Cidadão protesta contra propaganda eleitoral

 

Cavalete de Paulo Skaf‘Mal acostumado’ com a Lei Cidade Limpa, o paulistano tem se mostrado intransigente com a propaganda eleitoral que aparece ainda timidamente pelas ruas da capital. O uso de cavaletes móveis tem sido a prática mais comum daqueles que saíram na frente apresentando-se como candidatos. Há ainda bicicleta circulando com outdoor, totens postados nas esquinas e cartazes colados em muros, entre outras modalidades.

O empresário Paulo Skaf que tenta ganhar espaço na disputa ao Governo do Estado foi o primeiro a partir para o ataque. Porém, a ação de marketing tem causado incomodo nos eleitores que enviam, todos os dias, fotos e reclamações pelo que consideram um abuso.

Uma dessas placas, colocada indevidamente no meio de um calçada na rua da Móoca gerou reação inusitada: o cidadão decidiu tirá-la do caminho, a encostou na porta de uma loja fechada e pendurou um recadinho para o candidato – ou, como o próprio escreve, ao “Sr Cavalete”. Na mensagem, o autor da carta fala em arrogância e reclama que o cavalete estava ocupando metade do passeio público. Deixa claro que sua indignação também está ligada ao fato de que, enquanto o candidato usa este meio para aparecer, ele, comerciante, está proibido.

É provável que a mensagem não tenha chegado até Paulo Skaf, mas o candidato já sabe das reclamações e postou um vídeo no You Tube no qual justifica o uso deste material, lembrando que está dentro da lei e ser esta uma das poucas maneiras dele se apresentar ao eleitor. Além disso, o empresário se compromete a reciclar o material usado ao fim da eleição. (assista aqui)

Cartazes, bonecos e bicicleta com propaganda eleitoral

Cartazes, bonecos e bicicleta com propaganda eleitoral

Eliana Passarelli, assessora de comunicação do TRE-SP, confirma que o uso de cavalete é legal, mas alerta que este só pode permanecer no local das 6h da manhã às dez da noite. Ela disse que o Tribunal tem recebido várias notificações de candidatos que não estão recolhendo o material durante à noite e esta prática é passível de multa. Sobre o espaço que ocupa, Passarelli alertou que as placas não devem interromper o passeio público: “É preciso bom senso”, comentou ao CBN São Paulo, nesta quinta-feira.

Ouça a entrevista de Eliana Passarelli ao CBN SP na qual ela fala de outras formas de propaganda eleitoral e do voto em trânsito.

Agora o outro lado:

Resposta de Paulo Skaf

“A campanha do candidato do PSB ao governo paulista, Paulo Skaf, toma o cuidado de colocar os cavaletes com propaganda em locais que não atrapalhem a passagem dos pedestres e veículos, como determina o parágrafo sexto do artigo 37 da Lei Eleitoral (Lei 9504/97). Além disso, como o próprio apresentador Milton Jung ressaltou no programa CBN São Paulo e em seu blog, a campanha utiliza os cavaletes, no pleno exercício do direito previsto pela mesma Lei. Além disso, a campanha compromete a reciclar o material ao fim do período eleitoral”

Cientes da compreensão do apresentador, e da CBN, por esclarecer no ar a questão legal, que fundamenta a estratégia de propaganda da campanha, contamos com a colaboração do morador da Mooca em também compreender nosso procedimento, pois entendemos que propaganda eleitoral é informação relevante para o eleitor em seu momento de escolha”

Resposta de Walter Feldman

“Optamos pelas bicicletas para dar naturalidade e continuidade ao que praticamos no dia-a-dia e para o que fizemos durante a gestão na Secretaria de Esportes.
Uma mídia que, além de limpa e correta (perante a legislação), carrega o símbolo do que acreditamos para esta cidade, através da bicicleta e do slogan “Quem vive a bike”.”

Resposta de Ênio Tatto

“Esclareço que tomei conhecimento pelo twitter sobre a placa que aparece na foto ontem de madrugada e na mesma hora liguei para minha assessoria de campanha e exigi que fosse retirada imediatamente (foi retirada as 7h00). Não é a minha orientação e novamente orientamos todas as nossas equipes. Propaganda, só em lugares autorizados (autorização por escrito), em locais permitidos e dentro dos padrões autorizados pelo TSE e TRE. Agradeço pela vigilância e pela demonstração de cidadania. Abraço a todos!”

Leia outros posts sobre o tema:

Cidade Limpa não vale para candidatos

O novo formato das campanhas

10 comentários sobre “Cidadão protesta contra propaganda eleitoral

  1. Não entendi qual o problema das bicicletas, se elas estiverem circulando e não estacionadas sobre a calçada (como o Maluf fazia, para burlar a então vigente proibição a cavaletes). Carro adesivado tudo bem, mas bicicleta não? Quantos carros, vans e caminhões vemos todos os dias adesivados com propagandas de empresas? E, recentemente, também de políticos, como o caminhão do candidato do boneco da foto do meio, que circula fazendo “spam sonoro”, com autofalantes tocando muito alto seu jingle sertanejo.

    Acho que a reclamação tem mais a ver com quem acha que rua é só para os carros, reclamando novamente da presença da bicicleta nas ruas, como se fossem elas e não os automóveis que congestionassem as cidades.

  2. Milton bom dia,eu tenho pra mim que as leis tem que ser cumpridas por todos.
    Os politicos não tem o direito de sujar a cidade e fingir
    que não tem responsabilidade em deixar limpa,
    esparamos que todos eles sejam conscientes
    e não façam coisas deste tipo.

  3. Se pela constituição, direitos humanos está claro que "todos são iguais perante a lei, porquê politicos são mais privilegiados que nós pobres mortais?
    Com certeza, se fosse um comerciante já teria sido multado, escorraçado pela fiscalização, etc.
    Mas que mau exemplo hei senhores politicos!

  4. Nós eleitores esquecemos que somos os astros principais do jogo, e não meros coadjuvantes. SEM VOTO NÂO HÁ ELEIÇÃO.
    Faz uns anos que tento eleger o Monteiro Lobato mas não consigo.

  5. Boa noite,

    Optamos pelas bicicletas para dar naturalidade e continuidade ao que praticamos no dia-a-dia e para o que fizemos durante a gestão na Secretaria de Esportes.
    Uma mídia que, além de limpa e correta (perante a legislação), carrega o símbolo do que acreditamos para esta cidade, através da bicicleta e do slogan “Quem vive a bike”.

    Walter Feldman

    • Walter,

      Obrigado por passsar por aqui. No post não há reclamação qto ao uso da bicicleta, apenas a citação de formatos de publicidade usados pelos candidatos.

  6. Esclareço que tomei conhecimento pelo twitter sobre a placa que aparece na foto ontem de madrugada e na mesma hora liguei para minha assessoria de campanha e exigi que fosse retirada imediatamente (foi retirada as 7h00). Não é a minha orientação e novamente orientamos todas as nossas equipes. Propaganda, só em lugares autorizados (autorização por escrito), em locais permitidos e dentro dos padrões autorizados pelo TSE e TRE. Agradeço pela vigilância e pela demonstração de cidadania. Abraço a todos!

  7. Milton,

    A placa realmente foi retirada do muro deste terreno que encontra-se vago por ter passado por intervenção da Defesa Civil da subprefeitura do Butantã -moradias irregulares- e recebeu o muro e calçadas por ordem do proprietário para cumprir a lei.

    O terreno é particular e não foi autorizada a publicidade. Por isso denunciei no seu e-mail e no twitter para que a lei fosse cumprida.

    Quero deixar registrado ao Deputado Enio e salientar sua atitude correta em agir com rapidez na solução do problema.
    Informo também que o horário que lhe foi passado está incorreto pois a placa foi retirada somente as 8:30h. e testemunhado por algumas pessoas.

    O mais importante foi o cumprimento à lei.

    Cláudio Vieira (adote um Vereador/SP)

  8. Milton Boa Noite,

    O meu protesto, não é eleitoral, o meu protesto, é com a sabesp. A situação com a falta de água, já passando dos limites, todos os dias, esta faltando água em alguma regial de SP, Hoje, é na zona leste, onde moro. Será que é só para fazer manutenção ou é mais golpe para pagarmos mais ar do que água? Por que, a água quando retorna, primeiro, vem uma bola de ar e passa pelo adometro. Obiamente, o equipamento marco como se fosse água. Ou é mais um passa moleque que estão aplicando na população, já que não estão atendendo a demanda?

    Att,

    JR.

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