O veneno que mata é o que cura


Por Carlos Magno Gibrail

A mordida de uma cobra venenosa se cura com o próprio veneno. É a natureza bem interpretada pela sabedoria do homem dando uma lição de inteligência. Um “benchmarking” deste “case” pode resolver infinitos problemas atuais, cujas soluções requerem apenas a mesma lógica e inteligência usada por Vital Brasil.

O automóvel, cujo veneno polui e congestiona, é um dos mais óbvios candidatos à taxação através do pedágio urbano. Entretanto, é solução ao mesmo tempo rejeitada pela própria população contaminada e temida pelos governantes.

O aumento da arrecadação de impostos passa pelo caminho mais fácil da redução dos mesmos, entretanto, está para nascer um Governo que aposte no óbvio, e faça o certo, isto é, diminua a carga tributária.

Para aumentar os empregos é preciso diminuir as garantias do mesmo, pois empresas e empreendedores teriam menos restrições a admissões de novos trabalhadores. Aí, vem o Sr. Chinaglia e levanta o que nem o Governador da Califórnia conseguiu fazer em Holywood, o homem grávido.

Diante deste tipo de propostas é que se questiona a profissionalização dos políticos. Um cidadão normal, não-político e, inserido no mundo real, dificilmente apresentaria um projeto destes.

Para baratear os alimentos, não podemos permitir a utilização de processos predadores da natureza. Muito menos anistiar agricultores que desmataram rios, encostas e morros. Reinhold Stephanes e a famosa bancada ruralista pretendem abaixar os preços aumentando as chances das distorções climáticas. Para reduzir os preços, que se aumentem as exigências ecológicas e as punições aos predadores.

Para decrescer ou eliminar o desmatamento, os créditos de carbono devem ser eliminados. 20% da emissão anual de gases-estufa vêm do desmatamento tropical.

O governo do Brasil é contra usar florestas para gerar créditos de carbono e propõe que o UN-Redd (Programa da ONU para redução de emissões por desmatamento e degradação) seja alimentado por doações voluntárias. Entretanto, Eduardo Braga do Amazonas acordou com Schwarzenegger investimentos no Brasil, e o seu Estado assinou com a rede Marriott.

Redução do desmatamento não pode gerar licença para poluir, muito menos acelerar o próprio desmatamento para possibilitar maior volume de recursos a negociar. “Existe uma preocupação com o saldo de desmatamento, em que a derrubada de uma parte da floresta é compensada com a conservação ou expansão de uma outra.” Joseph Zacune.

Para abater o desmatamento abatemos o crédito para poluir.

Para reduzir o risco advindo de economistas que fazem previsões erradas é necessário usar outros economistas e não, restringi-los ou ignorá-los, como pretende Clovis Rossi.

Nelson Barrizzelli, economista, não tem dúvidas que economistas notáveis e economistas militantes em organizações financeiras, consultados permanente e exclusivamente pela mídia, têm gerado as distorções ora evidenciadas.

“As previsões se equivalem a dos jogadores de búzios” segundo Rossi.

De acordo com Barrizzelli, dos notáveis, surgem previsões que os demais não as confrontam. Dos militantes, idem, e como a Economia vive de expectativas, os agentes econômicos passam a tomar decisões baseadas nestes cenários, muitas vezes distorcidos. E, exemplifica, que um empresário do mercado de luxo vai reduzir em 20% os números para 2009, em função das informações gerais, embora este ano continuasse crescendo 30%. Perguntado por que, respondeu que está seguindo a expectativa geral.

Portanto, para curar previsões comprometedoras o remédio é consultar economistas que estejam com a “barriga no balcão”, para usar uma expressão do varejo, que significa estar atento ao mercado no próprio mercado.

Para eliminar as bactérias poluentes do lago do Ibirapuera em SP é preciso inserir quantidade planejada das mesmas bactérias. É a biotecnologia criando um “blend” específico de microorganismos para melhorar a eficiência do sistema natural e despoluir o meio confinado.

Omar Grecco, diretor da Superbac, empresa nacional expertise de ponta, é quem nos concedeu estas informações. Grecco disponibiliza ainda esta tecnologia a São Paulo, gratuitamente, no ensejo de aproveitar a visibilidade deste lago e expor a sustentabilidade.

Valores em reais baixos e valores reais altos, este é um projeto esperto. Que tal executivo e legislativo de SP Capital ?

Carlos Magno Gibrail é doutor em marketing de moda e toda quarta-feira está aqui no blog oferecendo mais veneno para curar nossa falta de criatividade.

8 comentários sobre “O veneno que mata é o que cura

  1. O veneno que temos que tomar, e este está cada vez mais amargo, é o aumento da carga tributária. Enquanto a redução de impostos são oferecidas para manutenção da produtividade e empregabilidade, para a população geral os impostos estão cada vez mais agressivos. A redução de lá não reflete em redução aqui. O custo de vida está impossível e meu imposto de renda cada vez mais injusto. Pago muito, tenho pouco. Pago seguro de casa e de carro por ineficiência do estado. Pago seguro saúde porque não posso contar com o sistema público de saúde. Pago uma moça para cuidar de meu filho porque não tenho creche. Entre outras despesas.
    Alguns remédios amargos dão a cura, mas muitas vezes aplica-se remédio como pronto-socorro, sem aprofundar-se na doença, apenas o paliativo da dor. E quem paga a conta somos nós. O governo tem preguiça de aprofundar-se no encontro de uma solução definitiva. Isso demanda tempo, esforço, e muitas vezes o confronto de muitos de interesses. E isso dá um trabalho!

  2. Belas palavras Priscila, estou com os mesmos gastos e pensando um dia ter filhos…
    Carlos, novamente um belo artigo…me explique por gentileza a parte do Sr. Chinaglia…

    abçs

  3. Priscila Franco,
    Um dos pontos que abordo neste artigo é sobre a questão dos empregos.
    O princípio é que se forem eliminadas as garantias, os empregos cresceriam de tal forma até quase o nível de pleno emprego .
    Não é nenhuma linha de economista romântico, e temos hoje um exemplo . A Dinamarca apresenta uma taxa de 1,5% de desemprego e as empresas podem demitir a qualquer hora e sem motivo nenhum.
    Mais detalhes estaremos dando no artigo da próxima semana.

    Obrigado pela colaboração

  4. Fabio,
    O Sr. Chinaglia é o Presidente da Câmara Federal dos Deputados e apresentou projeto para proteger o trabalhador cuja esposa esteja grávida. Durante o periodo de gestação e pós parto, o marido não poderá ser demitido.
    O benefício dentro do raciocinio exposto no artigo, atuará como o veneno que não cura, pois dificultará o aumento do número de vagas.
    Exemplificando, a Dinamarca que detêm indice de apenas 1,5% de taxa de desemprego, permite demissão sumária, sem nenhum direito.
    Há inúmeras vagas e as empresas dinamarquesas tem que fazer exposições e campanhas para atrair mão de obra.
    Na próxima quarta feira estarei abordando esta questão.
    Obrigado pela participação

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