Por Maria Lucia Solla
é o representante do povo
um indivíduo legal
é ele que escolhe a rota
ou sou eu que norteio
a ausência do meu sonho
pelo seu desmando
penso no que conheço
e naquilo que desconheço
e me vem de pensar no crime e na justiça social
na escolha e no escolhido
e me vem de chorar
de fatos tristes lembrar
sem compreender
encolhida tolhida sofrida
pelo homem que rapina e o que é rapinado
o que assassina e o que é assassinado
pelo agressor e o agredido
que vivem nas margens virtuais e opostas do mesmo rio
afogados e estufados de razão
altivos nocivos agressivos
mumificados
na cena da tv
vejo o bandido que é triste de ver
feio na minha visão
que na sua não-aceitação
do que considera oposto
me leva a retroceder
e retrocedendo percebo
que o que não gosto nele
é o que não gosto e reprimo em mim
no tempo em que bando se armava
de palavra lápis e papel
era o estado reconhecido
a banda aceita por quem lhe era fiel
que trucidava e escondia no porão
onde jazia o dito ilegal
que acabava morto
por valoroso federal
tudo meio legal
valendo
e acontecendo
em dia de trabalho e no Natal
um sem-fim de ossada
enterrada na surdina
e haja família destroçada
hoje é ainda
o colarinho branco meio legal
que prepara o mingau indigesto
é a banda podre e marginal
que atiro sem dó no lixo
como se podre fosse mesmo o que é
apagando do meu pensamento
o que quero e desconsidero
não é arma nem repressão
inconformismo
e muito menos agressão
que vão resolver nossa situação
na verdade considero
a arte e não a dor
o poder civilizador
e não sou eu quem o digo
mas o francisco que me disse que quem disse
foi Oscar o Wilde
e eu que nada sou
os bendigo.
Maria Lucia Solla é professora, realiza oficinas de Desenvolvimento do Pensamento Criativo e de Arte e Criação. Aos domingos escreve no Blog do Mílton Jung
MARIA LUCIA,
MARAVILHOSO.
BJS
FARININHA.
Mama,
Que sejamos dignos de traçar os rumos de nossas vidas, em consonância com nosso Ser Interno.
Que sejamos atentos o suficiente para perceber o que nos cerca, e buscar em nosso Ser Interno, o discernimento.
Que tenhamos forças para manter a Chama de nosso Ser Interno acesa e com ela nos manter aquecidos e vivos.
Que sejamos capazes de encontrar o eixo de nosso Ser Interno e alinhar nossa matéria em harmonia com o Universo.
E que o amor que brota de nosso Ser Interno possa encontrar nossas portas para o mundo sempre abertas… permitindo que seja irradiado para todos nossos irmãos…
…os de colarinho branco também!
Te amo Mama!
Pi
Bendito poema, que força e que crueza! Benditas as Artes! Bjs, Maryur
Filho,
entre cozinhar, lavar louça, aspirar, arrumar, ler, estudar, escrever, aprender e ensinar, correr atraz dos meios para me sustentar, regar as plantas, manter a chama das amizades acesa, eu tento isso tudo que vc disse, mas às vezes cai a minha conexão com meu ser interno e o externo acaba frágil e assustado. Quem sabe um dia, numa vida anterior ou posterior, nas ondas do tempo desregrado…
Amo você muito também,
mm
Farina e Vivi,
mais uma vez obrigada pela tua presença aqui na nossa sala e pelas horas deliciosas de ontem.
beijo,
Maryur,
… e assim vai a vida, não é, minha amiga de sempre?
beijo,
Ah, a magia transformadora da arte na gente. Seu “De arte” me fascina. Beijos e boa semana. Força no remanejamento!
Suely,
haja força!, mas o gás dos amigos ajuda um bom tanto.
beijo
Mama,
Os rogativos nos servem assim… para o tempo desregrado nos alcançar e termos ao menos pedido!
Muito amor!
Pi
Filho,
e são rogativos (que eu não sabia que se chamavam assim) muito bonitos, de escolhas sábias. Aproveitei pra dar uma descontraída.
🙂