Avalanche Tricolor: sem jamais perder a magia

 

Cruzeiro 3×3 Grêmio
Brasileiro – Mineirão/Belo Horizonte-MG

 

IMG_8096

Ramiro marcou o 3º do Grêmio (reprodução SporTV)

 

Haverá gremista se lamentando porque cedemos o empate e desperdiçamos a oportunidade de terminar a oitava rodada como líder do Campeonato Brasileiro.

 

Eu não!

 

Ouvi Ramiro,no fim da partida, choramingando ao repórter que tinha lhe feito uma pergunta qualquer. Queria ter terminado o jogo com a vitória. E entendo a insatisfação de um jogador que lutou mais de 90 minutos em busca do gol: fez o dele, permitiu que os outros fizessem os seus e esteve presente em boa parte das jogada de ataque. Suou e jogou muito para merecer a vitória.

 

Assim como Ramiro, jogaram demais: Michel, Arthur, Everton, Pedro Rocha e Luan – apenas para citar aqueles que estão na nossa linha de frente. A turma lá de atrás também redobrou-se para sustentar o resultado, diante de uma equipe necessitada de pontos e empurrada pela sua torcida. Foi esse somatório que nos fez jogar sempre na frente do placar, mesmo fora de casa. Infelizmente não foi suficiente, cedemos o empate, e nossos jogadores devem estar incomodados com isso.

 

Insisto: eu não!

 

Independentemente do que chegamos a ter em mãos por alguns momentos desta segunda-feira – a vitória e a liderança do Campeonato -, fizemos hoje no Mineirão um baita jogo de futebol. Uma partida de orgulhar o torcedor pela maneira como o time se comportou em campo, pelo talento com que alguns dos nossos jogadores demonstraram, pelo toque de bola preciso e com categoria apresentado especialmente no nosso meio de campo.

 

O prazer de ver o Grêmio jogar a bola que está jogando sob o comando de Renato não me dá o direito de reclamar do resultado. Estaria, sim, desconfortável se saíssemos com um daqueles empates alcançados com futebol retranqueiro e sofrido. Ao contrário, quem assistiu ao Grêmio nesta noite, teve a convicção de que somos um time para disputar o título. E o título está em disputa, mesmo porque ainda é cedo para qualquer definição.

 

O Grêmio poderia terminar a rodada líder, é verdade; não o fez, mas a encerrou na disputa da liderança. Tem muitos jogos pela frente e adversários diretos já nas próximas partidas. Está maduro, bem formado, com jogadores importantes voltando aos poucos e encantando por onde passa. Temos de ter consciência que para alcançarmos a conquista maior é preciso capacidade de superar reveses e entender placares adversos, sem jamais perder a magia.

 

 

 

2 comentários sobre “Avalanche Tricolor: sem jamais perder a magia

  1. Milton, estou satisfeito demais com nosso Grêmio. Não dá nem para reclamar. A liderança virá, como já disse o Bruno Cortez, de forma natural, no momento certo. Do jeito que está jogando, difícil não imaginar a temporada sem um título e estamos na briga por três – nem conto a Primeira Liga que acho desnecessário. Evidente que vai ter que poupar um ou outro jogador, mas o Grêmio, ao contrário do que muitos falam (inclusive especialistas no assunto) tem elenco e tem muito jogador para voltar do departamento médico. Cito dois: Bolaños e Douglas. Vamos confiar na vitória nos próximos dois jogos em casa, que não serão fáceis. Mas sabemos que nosso Grêmio nunca teve vida fácil na sua história.

    P.S: Perdi meu pai este ano vítima de câncer no pâncreas e sei que onde quer que ele esteja, deve estar vibrando com as atuações do Imortal Tricolor.

  2. Oi, Bruno: por mais que tenha tentado manter o pé no chão, não dá pra deixar de se entusiasmar com o futebol jogado. E concordo com você que mais gente se aproxima do time com a recuperação física de gente como Bolanos, Douglas e Barrios. Veja que são três nomes que mudam um jogo e, no entanto, sobrevivemos até aqui com a ausência deles. Sinal de que temos elenco para a temporada. Teremos de saber temperar os ânimos e equilibrar os resultados diante de tanta competição. Que os resultados nos ajudem a tirar um pé aqui e outro acolá. Lamento muito por seu pai. Que ele esteja, onde estiver, vibrando com nosso time!

Deixar mensagem para Bruno Zanette Cancelar resposta