Você é o melhor antídoto para o mau humor corporativo

 

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Uma das colunas do TweetDeck, aplicativo que uso para administrar minhas contas do Twitter, reúne todos as publicações que incluem a expressão “mundo corporativo”. É uma maneira simples de saber o que comentam sobre programa que apresento na rádio CBN e leva este nome, e ao mesmo tempo uma forma de identificar como as pessoas encaram o cenário corporativo.

 

Sei que indignados escrevem mais e mais alto, mas é surpreendente a quantidade de pessoas que reclamam do que fazem e onde fazem. “Nojento”, “mafiosos”, “decepções”e “não é o meu mundo” foram apenas algumas das palavras que encontrei em uma rápido olhar na coluna antes de escrever este texto.

 

Se este não é o meu mundo, qual será? Para viver temos de ter algum dinheiro no bolso, por menos que seja. E para ter esse dinheiro, é preciso produzir. E para produzir, trabalhar. Pode ser em casa, na garagem, na oficina, no consultório ou na casa de máquinas. Trabalhar é preciso. E cada vez mais e por mais tempo. Portanto, cabe a nós mudarmos este ambiente.

 

Lembrei-me deste assunto porque nesta última semana entrevistei dois caras que me ajudaram muito a pensar como é possível transformar este cenário, mesmo que não sejamos os donos da empresa ou um líder de departamento.

 

O primeiro deles foi do Dr. Esdras Guerreiro Vasconcellos, psicólogo que recebi no Mundo Corporativo e trouxe algumas ideias sobre como conviver com o estresse. Ele fala em convívio porque não há como nem se deve eliminá-lo. Sem o estresse não se produz nada; já a perda do controle dele, pode destruir tudo. Foi um dos alertas que fez.

 

Quanto as dificuldades que levam tantos funcionários a reclamar do seu trabalho e da sua empresa, uma frase de Vasconcellos que nos ajuda a pensar como somos fundamentais nesta transformação:

 

“Se você sabe que na segunda-feira vai enfrentar tais e tais problemas na empresa, e você ainda não tem uma solução para eles, pare um instante e cuide pelo menos de você”

 

(leia mais e assista a entrevista completa com Dr. Esdras Vasconcellos)

 

Outra entrevista que me ajudou a refletir sobre essa relação de ódio com o mundo corporativo foi a gravada, nesta terça-feira pela manhã, com João Paulo Pacífico, do Grupo Gaia, convidado da série de podcast CBN Professional. Ele é adepto da psicologia positiva e trouxe vários rituais que os 60 funcionários do grupo são incentivados a realizar.

 

A identificação de momentos de gratidão no seu cotidiano, a importância de trocas de sorrisos, o convite para que se espalhe gentileza e a necessidade de se celebrar cada passo à frente são movimentos marcados pela simplicidade, mas capazes de mexer com algo muitas vezes doloroso: a falta de motivação para fazer o que fazemos.

 

Pode parecer ingênuo diante da crueza com que as relações de trabalho são mantidas, mas no caso da Gaia a coisa está funcionando, convenceu-me Pacífico.

 

Com você, vai depender do seu desejo genuíno de mudar.

 

Nem sempre haverá condições de trocar de empresa ou cargo, mas sempre será possível trocar a sua disposição. Independentemente do chefe mala, do colega marrento, do salário pífio e do cliente que não olha no seu olho, comece essa transformação na sua atitude diante das tarefas marcadas e das pessoas com as quais se relaciona.

 

Afinal, o problema já está posto e não vai mudar porque você reclama dele.

 

Mude você!

 

PS: a entrevista com o João Paulo Pacífico estará disponível, em breve, na lista de podcast da CBN

3 comentários sobre “Você é o melhor antídoto para o mau humor corporativo

  1. Pingback: A diferença que faz um sorriso no rosto | Mílton Jung

  2. Milton, estou em busca da lista de livros indicados pelo João Paulo Pacífico na entrevista que ele lhe concedeu (sensacional, inclusive!). Onde encontro?

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