Prefeitura de SP no Dia Mundial Sem Carro

 

Abrir espaço para a reflexão sobre o uso do automóvel na cidade é o objetivo da prefeitura de São Paulo nas ações que serão promovidas, a partir de amanhã, na capital paulista. De acordo com o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, a agenda oficial do Dia Mundial Sem Carro terá mostra de cinema, debates, e passeio de bicicleta. Semana que vem, também, será assinada a criação do comitê de acompanhamento da Lei Municipal de Mudanças Climáticas, aprovada este ano.

Na conversa que tivemos com o secretário, ele chamou atenção para o fato de a atual administração municipal ter sido uma das primeiras no país a aderir ao movimento internacional.

Ouça a entrevista com o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente Eduardo Jorge

Veja a programação completa, no material de divulgação enviado pela prefeitura de São Paulo:

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL EM SÃO PAULO
Na semana do dia sem carro, São Paulo reflete sobre mobilidade
De 19 a 24 de setembro, a cidade de São Paulo abriga atividades variadas cujo fio condutor é a questão da mobilidade. A programação inclui a mostra Adrenacine, o evento Desafios para a mobilidade sustentável em São Paulo e atividades relacionadas ao Dia sem Carro.
Com o objetivo de dar espaço às produções que abordam esportes urbanos e radicais, o Estúdio Imaginário Produção e o Cine Dom José promovem, no dia 19/09, a Mostra AdrenaCINE. A atividade, em parceria com a Virada Esportiva, acontece a partir das 18h, acontece no Cine Dom José, no centro de São Paulo, que conta com 800 lugares e integrou, em 2009, a Virada Cultural, exibindo um ciclo dedicado a filmes de zumbis.
A AdrenaCINE propõe uma comunicação direta entre esportistas e cinéfilos, cruzando os dois universos, dando espaço para filmes consagrados e expressões culturais individuais, representadas em uma mostra livre de vídeos dos espectadores, que podem levar suas contribuições até o local até as 21h do dia 19. A última sessão do AdrenaCINE será dedicada à exibição dos melhores trabalhos apresentados.
Serão quatro sessões, exibindo curtas, médias e longas. Entre os destaques estão B.I.K.E., de J. Septimus e A. Howard, que mostra o underground das bikes de Nova York, onde grandes artistas anarquistas da cidade vivem suas vidas em rebelião aberta contra as convenções dos carros; NIKE – Nothing but the truth, que mostra a história dos bastidores da turnê mundial da Nike SB Team, com carta branca para os skatistas contarem suas histórias; e Still We Ride, que retrata a trajetória do cicloativismo em São Francisco há mais de dez anos.
Além de poder exibir suas produções, os participantes podem doar skates e equipamentos esportivos antigos, material escolar ou alimentos não perecíveis, que serão destinados à ONG Skate Solidário, que realiza um trabalho com crianças e jovens, incentivando-os à prática de esportes e facilitando o acesso à cultura e à educação. A ONG atua em São Paulo e na região do ABCD e tem dois projetos consolidados: Skate na Escola e Skate em Ação.
O evento conta também com o apoio do Sesc São Paulo, de Preta Portê Filmes, Cem por Centro Skate e Tomath.
No dia 22, dia sem carro, entidades como Nossa São Paulo e Bicicletada promovem atividades relacionadas ao tema, apoiadas pela Secretaria do Verde. A Prefeitura de São Paulo foi pioneira na promoção do debate e de atividades voltadas à campanha Dia sem Carro nos anos de 2005 e 2006. De 2007 pra cá, um grupo cada vez maior de pessoas e entidades tem se articulado em torno da data. A Secretaria participa e apóia todas essas atividades e tem se preocupado com a mobilidade como um todo.
A Prefeitura tem investido na ampliação do metrô, em corredores de ônibus, na renovação da frota de ônibus, mantemos os trolebus, iniciamos a implantação de ciclovias e ciclofaixas na cidade, colocando a bicicleta como meio de transporte, não só como forma de lazer. Junto com o Metrô, o Instituto Parada Vital e a Porto Seguro implantamos empréstimo de bicicletas em estações de metrô. Começamos treinamento educativo com motoristas e cobradores de ônibus para estimular o transito seguro entre bicicletas e ônibus.
No dia 24 de setembro, quinta-feira, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, e a AES Eletropaulo promovem o painel Desafios para a Mobilidade Sustentável na Cidade de São Paulo. O evento, cujo objetivo é refletir sobre o tema e mirar novos horizontes neste sentido, é composto por dois painéis: São Paulo e o Transporte Sustentável e Novas Perspectivas.
O primeiro painel é um retrato do que já a cidade vem desenvolvendo nesse sentido, tendo entre as abordagens trólebus, novos híbridos, metrô, trens, hidrogênio e álcool no transporte público, bicicletas e infra-estrutura de energia. Para traçar um panorama nesse sentido, Adriano Murgel Branco, administrador e engenheiro, ex-Secretário de Transportes do Estado de São Paulo, fará uma introdução ao tema abrindo o painel.
O segundo painel retrata as novas perspectivas no setor, incluindo apresentações de empresas que atualmente investem no desenvolvimento de veículos elétricos, a atuação do poder público municipal em busca de incentivos ambientais e também uma proposta de implantação de um sistema de veículos compartilhados na cidade, em desenvolvimento. Fiat, Toyota e Renault/Nissan apresentarão ao poder público um documento explicitando os avanços e as questões cujo equacionamento é necessário para alavancar o transporte elétrico na cidade e no país. O documento produzido pelas montadoras será base para uma série de outros encontros que serão promovidos pela Prefeitura no setor. Para situar estas questões, José Goldemberg fará uma introdução ao painel.
Esta é a primeira de uma série de reflexões sobre mobilidade e meios de transporte em São Paulo, sempre à luz da Lei Municipal de Mudanças Climáticas. Sancionada em junho deste ano, esta lei estabelece como meta para 2012 a redução de 30% das emissões de gases de efeito estufa na cidade. A meta parece ambiciosa, mas São Paulo, de 2005 até hoje, já conseguiu reduzir em cerca de 20% suas emissões com o funcionamento de duas usinas de biogás nos aterros Bandeirantes e São João, localizados respectivamente nas zonas norte e leste da cidade. Esta é uma performance inédita. Países como Inglaterra e Alemanha vêm prometendo este desempenho para 2015 ou 2020.
Está sendo constituído um comitê específico para acompanhar a implantação das medidas previstas na Lei, a qual prevê, entre muitos pontos, priorização dos transportes coletivos, estímulo aos meios de transportes com menor potencial poluidor, monitoramento e armazenamento de cargas privilegiando o horário noturno, implantação de corredores de ônibus, redução progressiva do uso de combustíveis fósseis, exigência de obediência a critérios de eficiência energética, sustentabilidade ambiental e eficiência de materiais em novas construções, entre muitos outros pontos.
A prática de São Paulo tem sido reconhecida internacionalmente. Neste momento a cidade faz parte da direção mundial do ICLEI (Governos Locais pela Sustentabilidade) e da comissão executiva do C-40, grupo de cidades lideradas por Londres e Nova York, articuladas para neutralização do aquecimento global. São Paulo tem participação ativa nas reuniões e conferências, sendo a única cidade latino-americana integrante do comitê. Integra ainda o comitê da UNEP que trata de construções sustentáveis.
O evento acontece das 8h às 17h, no Espaço de Educação Corporativa da AES Eletropaulo, antiga garagem de bondes situada no Cambuci (Rua Otto de Alencar 153). As vagas são limitadas e é preciso fazer inscrição através do telefone 11 3286 063.

9 comentários sobre “Prefeitura de SP no Dia Mundial Sem Carro

  1. Para apoiar o Dia Mundial sem Carro, a rede de estacionamentos Maxipark vai oferecer estadia grátis para bicicletas em 22 unidades espalhadas pela capital e grande São Paulo.

    Para desfrutar desse serviço, basta que o usuário vá, no decorrer do próximo dia 22, até um dos estacionamentos participantes*. Só serão recebidas bicicletas com corrente e cadeado de segurança.

    * Estacionamentos Maxipark participantes: Sede Nestlé (Av. Chucri Zaidan, 246 – Itaim Bibi); Edifício Comercial Plaza Alphaville (Alameda Rio Negro, 1084 – Alphaville); Condomínio Ed. Avenida Paulista (Av. Paulista, 2.202 – Consolação); Ginásio do Ibirapuera (R. Manoel da Nóbrega, 1.361 – Moema); Metrô Ana Rosa (Av. Vergueiro, 2727 – Vila Mariana); Confort Oscar Freire (R. Oscar Freire, 1948 – Jardim Paulista); Loja Pernambucanas (R. Deputado Lacerda Franco, 68 – Pinheiros); Banco HSBC (Av. Vital Brasil, nº 214/216 – Butantã); Onne Unigolf Pátio (Rua Orobó, 125 – Alto de Pinheiros); Frei Caneca (Rua Frei Caneca, 824 – Consolação); Banco HSBC (Rua Gastão Vidigal, 2090 – Vila Leopoldina); Banco Itaú (Av. Juscelino Kubistchek, 1200/1300 – Vila Olímpia); Banco HSBC (Rua Avelino Lopes, 32 – Osasco); Banco Bradesco (Av. Rio Branco, 112 – Centro); Edifício Paineiras (Rua Fiação da Saúde, 145 – Saúde); Banco HSBC (Praça da República, 511 – Republica); Edifício Setin Tower (Rua Fidêncio Ramos, 100 – Itaim Bibi); Special Garden (Rua Doutor Melo Alves, 53 – Jardim Paulista); Banco Bradesco (Av. Eng. Armando Arruda Pereira, 657 – Jabaquara); Hospital Mandaqui (Rua Voluntários da Pátria, 4301 – Santana); Lojas Pernambucanas (av. Tucuruvi, 400 – Tucuruvi); Banco Bradesco (Av. do Cursino, 1529 – Cursino).

  2. Milton, para uma prefeitura aderir oficialmente ao Dia Sem Carro, obrigatoriamente ela tem que fechar ao menos uma rua para os carros.

    Isso ocorreu uma vez, em 2007, quando o dia 22 de setembro de 2007, quando o dia caiu num sábado e houve o fechamento do minhocão (que já é fechado aos domingos) e de uma travessa entre a Paulista e a Al. Santos, em frente ao Sesc.

    O que temos é apenas uma boa vontade por parte da Secretaria do Verde e mais nada. Quem deveria abraçar o Dia Sem Carro é a Secretaria de Transportes (por carros), mas chega até ser uma contradição, um órgão que tanto defende o carro, fazer algo contra seu objeto de adoração.

    Se a Secretaria de Transportes não adota UM dia sem carro, em compensação trabalha firmemente para 365 dias sem bicicletas, sem pedestres e sem transporte público.

    Ainda sonho que um dia todos os demais modais terão o mesmo tratamento que o “reizinho” (como diz nosso secretário sobre os carros nesse vídeo http://www.youtube.com/watch?v=VLS3J75HVu8) por parte do governo.

  3. O dia Mundial Sem Carro deveria ser um dia em que as emissoras de rádio e tevê deveriam sair pelas ruas e entrevistar as pessoas que se utilizam do transporte público desta cidade, para começar a entender porque as pessoas preferem sair de carro, mesmo sabendo que vão encarar trânsito, estresse.
    É um desrespeito para com o cidadão as precaríssimas condições diárias em que a população se submete ao transporte público, principalmente os ônibus.

  4. Minha opinião sobre esse evento anual passa pela mobilidade do servidor maior que é o governador que vai ao trabalho de helicóptero pago pelos nossos bolsos!

    Enquanto o governador é transportado de helicóptero e outros servidores como o prefeito, secretários, assessores que administram nossa cidade se locomovem de carro oficial, o POVO vai de ônibus lotado.

    Em sua essência maior, para mim, não passa de bravata!

  5. Milton,

    periga o gov. descobrir no dia mundial sem carro, que o povo prefere bicicleta por que quer uma vida mais saudável, ou por que não tem dinheiro pro busão mesmo!
    Periga que ele até descubra. Mas mudar alguma coisa, ah isso não. Ele não vai de carro, nem de buRRinho nem de bicicleta… ele vai de helicóptero.

  6. Depois do estardalhaço de 2007, em que a prefeitura insistia em dizer que seria a primeira capital de porte a aderir o “Dia Mundial Sem Carro”, os anos seguintes: 2008 e 2009 comprovaram que esta posição da prefeitura se tratava apenas de marketing e o oportunismo, pelo fato do evento daquele ano cair num sábado.

    Há cerca de um mês, venho solicitando informações sobre as possíveis iniciativas da municipalidade para este dia. O governo não respondeu a nenhum pedido de informação, e hoje nos informou que a atuação da prefeitura será de apoio a iniciativa das entidades da sociedade civil.

    É muito difícil somente a iniciativa das ONGs e sociedade civil realizar uma campanha desta envergadura e com participação massiva, sem o envolvimento direto do Município, pois é o executivo que tem os instrumentos de gestão, de polícia administrativa e de campanhas educativas de maior alcance.

    O “Dia Mundial Sem Carro” acontece todos os anos em várias cidades do mundo, como um momento de conscientização da sociedade na perspectiva de buscar políticas de mobilidade sustentável, de valorização de instrumentos que preservem o meio ambiente e de que mude a relação utilitarista que o cidadão tem hoje com o ambiente e com as cidades. Neste dia, são incentivadas ações que incentive a população a deixar o carro em casa e andar de bicicleta, metrô, ônibus e a pé, além de ações educativas.

    Quando a data caiu num final de semana (2007) o governo foi para a imprensa dizer que São Paulo estava aderindo o Dia Mundial Sem Carro, porém, como coincidiu com a “Virada Esportiva”, a prefeitura anunciou inúmeras atividades paralelas. Nos anos seguintes, o poder executivo se rendeu ao uso do automóvel e se omitiu, até mesmo, em desenvolver campanhas educativas.

    Isto mostra qual é o real compromisso deste governo. A prefeitura não aderiu ao “Dia Mundial Sem Carro”, mas a sociedade civil vai fazer a sua parte e São Paulo vai aderir.

  7. Durante a reunião de ontem (16/09/2009) da Comissão de Política Urbana, o cicloativista e representante da Secretaria do Verde do Meio Ambiente, André Goldman, fez um discurso a favor da campanha pelo Dia Mundial Sem Carro em 22 de Setembro, promovida pelo Movimento Nossa São Paulo em conjunto com diversas ONGs e Grupos de Trabalho,e contando apenas com o apoio, muito tímido da prefeitura.

    André lembrou que tramita pela Câmara um projeto de lei de minhaautoria que cria uma área de restrição de veículos no centro da cidade com o propósito de fazer uma campanha de educação de transito e meio ambiente de forma não punitiva, que incentive a população a deixar seu carro em casa, utilizar o transporte público, bicicleta,taxi, carro compartilhado, etc, e contribuir com um melhor ambiente para nossa cidade.

    Em seguida eu lembrei os presentes que eu havia apresentado uma proposta de requerimento a Comissão de Política Urbana convidando os secretários da SVMA e da SMT a apresentarem suas ações para o Dia Mundial Sem Carro, e a nova composição do Grupo Inter-Secretarial de Trabalho Pró Ciclista,assim como suas atribuições e planejamentos, e na ocasião por sugestão do líder do governo, o vereador José Police Neto, transformou este requerimento de convite de presença, em pedido de informação, já que a data do Dia Mundial Sem Carro estava próxima.

    Após 3 prorrogações de prazos para receber estas informações, nem a SVMA, e nem A SMT se manifestaram para responder estes questionamentos.

    Eu considero um retrocesso o executivo não criar, desenvolver, e incentivar estas ações, pois acredito que esta proposta de educação ambiental só vai ser amplamente discutida e divulgada quando ela for institucionalizada pelo poder público.

    Vou requerer novamente a presença dos secretários para discutir de maneira mais séria a responsabilidade do município na questão de uma mobilidade sustentável , sua omissão em organizar ativamente ações de desestímulos ao automóvel individual, e que a cidade resolva aderir legalmente e em tua totalidade a esta campanha a partir dos próximos anos.

  8. Pra mim o dia mundial sem carro deveria ser todo os dias.
    Pense, passa-se 2hs no transito, ouvindo muitos barulhos sonoros, e muitas pessoas já estressadas, às vezes numa fechada, uns briga e outras xingam, coitadas das mães desses condutores e as mulheres nem se fala, os machistas vive descriminando-as só porque são mulheres. Sei que o transporte da cidade não é um dos melhores e sem os carros nas ruas ia nos ajudar, não existiria mais caos no transito e nem tanta poluição na cidade. Aumentaria a frota de ônibus e traria emprego a população. Passo 6hs horas da minha vida presa no transito, conte comigo, 3hs pra vir e 3hs pra ir, total de 6hs, na hora de pico nem se fala, isso até dobra, esse tempo eu poderia utilizar para outras coisas: Como estudar, trabalhar meio período ou fazer algum curso. Perdemos muito tempo de nossas vidas no transito, por semana perco 30 hs, ao longo do ano da 360 hs, muito tempo não acha?
    Muito cidadão só porque tem um carro na mão, não se preocupa com os amigos e vizinhos, simplesmente pelo o comodismo. Ainda existe muita pessoa egoísta nessa vida.
    Pra mudar tudo isso só dependera da conscientização de cada um de nos.

  9. Milton! embora o assunto hoje, seja o dia mundial sem carro, que eu acho, que é um paliativo e com certeza, não reasolver o probema do planeta. Mas, é valido.
    Na verdade, eu gostaria de falar é da nossa maior vergonha, que é o senado. Apagou-se as luzes, comeram-se a grande PIZZA. A vaca malhada de cores: amarela/azul/branca de divinas tetas, vai continuar sendo sugada.
    Estamos condenados a sustentar a vaca de divinas tetas, porque, so bezerros gorduchos, não podem ficar sem o seu leite.
    Então, vamos arregaçar as magos e vamos trabalhar. Pois, a divina vaca, não pode morrer.

    Att,

    JRS.

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