Por Carlos Magno Gibrail

Sessão no Senado em foto de Waldemir Barreto/Agência Senado
Uma batalha semântica sempre esteve presente no mundo politico, onde partidos usam palavras como “democracia” e “social” invertendo o significado.
Ignorância ou engodo?
A verdade é que o nível de destempero da classe politica exorbitou e chegou a ponto em que “politica” e “partidos” passaram a serem palavras indesejáveis. Os partidos estão deixando de usar o vocábulo que mais os caracterizam. A palavra “partido” começa a ser retirada das siglas que as representam.
O atual prefeito de São Paulo João Doria usou como principal bandeira de sua candidatura o argumento que era gestor e não político. Uma fuga que durou pouco, pois ao se lançar candidato ao governo do Estado comprova que é politico. E da antiga escola. Nega a premissa e nega a promessa. Não vai permanecer como prefeito até o fim do mandato.
Entre a dezena de candidatos que se apresenta como pretendente à presidência há um fator que merece atenção especial. Como se sabe nenhum dos poderes da nação tem mostrado desempenho satisfatório. E ainda assim há uma intromissão indevida nas escolhas da população.
O governo não dá conta do público e se mete no privado.
A maioria dos presidenciáveis expõe plataformas heterogêneas sobre o aspecto conceitual. Predominam as propostas liberais para a economia e tradicionais para o social e comportamental. Posição que endossa a atual situação, onde o público avança no social.
Até agora, há apenas o programa do partido Novo aproximando-se do liberalismo de forma homogênea. Pois intitula-se de direita propondo o liberalismo econômico e salvaguardando a liberdade individual a temas pessoais. Dentre outras medidas propugna o fim do fundo partidário, o porte de arma e a decisão do aborto para a pessoa.
Esperemos que mais novidades se juntem a Amoedo e Doria enquanto Flavio Rocha se decide.
Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung