Por Milton Ferretti Jung
Recebi, lá pelo dia 30 ou 31 de julho, não lembro bem, um telefonema do Mílton, no qual ele me informava que tínhamos sido convidados para comparecer a um programa da TV Canção Nova que iria ao ar em 8 de agosto. O apresentador Gabriel Chalita queria que participássemos do Papo Aberto. Assunto: Dia dos Pais, que se festeja, como se sabe, no segundo domingo deste mês. Só quem é muito desmiolado talvez não se recorde desta efeméride,tantos são os anúncios sobre a data divulgados pela mídia.
Permitam-me que apresente Gabriel Chalita, especialmente para os leitores e/ou telespectadores do Rio Grande do Sul. Ele, que é formado em Direito e em Comunicação e Semiótica, foi eleito deputado federal com 560.022 votos. Vai concorrer, agora, à prefeitura paulistana. O convite para o Papo Aberto, como não poderia deixar de ser, foi aceito de imediato. Graças a ele, aproveitei para visitar meu filho, minha nora e meus netos. Mais do que isto, a participação no programa me deu a rara chance de compartilhar com o Mílton o relato de nossas histórias profissionais, algo jamais imaginado por mim e, com certeza, por ele. Confesso que fiquei emocionado ao ouvir os elogios feitos por Gabriel Chalita ao comportamento do Mílton tanto no seu trabalho quanto como pai de família e senti ,mais uma vez, que o guri que, em 91, se mudou com armas e poucas bagagens para São Paulo, só teve a ganhar com a troca. Confesso, também, que a coragem que ele demonstrou ao deixar a casa paterna para se estabelecer em uma terra então estranha, não faz parte das minhas poucas virtudes, porque jamais gostei de viajar ou de ficar só em lugares distantes do meu lar. Não exagero se disser a quem lê este texto que, como pai, fui capaz de ensinar algumas coisas aos meus filhos – a Jacqueline, o Mílton e o Christian – mas eles souberam aprimorá-las e passá-las aos seus filhos.
Durante o programa, comentei que o Mílton, no microfone, fala muito. Não foi isso que ensinei a ele. Nisto, somos diferentes: na minha profissão nunca fui âncora, sempre lidei com a leitura de notícias e de textos, criados ou não por mim; narrei futebol durante décadas; participo, hoje de um programa de debates esportivos; no início da minha carreira até fiz radioteatro, mas precisava apenas interpretar as partes que me tocavam no script. Já o Mílton me impressiona quando faz ou concede entrevistas, seja porque sempre se mostra bem informado sobre os assuntos que aborda com os seus entrevistados, seja porque, quando, especialmente, fala do rádio como veículo, demonstra pleno conhecimento do assunto.
Encerro este texto agradecendo a Gabriel Chalita pela chance maravilhosa que nos deu de falarmos sobre nossa profissão e de nossas famílias.
Milton Ferretti Jung é jornalista, radialista e meu pai. Às quintas, escreve no Blog do Mílton Jung (meu pai)

