De areia

 

Por Maria Lucia Solla

 

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Ô meu Pai, e falar de quê?

 

Como o poeta de flores e amores, mesmo que as noites me tragam dores?

 

que dor?
dor de quê?
dor onde?

 

a minha ué!
disso e daquilo
por toda parte

 

e vai dizer que a tua é diferente?

 

com certeza sei que é
na intensidade no momento
na falta de alento
na onda da diversidade

 

dor é global
corre solta na informática
é única na história
quando vira vitória
só sei que dói e pronto
e que a minha é minha
sem etcétera e tal

 

dor não dá ponto em pesquisa
te faz feia
leva embora tuas cores
afasta amigos e amores
que escorrem das mãos feito areia

 

E assim decido falar de não-falar.

 

Maria Lucia Solla é professora de idiomas, terapeuta, e realiza oficinas de Desenvolvimento do Pensamento Criativo e de Arte e Criação. Escreve no Blog do Mílton Jung

 

8 comentários sobre “De areia

    • intervenção brotada
      do coração da Suely
      e eu afagada
      fico sorrindo daqui

      Obrigada, querida Suely Schraner!
      Beijo, bom domingo e boa semana

  1. Stefi, Stefuchna,

    Cria do Professor Salles tem que provar ao menos que não dormia na aula.
    Nem dava porque ele balançava aquele molho de chaves, que fazia um barulhão, e eu encolhia de medo que se soltassem e, pimba, na cabeça de um.
    E a chuva que brotava dele quando falava?
    Todo mundo queria sentar lá no fundão.
    Mas sou grata a ele, todos os dias!
    Sou grata ao Professor Haddock Lobo, que me mostrou um mundo que eu não tinha ideia que existisse. Gratidão e carinho.
    Quanto ao Professor Araújo, frustrou-se comigo.
    Devo ter sido a única que não aprendeu nadica de nada de matemática.
    Ah, e somos crias do professor de francês… como era mesmo o nome dele?
    Bons tempos!

    Obrigada pelo carinho,

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