Nos dias 1º e 2 de outubro, no Teatro Santander em São Paulo, tivemos o 10º Fórum de Franquias e Negócios do Grupo Bittencourt & GS. Evento que se alinha a uma série recente de formatos corporativos com o propósito de difundir conhecimento em tempo real.
Uma linha comum em todos estes eventos é a exposição da absorção em grande escala da tecnologia voltada para o atendimento na relação empresa—cliente. Ao mesmo tempo, surgiu um novo foco no cliente como centro do sistema, e atenção especial às pessoas que o atendem.
Destacamos “O Poder Feminino nos Negócios” que teve apresentações de Renata Moraes da Kopenhagen, com “Rótulos nunca me serviram”, e Chieko Aoki, com “Qualidade, elegância e amor para servir”.
Renata, herdeira e Vice-Presidente do Grupo CRM, que possui as marcas Kopenhagen, Brasil Cacau, Lindt, Kop Koffee e SoulBox, subiu ao palco para afirmar que a diversidade de gênero no mercado de trabalho não pode ser ignorada. Dados recentes da ONU indicam que o Brasil levará 108 anos para diminuir a diversidade de gênero e 202 anos para chegar na paridade entre homens e mulheres. O único caminho para melhorar essa posição é esquecer os rótulos.
Enfatiza que devemos começar estimulando as meninas à liderança, evitando chamá-las de “queridas, lindas, doces” enquanto chamamos os meninos de “campeões”. Quando elas não conseguem atingir resultado são estimuladas a descansar, mas os meninos, a continuar. Não podemos permanecer assim. As meninas são capazes.
Renata está segura que a lucratividade que o Grupo CRM tem obtido é devida a desconsideração de rótulos, pois “rótulos não definem quem você é ou quem você pode ser”.
No Grupo CRM, 60% das posições são ocupadas por mulheres. “E 65% no C–Level. São gerentes, coordenadoras e diretoras engajadas como eu”, arremata Renata.
A abertura da academia SoulBox para incentivar a luta esportiva entre as mulheres transmite a busca do rejuvenescimento e permanência, propósito do Grupo CRM, e segundo Renata “Nasce muito protagonista da própria história”.
Chieko Aoki, fundadora da Rede Blue Tree Hotels, subiu ao palco com o peculiar carisma. Expôs que ao vender a Rede Caesar Park Hotels decidiu criar uma rede hoteleira que reunisse a excelência americana, a qualidade europeia, a espiritualidade japonesa e a hospitalidade brasileira.
Estabeleceu a alma Blue Tree com o Bem-Receber, Bem-Servir, Bem-Cuidar, definindo como reegra de ouro: encantar a todos, meta é meta, prazo é prazo, não justificar, gestão de resultados — com um toque de Vicente Falconi.
Ressaltou que o negócio de hospedagem vai além de hotelaria, não é somente cuidar de prédio ou de lençol, pois é principalmente cuidar de pessoas para as pessoas. Sistematizando este conceito com três premissas:
- Os colaboradores precisam ser cuidados para cuidarem bem dos clientes
- Cuidar não se ensina, precisamos ser bem cuidados para entender o Bem Cuidar
- Precisamos tocar seus corações para que façam com o coração
Esse circuito emocional, Aoki designa como alma da Blue Tree.
Cita dois casos:
O dos pesados edredons que estavam impedindo a mão de obra feminina de realizar a contento o trabalho. Manteve as mulheres e dispensou os edredons. Fato inclusive copiado por todos.
Louvou também o funcionário que teve a percepção do estado de saúde do hóspede que veio pedir medicamento. Ao invés de dar o remédio solicitado, o levou ao hospital. Felizmente. Porque foi operado no mesmo dia.
A Rede Blue Tree cresceu mais de 50% no último ano. A receita de Chieko Aoki é o Bem Cuidar, porque segundo ela, o Bem Cuidar Faz Bem: para os colaboradores, para os clientes, para a sociedade e para a nossa alma.
Que assim seja!
Carlos Magno Gibrail é consultor, autor do livro “Arquitetura do Varejo”, mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung.Milto
SENHORA AOKI, O BRILHO DO MITO COMO SEMPRE.
REITERO MEUS RESPEITOS E REVERÊNCIAS.
Poeta Alceu Costa