Avalanche Tricolor: o sorriso de Lucas Leiva

Grêmio 3×0 Sport

Brasileiro B – Arena Grêmio, Porto Alegte/RS

Lucas Leiva comemora gol em foto de Lucas Uebel/GrêmioFBPA

Punho cerrado, braço estendido em direção ao céu e corpo elevado por um dos colegas. Assim Lucas Leiva comemorou o primeiro gol dele desde que voltou ao Grêmio e o segundo na vitória importantíssima desta noite — não apenas porque nos deixa mais próximo da classificação à série A , mas também porque corremos o risco desta ser a última partida na Arena, nesta temporada. Havia também um sorriso estampado no rosto desse gremista que, após vitoriosa carreira no exterior, decidiu encerrar sua jornada no time do coração.

Um sorriso que não escondia o alívio de quem sabia da dívida que tinha com o clube, pois desde que retornou não havia conseguido impor o futebol que lhe alçou ao sucesso. O próprio Lucas confessou, ao fim da partida, a frustração de não ser capaz de repetir com a camisa do Grêmio o talento que lhe projetou internacionalmente — ops, não é de bom tom usar essa palavra em uma Avalanche Tricolor, vamos então mudá-la para mundialmente. 

Nesta terça-feira, jogando mais à frente , pela total ausência de armadores e criadores no meio de campo, Lucas demorou para entender sua função. Participou de alguns lances, mas sem o diferencial que esperamos de alguém com a capacidade dele. 

Foi no segundo tempo, quando se imaginava lhe faltaria fôlego para manter a intensidade na marcação na saída de bola, que Lucas apareceu. Iniciou a jogada do primeiro gol no meio de campo e participou da sua finalização já dentro da área adversária, com a conclusão de Biel — em tempo: é incrível a dedicação desse menino de apenas 21 anos. O segundo gol, como já disse, foi de autoria dele e resultado de lançamento de Diogo Barbosa e da presença de Rodrigo, recém-entrado, dentro da área. Lucas disputou com o zagueiro e bateu forte, estufando as redes.

O sorriso na comemoração voltou a se repetir na entrevista final, ao comentar o placar elástico sobre um adversário que vinha se assanhando na competição e já era visto como uma “touca” do Grêmio, diante das estatísticas favoráveis nas últimas temporadas. Lucas Leiva estava feliz com o gol e a vitória — o terceiro gol foi marcado por Bitello. Uma felicidade que me representava em campo. Uma felicidade apropriada para o momento, sem a ilusão de que está tudo resolvido e menos ainda de que estamos esbanjando qualidade técnica.

Foi o próprio Lucas Leiva quem disse ao repórter que o abordou ao lado do campo que no Grêmio nada é fácil, tudo vem com sofrimento, mas, no fim, na maioria das vezes, as coisas dão certo. 

Que Lucas siga nos dando o direito de sorrir!

Em tempo: o que você vai ler a seguir, é claro, é opinião de um torcedor gremista; mesmo assim, espero que você tenha parcimônia em compreender o que penso sobre o assunto. Torcedores do Santos invadiram o gramado e um deles tentou dar uma voadora no goleiro Cássio do Corinthians. O time paulista foi punido com perda de mando de campo nos dois próximos jogos da Copa do Brasil, no ano que vem. Alguns torcedores se engalfinharam nas arquibancadas, na partida contra o Cruzeiro, e o Grêmio foi punido com a perda de três mandos de campo, que se for mantida representará o fim da presença gremista em seu estádio nesta temporada. É justo?

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