lista. Você agora me lembra do Goiás. Está na hora de driblar esta história.

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