Avalanche Tricolor: árbitro erra e sempre contra o nosso time

Bahia 1×0 Grêmio

Brasileiro, Fonte Nova, Salvador/BA

Imagem reproduzida da Sportv

O árbitro erra. E erra sempre contra nosso time. Se erra para os outros, com certeza erra mais contra nós. E quanto mais meu time perde, mais erros comete. O cara ou a cara que escolheu essa profissão sabe a que veio. É bode expiatório. É meu culpado preferido. É do jogo, mesmo que nada disso esteja previsto lá na regra 5 das leis do futebol.

Com o tempo, o árbitro deixou de errar sozinho. Se no início tinha dois auxiliares para cometer suas barbaridades, agora tem um quarto árbitro fora do campo com direito a dar pitacos pelo radinho e mais um monte de quase-árbitros sentados na salinha do VAR, sempre prontos para anular os gols do meu time ou flagrar irregularidades que jamais admitirei dos meus jogadores.

O árbitro escalado para a partida de sábado à noite, em Salvador, na Bahia, Bráulio da Silva Machado, foi mais um a cumprir com perfeição o papel de algoz. Soubemos que, ontem, ainda contou com ajuda extraordinária.  E o fez de maneira sórdida, perspicaz. Porque não errou o lance fatal, o pênalti que definiria o placar, naquela cena explícita que a imagem da televisão registra e escancara para todos os torcedores – disso também já fomos vítimas na partida de estreia do Campeonato Brasileiro. Foi no varejo. No lance menor. Ali no meio de campo. Na escapada do contra-ataque. Na inversão de valores. 

Ao longo da partida, deixou passar faltas claras, sinalizou outras inexistentes. Puniu com o rigor da lei os que se atreveram a identificar seus erros. “Não tá gostando? Amarelo”; “Achou ruim? Vermelho!”! Sim, o árbitro tem o monopólio do erro no campo do futebol. Só ele detém o poder de errar e não ser punido. E punir. De desequilibrar o resultado da partida e voltar para a casa com o dever cumprido (e blindado pelos escudos de aço da polícia).

O Grêmio marcou mal, atacou mal, escalou-se mal, especialmente no primeiro tempo, e quando ajustou seus males não teve tranquilidade para fazer o placar a seu favor. Estava nervoso porque, você caro e cada vez mais raro leitor desta Avalanche, sabe bem: juiz ruim gera insegurança, e se transforma em campo fértil para a tensão, que desestabiliza e cega os jogadores, o treinador e os torcedores. 

Árbitro ruim tem esse poder, também: nos torna incapazes de enxergarmos nossos erros pontuais e defeitos que se repetem desde o ano passado quando perdemos o Brasileiro, graças aos pontos desperdiçados nas partidas fora de casa. Até daria para ter sido campeão, mas naquele jogo contra o Corinthians, na casa do adversário, o árbitro entendeu que o jogador, dentro da área, com o braço aberto e para o alto, estava fazendo um movimento natural. 

Só nos resta protestar, sair de campo, abandonar o banco de reservas e pedir para que a CBF passe a escalar árbitros bons nas nossas partidas. Apesar de que árbitro que é se preza, bom ou ruim, erra. E erra sempre contra o nosso time. 

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