“Por que punir Moema com ciclovia ?”

 

bicicleta rua

A pergunta que abre este post foi feita pela presidente da associação dos moradores de Moema, Lygia Horta, ao fim do debate sobre o projeto de criação de ciclovias no bairro da zona sul de São Paulo, promovido pelo CBN SP. Do outro lado, estava André Pasqualini, do Instituto CicloBR, autor da proposta que ganha forma na Companhia de Engenharia de Tráfego.

O diálogo entre um cicloativista e uma tradicional moradora de Moema expôs com clareza e sem dissimulação pontos de vista antagônicos e representativos. Confesso que fiquei chocado com algumas afirmações (e perguntas) que foram feitas, e ao mesmo tempo satisfeito. Em meio a um debate eleitoral no qual candidatos escondem suas verdadeiras razões e se expõem apenas após o crivo dos homens do marketing, a sinceridade dos entrevistados é bem-vinda.


Ouça o debate entre André Pasqualini (ClicloBR) e Lygia Horta (Associação dos Moradores e Amigos de Moema), no CBN SP

Ouça a notícia sobre o projeto que cria ciclofaixas em Moema

Discordo da ideia de que a criação de ciclofaixas assim como a formação de pistas segregadas para transporte público possam prejudicar a qualidade de vida de uma região – desde que feitas dentro de parâmetros razoáveis, em especial quando me refiro aos corredores de ônibus. Mas a cidade é plural e abriga visões completamente diferentes, por isso viabilizar a convivência dos contrários é um desafio para a autoridade pública. E para a própria sociedade.

Tem-se de pesar os interesses em jogo, os privilégios propostos e os conceitos que movem cada grupo social deste enorme condomínio em que vivemos. E decidir em favor da cidade.

Moema vem sofrendo transformações desde a criação da ciclofaixa de lazer que liga alguns parques, no domingo pela manhã. No fim de semana, aumentou a circulação de bicicletas internamente. Não apenas de pessoas que “vêm de fora”, mas de moradores da região que passaram a experimentar este modelo de transporte. Não por acaso é alvo desta iniciativa em estudo pela prefeitura.

Respeitando as opiniões contrárias e sempre disposto a abrir espaço para o debate público, sou a favor de que a cidade seja riscada de ciclofaixas em todos os cantos e bairros. Moema inclusive.

46 comentários sobre ““Por que punir Moema com ciclovia ?”

  1. A Dna. Lygia não representou – nessa matéria – o ponto de vista dos moradores de Moema. Representou, sim e tão somente, os interesses do comércio estabelecido por aqui. E o fez de uma forma absolutamente antiquada, totalmente desconectada da realidade de cidades que se desejam tornar-se modernas e mais auto-sustentáveis. Lamentável.

  2. Estou planejando comprar um imóvel para morar na região de Moema justamente por ser um bairro plano, com todos os serviços (e restaurantes e bares) próximos, o que me dá a possibilidade de largar o carro na garagem e fazer tudo de bicicleta.

  3. Punir um bairro é deixar os moradores reféns da circulação em carros. Cidadania é lutar para que o transporte público e limpo seja eficiente e acessível a todos e o carro seja o último recurso (da mesma forma que vemos nos países mais desenvolvidos). Espero que essa senhora canse um dia de ficar presa no congestionamento dentro do seu lindo e valioso carro e perceba o quão estúpida é a ideia de ficar presa dentro dele enquanto a vida passa la fora, e que ter carro não é sinônimo de riqueza e status, mas de ESTADO FALIDO e gente ignorante que não sabe como as coisas deveriam ser. As pessoas não usam a bicicleta p passeio, minha senhora, mas para se locomover da maneira menos idiota e mais linda….

  4. Com certeza a opinião dessa senhora não reflete a opinião da maioria dos moradores de Moema.
    Se realmente o projeto fori executado no bairro, os moradores serão privilegiados. Um oásis no meio de deserto de carros. Viverão com estilo europeu e valorizará e muito a região.

  5. ja trabalhei e morei em Moema e tenho certeza que a maioria dos moradores de lá querem a ciclovia, mas… se eles não querem… manda aqui “pras Mooca”, aqui “Nois qué”!

    Dai não vamos precisar ir até Moema, ficamos aqui “nas Mooca” mesmo, assim “nois” gasta aqui mesmo bela!

    A Dona (Ligia), na minha opinião, deve ser …… ou então deve viver na França, afinal de contas, Sampa está atolada de carros, Viva a Bike, já na França…..

  6. Não é a primeira vez que ouço a Dna. Lygia falando absurdos na imprensa.
    Eu e boa parte da minha família estamos em Moema há 45 anos e não autorizamos esta senhora a falar em nosso nome.
    As mudanças feitas melhoraram muito o trânsito da região. Uma ciclofaixa valorizaria ainda mais o bairro.
    Acho que está na hora de renovarmos as lideranças do bairro.

  7. Meu primeiro post eu li a materia, ja este segundo é depois de ouvir a Ligia Falando:

    1) A Dona Ligia acha que bicicleta é só pra passear (huashuashuashuashuash de onde você desenterrou ela Milton? deve ser amiga da Dona Carmen!) ela não acha que a bicicleta é meio de transporte!

  8. Quantas belas frases proferidas pela senhora Lygia Horta.
    Para ouvir e guardar este embate entre o velho e o novo.

    Se eu fosse morador de Moema, iria brigar para NÃO ser representado por tal associação, que, pelo jeito, só busca representar os “comerciantes”. E, o que é pior, comerciantes com visão obtusa e de curtíssimo prazo.

    Embora dona Lygia só diga que o comércio da região está sofrendo um bocado e fechando as portas (gostaria de poder ler números sobre isso, não apenas achismos por parte dela), é interessante mostrar o que pesquisas sérias sobre o assunto mostram:

    The economics of bike boulevards: Debunking the myth that bike infrastructure will hurt business
    http://austinontwowheels.org/2009/12/22/the-economics-of-bike-boulevards-debunking-the-myth-that-bike-infrastructure-will-hurt-business/

    How livable street design can bring economic, health and quality-of-life benefi ts to New York City

    Clique para acessar o streets_to_live_by.pdf

    Economic Effects of Traffic Calming on Urban Small Businesses

    Clique para acessar o TrafficCalming_summary.pdf

    Abraços, Milton, e parabéns por trazer este debate para a CBN, ao vivo.

  9. Dona Lygia está precisando sair de Moema e viajar um pouco. Visite as cidades com a melhor qualidade de vida na Europa e EUA e veja como as bicicletas são encaradas. Ela vai ficar chocada com a quantidade de senhores grisalhos de terno e gravata pedalando para o escriótio, e senhoras mais velhas que ela pedalando para o mercado. Isso fará muito bem à sua atuação como presidente da associação de bairro.
    A pergunta mais sensata não seria “por que punir Moema”, e sim porque dar esse privilégio só a Moema.
    Em tempo: moro em Moema quero endossar a opinião dos meus vizinhos: a Sra. Lygia não me representa e está mais que na hora de mudar as lideranças do bairro.

  10. Vejo este como um grande avanço não somente para moema, mas para SP toda!

    uma vez que provado que o ideal é implementar ciclovias( ou faixas) muitas pessoas querem bike mas tem medo exatamente desta soberania dos carros….

    MAIS BICICLETA MENOS CARRO!

  11. O CicloBr está desenvolvendo um ótimo trabalho e da maneira correta.
    A ótica desta senhora é igual a de milhares de pessoas que não enchergam a bicicleta dentro da constituição da cidade e das políticas sociais, de transporte e urbanas.

  12. Meu Deus, …
    É assustador como a noção de espaço público está distorcida na sociedade brasileira… Boa sorte e espero que consiga vencer essa reação de medo inicial para implementar o projeto!

  13. Essa polêmica toda deve-se também pelo fato da cidade de São Paulo não ter planejamento urbano.
    Ao longos dos tempos bairros foram sendo descaracterizados pelas construtoras apoiadas pelas prefeituras passadas e presentes, pois são as construtorias as maiores financiadoras das campanhas politicas de todos os prefeitos que fizeram de São Paulo verdadeiro caos em todos os sentidos.
    Todo que é tipo de descaso, de interesses excusos, desmando politico associado aos lobbys é praticado na cidade mais cara e mais rentável da América LatRina.
    São Paulo.
    Ao meu ver a pior administração paulistana é a atual.
    Pois permite tudo!
    Por isso Moema está entupido de gente, de predios, de automoveis, e de gente chata pra caramba que pensa que é dona do bairro.
    Se ta ruim morar em Moema, facil.
    Os incomodados que se mudem!
    Até o absurdo esta honolável senhora propos junto ao MPS, que é a desativação do aeroporto de Congonhas, o mais rentável, mais movimentado, central, que facilita a vida de muitos inclusive moradores de Moema sobre vários aspectos.
    Agora vem com essa de querer barrar projhetos alternativos, antipoluidores, estes que beneficiarão muitos moradores, que são as ciclovias.
    Ja opuvi de uma senhorinha de Moema, moro ao lado, uma vez que estacionei minha bike numa padaria para beber água, que a minha bikes estava atrapalhando e tirando o lugar para estacionar seu caozinho york shire.
    ôooooo gente chataaaaaaaaaaa!
    Vão pedalar um pouco para aliviar os seus stresses meus!
    Ao invés de ficar inventando moda, historia da carochinha.
    Falta do que fazer literalmente.
    QUE VENHAM AS CICLOVIAS RASGANDO A CIDADE INTEIRA!
    Abaixo os carrões, carrinhos, automoveis em geral.

  14. Sou morador de Moema e utilizo a bicicleta como único meio de locomoção. Vou para o trabalho todos dias nela.
    E assim como eu, conheço muitos outros ali no bairro que tbm o fazem. Tenho muita vergonha dessa senhora ai, de forma alguma ela me representa.

    Nossa, que absurdos ela fala. Incrivel.
    Essa associação deve ser uma palhaçada mesmo.

    SP está acordando e evoluindo, e essa senhora quer justamente o contrario.

    #Bicicletas 🙂

  15. Eu sou morador de Moema faz um bom tempo já, e faço tudo à pé no bairro, eu sou à favor de que quanto menos carros esse bairro tiver, melhor. Talvez com a construção do metro isso mude ainda mais.

  16. Eu sou ex moradora proxima do bairro de Moema e atualmente vivo na França, na cidade de Arcachon. Aqui, 80% das ruas tem ciclovias. Funciona mais ou menos como uma calcada para pedestres e a outra para ciclistas. Muitas pessoas de varias idades usam bicicletas. Tenho a impressão de viver num paraíso. Aqui todo mundo respeita o ciclista e o pedestre.

  17. Só pelos comentários aqui, temos 100% de adesão à ciclovia/ciclofaixa.

    No começo da entrevista ela diz que ficou sabendo hoje e não teve tempo de discutir. Queria saber o opnião das demais pessoas que são da Associação do bairro. Ou ao menos saber o que eles (vide, não ela) pensam sobre o assunto.

    Acho valido dar uma segunda oportunidade disso ser discutido.

    Concordo com o Milton sobre a proposta ser razoável e que atenda os interesses de todos da Região, mas parece que ela entender a região como sendo apenas comercial… 😦

    Aliás, alguém precisa ensinar pra ela que bicicleta também é meio de transporte. e não só pra “passear no parque”.

  18. A melhor resposta para a pergunta título será com outra pergunta: Por quê punir os moradores de Moema com uma representante assim? Existe algum tipo de eleição para tal pessoa de pensamento limítrofe quanto às melhorias a serem realizadas na cidade, chegar aonde está? Se existe, está na hora dos moradores do bairro se mobilizarem para elegerem melhor representante. Se não existe, como uma pessoa que possue pensamento tão preconceituoso em relação a um assunto tão pertinente não só para o Bairro mas para a cidade, chega em um lugar tão importante que é o de representar o mesmo? Que o debate se desenvolva e visões retrógadas e provincianas iguais a desta Sra. sejam excluídas de forma definitiva.

  19. Milton,
    infelizmente escutei o que a sra. horta disse no ar ao fim do programa, por que punir moema? A pergunta é porque moema esta sendo punida com uma pessoa com uma visão tão catanha e retrogada a frente da associação de moradores. talvez por que hajam outras como ela, que defende os lojistas e um modelo perverso de comercio, onde deve-se parar o carro na porta. honestamente a radio esta sempre de parabens pelo espaço cedido a todas as opniões.
    Ela deveria ter orgulho de servir de exemplo para os outros bairros quando se propôe um novo modelo de circulação urbana ao qual humaniza a cidade, ao qual valoriza o coletivo.
    Basta ver como funciona em cidades desenvolvidas como amsterdan. São paulo é uma cidade muito plural e para tanto merece a oportunidade de romper com a politica do carro. Acredito que a discussão é mais profunda e deveria haver de forma séria uma legislação quanto ao negócio de automóveis em são paulo, por exemplo, em tóquio, se você não tem como provar que tem uma vaga para guardar seu carro, você não compra, aqui tem gente que tem um só pro dia de rodizio….em 2005, participei de uma matéria de pessoas que moravam no centro e basicamente e o titulo era o seguinte: para uma são melhor, afeto!
    grande abraço.
    Gustavo Massimino
    http://revistacasaejardim.globo.com/Casaejardim/0,25928,EJE613422-2186,00.html

  20. Em quanto países do primeiro mundo, estuda, rala pra caramba para adaptar e introduzir as bikes nas ruas e avenidas, ainda no Brasil estamos engatinhando e para somar com pessoas que não tem a menor visão do presente e do futuro.
    Parecem que estão vivendo ainda na idade média!
    A exemplo da Sra Ligia que tanto “insiste” em afirmar que o comércio de Moema será prejudicado por causa das bikes!
    Que afirmação esdrúxula e absurda, sem fundamento tecnico, sem conhecimento de causa por não saber a tal senhora andar de bike nem com rodinhas, acho eu.
    Será que temos ai mais um lobby formado?

  21. O projeto de Moema é inovador no Brasil, mas já é realidade em vários lugares do Mundo. O bairro só tem a ganhar.

    É um projeto que irá beneficiar 70% da população (pessoas que usam transporte coletivo), já que contempla a criação de um corredor de ônibus.

    O espaço na cidade deve ser melhor compartilhado. Não dá mais pra conviver com a ocupação criminosa dos carros na cidade.

    “Share the road” é um lema que nasceu faz tempo no “abroad” e que finalmente etá sendo compreendido por aqui.

    E pra quem defende que sem vagas para carros nas ruas o comércio fechará as portas recomendo dar uma passadinha na Rua Augusta pra ver o que aconteceu lá.

    Abs

    Adriano Lisboa

  22. Milton, moro na Vila Maria (Zona Norte) de SP e aqui o grande problema é que o bairro de uns 5 anos para cá está sendo invadido por caminhões. Andar de bike é extremamente perigoso. Uma sugestão: Se Moema não quer ciclovia tenho certeza que como morador da Vila Maria os moradores iriam apoiar essa idéia. Observo que no dia-a-dia muita gente utiliza bike para trabalhar e tbém como lazer para ir ao Parque do Trote ou Parque da Juventude entre outros parques. A Prefeitura deveria olhar mais para os bairros pobres e periféricos porque nessas regiões a bike muitas vezes é o único meio de transporte do cidadão. Quando Jânio Quadros era prefeito, ele mandou retirar as inumeras transportadoras que se instalaram na Vila Maria para o Terminal de Cargas Fernão Dias. Hj elas voltaram e praticamente em cada rua do bairro há pelo menos 3 transportadoras. Resumo: CAminhões estacionados nas ruas, poluição e perigo para os ciclistas. Ciclovias já na Vila Maria. Milhões foram gastos para ampliar as pistas da Marginal Tietê, e nenhuma ciclovia foi instalada no local. Imagina uma ciclovia em toda extensão do Rio Tietê e Pinheiros com saida em todos os viadutos que passam por cima do rio. Acho que é sonhar demais.

  23. Pra mim ficar claro que a Sra. Lygia é representante dos interesses dos comerciantes de Moema, e não dos moradores. Só assim faz algum sentido tal posição absurda.

  24. Morei em moema por mais de 20 anos e 90% do meu deslocamento em Moema e para bairros vizinhos eram de bicicleta.
    Utilizava pra tudo, estudos, lazer, trabalho, compras, namorar…
    Me deu vontade de voltar a morar lá só imaginando como seria o bairro com estas melhorias.

    Infelizmente nem sempre somos representados como gostariamos, seja no bairro, no condominio, na empresa, na politica…esta senhora é um exemplo de péssima representação.

  25. Bom perceber pelos comentários que a opinião da sra. Lygia Horta não representa o pensamento dos outros moradores do bairro.

    Claramente ela não percebeu que a bicicleta é um meio de transporte, que seria usada por moradores do bairro e consumidores também.

    O temor dos lojistas também ocorreu na grande reurbanização promovida em Bogotá, que privilegiou o transporte público, pedestres e bicicletas E ele se mostrou infundado. Pelo contrário: o movimento do comércio melhorou, a criminalidade caiu muito.

    A convivência que o uso da bicilceta propicia irá fazer de Moema um exemplo a ser seguido pelos demais bairros que valorizem o ser humano, e com certeza valorizará seus imóveis e lojas também.

  26. Tenho certeza que o projeto terá amplo apoio dos moradores de Moema, ainda que existam opiniões tão arcaicas quanto a dessa senhora. E será um sucesso. As pessoas vão redescobrir (ou descobrir, no caso de muitos) o prazer de usufruir do bairro sem a bolha de aço ambulante. E isso tratá mais auto estima, mais negócios para o comércio local, mais qualidade de vida e, o mais importante, possibilitará uma nova forma de olhar a cidade, descobri-la como espaço público de convivência, etc. Parabéns Moema pelo privilégio de ser o bairro-teste desse projeto. E parabéns aos idealizadores, apoiadores e todos os envolvidos. São Paulo precisa mudar.

  27. Se pegarmos o metro linear de ruas dedicadas a caros, ônibus e bicicletas, teremos um pareto prepoderante para carros. Isso já é um reflexo da demanda de carros nas ruas brasileiras. Porque a bicicleta não tem direito a ter uma faixa exclusiva em moema, ou em outros bairros que seria da seguinte forma: duas faixas em sentidos horizontais e duas em sentido verticais, não necessariamente na mesma rua. Isso é cidadania, ou seja, o respeito ao direito de escolha do próximo. Lamentável ouvir uma representativade ultrapassada como a da Sra em questão.

  28. Estão implantando faixas em frente ao prédio em que moro. Sou favorável ao transporte de bicicletas e as ciclovias, mas o modelo que está sendo aplicado aqui não é transparente e gera dúvidas sobre reais interesses da medida, que não parecem ser o público.
    Em frete ao prédio, na Av Rouxinol, desde maio de 2010, era proibido estacionar entre 9:00 e 21:00 de segunda á sábado, sendo livre aos sábados à tarde e domingo e feriados, quando os moradores do bairro recebiam visitas de amigos e parentes.
    A confusão gera dúvidas quando a prefeitura implanta a ciclovia e sobre ela decide cobrar (zona azul) entre 9:00h e 17:00h e e após liberar aos ciclistas. Para ficar mais claro, entre 9:00h e 17:00h a ciclovia estará ocupada por carros da zona azul, e durante a noite e madrugada, liberada aos ciclistas.
    Ora, não precisa ser muito inteligente para se saber que bicicletas durante a noite são raridades. Durante o dia, quando as pessoas vão em vem das escolas, trabalho e do comécio, é que as faixas devem ser usadas.
    Desse modo, o interesse público ficou em ultimo lugar na escala dos objetivos da medida.
    Parece que o foco principal foi a arrecadação, criando zona azul onde era proibido estacionar e sobre a ciclovia, seguida pela intenção de retirar dos moradores o direito de estacionar durante a noite e de madrugada, sob a alegação de criar espaço para os ciclistas na via.
    Que durante o horário comercial os ciclistas tenham total domínio das vias, sendo respeitados acima de tudo, exceto sobre o pedestres, e que durante a noite e madrugada seja permitido aos moradores estacionar, com ou sem zona azul, já que se trata de um bairro residencial.
    De todo modo, a medida pecou pela falta de simplicidade. Os cidadões comuns não conseguem entender, mesmo com esforço, qual é a da prefeitura.

  29. Tenhamos bom senso. Não sou contra as ciclovias, só não concordo com o improviso que fizeram em Moema. A regulamentaҫão esta confusa, ninguém entende e com isso perde a sociedade. Com isso estão estacionando os carros nos dois lados da Rouxinol, que descontando a ciclovia ficou só com uma faixa de rodagem, um absurdo, não tem um único marronzinho orientado a bagunҫa, as 17 h do sábado. O morador não tem onde parar o carro, os estacionamentos cobram o que querem, e o pior é que nem após as 21h pode parar carro. É vergonhoso o improviso do brasileiro!

  30. Vamos lá. Todos tem o direito de ter um carro, mas estacionar tem que ser responsabilidade de cada um. Porque a empregada que trabalha no prédio tem que andar 3 quadras do ponto de ônibus até o prédio e já a visita ou mesmo o morador que tem mais carro do que vagas não pode andar algumas quadras?

    O interesse público é muito maior do que privilégios de uns ou outros. Até porque vaga em frente ao prédio nem é privilégio de todos os moradores, pois num prédio com mais de 50 famílias, no máximo terão umas 4 vagas na frente.

    Enquanto os que reclamam colocarem seus interesses particulares ante a da sociedade, nunca haverá um consenso. Finalizando, o que implantaram em Moema são “Ciclofaixas” e não “Ciclovias”.

    André Pasqualini

  31. Crimes contra a Humanidade: O veiculos custearam a construção de todas as vias e agora são expulsos pelas bicletas dos Nazistas Verdes que não contribuiram em nada. Perdemos o nosso ponto no Parque Ibirapuera, a Cidade Universitária e outros pontos aonde os nossos veiculos eram a atração nos últimos 40 anos. Pela lei de anterioridade, é indiscutível, mas que haja reino da lei…http://www.facebook.com/home.php?sk=group_122885187768518

  32. Estava passando na Rua Rouxinol na sexta-feira e vi o absurdo que estavam fazendo, uma faixa apertada, carros estacionados encima, pois ali é permitido parar com cartão. Fora que a faixa é muito estreita para dar segurança ao ciclista. Realmente tenho a impressão que estamos vivendo em um pais (ou será mundo?) surreal.

  33. “O morador não tem onde parar o carro”
    As pessoas compram casas/aptos com 2 vagas por exemplo, mas querem 3, 4 carros, um pra cada morador da casa ao invés de adotarem carona. Além disso acham que é de direito utilizar o espaço público como estacionamento particular ao invés da arcarem com o custo de se ter o luxo de 3, 4 carros (pagar estacionamento/alugar vaga). Seria como eu querer ter quatro geladeiras em casa, mas por não ter espaço vou deixar 2 na calçada e ai de quem vier reclamar ou tirar o “meu” espaço sagrado.

  34. Sou morador de um bairro vizinho a Moema e trabalho em Moema. Muitas vezes vou trabalhar de bicicleta, as vezes venho de carro.

    É bom que a prefeitura pense em maneiras de incentivar o transporte por bicicletas, mas que faça isso com planejamento.

    O trânsito de carros/ônibus/motos em Moema já era um inferno. Estacionar em Moema é uma coisa absurda. Estacionamentos particulares causam transtornos e estão super inflacionados.

    Por outro lado, andar de bicicleta neste improviso é horrível. As ruas de Moema já foram tapeadas com asfalto tantas vezes que com essa ciclofaixa do jeito que está você é obrigado a andar de bicicleta no canteiro a 45 graus, além de ser super inseguro, ter que dividir espaços com ônibus na Av. Iraí. Escolheram as ruas erradas.

    Sou a favor de ter ciclovias decentes em Moema e na cidade toda, mas uma coisa decente, bem feita, com planejamento. Temos que entender que os modelos internacionais, pois nossa realidade é outra. Sou a favor de utilizar as calçadas para fazer ciclovias mais seguras, que não dividam espaço com automóveis. Se não cabe na calçada, ou investe em infraestrutura, ou escolhe uma rua mais apropriada.

    Para quem conhece Moema, do lado índios poderiam utilizar uma das 3 faixas da Jurupis para fazer uma ciclovia decente e na transversal, poderiam utilizar a Divino Salvador e a Aratãs, que tem menor circulação nos horários de pico. Mais uma obra mal feita pela prefeitura de SP. Uso bicicleta, mas não me contento e não me conformo com essa porcaria de ciclofaixa mal planejada e mal executada.

  35. Milton Jung, você está enganado. Há décadas os moradores de Moema não tem a pretensão de estacionar em frente às suas casas. É impossível. Moema é um bairro vertical. Acho que você deveria ver in loco o que está acontecendo antes de embarcar na onda dos bacaninhas das bikes. A CET retirou mais de 3.000 vagas de estacionamento em Moema e está matando o comércio. As pessoas moram e trabalham em Moema e a CET está matando o comércio de Moema. Além disso, executou muito mal este projeto de ciclo-faixas. A CET chegou ao absurdo de instalar placas “recomendando” que as pessoas saiam dos carros somente pelo lado esquerdo dos carros. A CET não se preocupa com os idosos, ” eles que pulem dentro dos carros para não serem atropelados”. Milton Jung, venha até Moema para comprovar o que eu estou falando. Você pensa que todos os moradores de Moema são contra bicicletas? Pensa que todos os moradores de Moema são arrogantes, egoístas, ignorantes? Se quiser, estou à disposição para conversar.

  36. Nosso “Alegre” Prefeito Kassab pretende impor leis de Suiça
    em ambiente de Haiti. Falta pouco para instituir uma “alegrovia”
    e olha que essa tem que ser mão dupla !

  37. O sonho dessas pessoas que passeiam de bicicleta e acham tudo lindo depende do abastecimento dos supermercados, farmácias e todo o tipo de comércio que por sua vez depende de uma frota de veículos para entregar esses produtos.
    Temos que dar condições a quem trabalha para pagar esses
    “brinquedos” aos puristas.
    O “alegre” prefeito quer impor leis de Suiça em ambiente de Haiti,
    isso é ridículo !

  38. É uma discussão ridícula. Não há espaço e nem largura suficiente nas ruas para carros, ônibus e pedestres. Bicicletas tem q entrar na fila como qq outro meio de transporte. Se querem colocar o argumento de q é um meio de transporte, então emplaque-as, exija licença dos ciclistas, exija o cumprimento das leis de trânsito a q carros e motos estão sujeitos e multas para descumprimento. Se é algo informal para o lazer, ridículo.Vá a parques. Para lazer, eu não tenho o direito de usar a rua para andar de skate, patins, brincar de amarelinha, entre outras coisas. Então decidam-se, se é meio de transporte, regularize, emplaque, exija licença e multe. Se é lazer, não tem o direito de usar a rua para tal.

  39. Os brasileiros estão meio sem noção de prioridades. Ciclovia? O povo brasileiro precisa crescer. Se a alegação é q a bicicleta é um meio de transporte, ela tem q ter registro, ser emplacada, o condutor ter carteira de habilitação, ela tem q seguir o fluxo do trânsito como qq veículo, do contrário seria discriminação com outros meios de transportes, e sujeita a multas pelo não cumprimento das regras. Se a desculpa é q é lazer, a rua é pública e é para circulação. Não dá para andar de patins, skate, brincar de amarelinha. Para lazer, existem lugares q não atrapalham o fluxo de circulação das pessoas.
    De uma forma ou de outra, é absurdo um espaço pequeno, beirando as calçadas do lado esquerdo de ruas super estreitas aonde passam ônibus, borrocadas de vermelho, criando todo risco para o trânsito local.
    Tanta coisa para fazer em São Paulo, como melhorar escolas, segurança, saúde municipal e o povo aplaudindo desperdício de dinheiro com isso? Quero meu imposto de volta.

  40. Sou moradora de Moema. Não tenho carro, uso transporte público. Porém acho q os brasileiros perderam a noção de prioridade. Ciclovia? O povo brasileiro precisa crescer. Se a alegação é q a bicicleta é um meio de transporte, ela tem q ter registro, ser emplacada, o condutor ter carteira de habilitação, ela tem q seguir o fluxo do trânsito como qq veículo, do contrário seria discriminação com outros meios de transportes, e sujeita a multas pelo não cumprimento das regras. Se a desculpa é q é lazer, a rua é pública e é para circulação. Não dá para andar de patins, skate, brincar de amarelinha. Para lazer, existem lugares q não atrapalham o fluxo de circulação das pessoas.
    De uma forma ou de outra, é absurdo um espaço pequeno, beirando as calçadas do lado esquerdo de ruas super estreitas aonde passam ônibus, borrocadas de vermelho, criando todo risco para o trânsito local.
    Tanta coisa para fazer em São Paulo, como melhorar escolas, segurança, saúde municipal e o povo aplaudindo desperdício de dinheiro com isso? Quero meu imposto de volta.

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