Grêmio 2×1 Bragantino
Brasileiro — Arena Grêmio

O argentino Diego Churín não havia pisado em campo, aguardava o árbitro autorizar a substituição pouco depois dos 20 minutos do segundo tempo e já chamava atenção do torcedor a quem seria apresentado na noite desta segunda-feira. Com 1,80 metro de altura e 80 quilos, tem porte físico avantajado, ombros largos, braços com musculatura acentuada —- parece ser forte o suficiente para brigar dentro da área com os zagueiros adversários e pronto para disputar posição no comando de ataque gremista.
Chegou a Arena com o bom retrospecto que construiu no Cerro Portenho, do Paraguai. Fez 53 gols em 128 partidas disputadas. Oito neste ano. Na sua passagem pelo último clube fez quase a metade de gols de toda sua carreira. Aos 30 anos, marcou 110 vezes em 324 partidas.
Hoje não fez o seu, mas esteve presente nos dois gols do Grêmio.
Assim que entrou em campo, se posicionou dentro da área para a cobrança de escanteio. Eram 22 minutos do segundo tempo, e o Grêmio mal havia chutado uma só bola no gol adversário. No cruzamento, disputou pelo alto com os zagueiros, não alcançou a bola mas esta sobrou para David Braz que colocou no fundo do poço.
No segundo gol, quatro minutos depois, Churín estava novamente disputando a bola na área, passou para Isaque que cortou para dentro e antes que completasse foi surpreendido pela chegada forte e precisa de Orejuela que estufou a rede.
O argentino apareceu mais umas duas, três vezes lutando pela posse de bola. Em uma delas, voltou até a intermediária para desarmar o adversário e iniciar o ataque, em outras mostrou que sua força física se impõe em campo. Mesmo sem marcar, deixou seu cartão de visitas e abre boas perspectivas para um ataque carente de gols.
Ao contrário de Churín, a vitória do Grêmio que nos coloca na parte de cima da tabela, mesmo com uma partida a menos, e em condições de seguir brincando pelos primeiros lugares da competição, que somente agora chega a sua metade, não foi alcançada com uma performance que agradasse os olhos do torcedor. Neste momento, porém, o que mais precisamos é pontuar. E isso conseguimos fazer nos quatro últimos jogos disputados pelo Campeonato Brasileiro.