
“Confiança no profissional é o que, em última instância, atrai os pacientes”
Cecília Russo
Você já foi ao médico hoje? É rapidinho. Basta abrir o seu Instagram —- depois de ler este texto, lógico. Se quiser, tem no Twitter. Tem no Youtube, também. E no Tik Tok. Os profissionais de saúde estão nas redes sociais, mais expostos do que nunca. E de tão expostos, precisam ter um super cuidado para não exagerar na dose —- perdão pelo trocadilho.
Foi esse o recado do Jaime Troiano e da Cecília Russo que analisaram a presença nas redes sociais de médicos, psicólogos, nutricionistas, dentistas e todas as demais especialidades da saúde e do bem-estar. Se antes, a maioria deles dependia do “quem indica” ou do “boca-a-boca” para criar uma carteira de clientes (melhor tratá-los como pacientes, né), hoje existem recursos disponíveis no meio digital para que cada um construa a sua própria marca:
“Aliás, essa prática (o boca a boca) ainda tem muito valor e conta muito. É o antigo marketing mas que mantém sua vitalidade, ainda mais na área médica. Agora, isso vem mudando e parte dessa mudança podemos atribuir a competitividade do setor”
Cecília Russo
A presença mais explícita de profissionais de saúde nas plataformas digitais atende a dois interesses: um, é o deles, de se destacarem na área em que atuam; o outro, é o do público, que está mais preocupado com a saúde e, portanto, consome mais conteúdo dessa natureza. É aí que a gente começa a pensar melhor sobre a estratégia que esses profissionais precisam criar para se posicionarem nas redes sociais: o tipo de conteúdo que oferecem.
“Existem limites na área de saúde — e na área da educação, também; as coisas não podem ser transportas mecanicamente do que se faz do mercado de consumo”.
Jaime Troiano
Não é papel de médico se promover em rede social com informações de auto-exaltação, apresentando seus méritos —- isso seria um demérito. Deixe que os pacientes o façam. Profissionais de saúde têm de explorar o conhecimento que desenvolveram na carreira e publicar conteúdo relevante para as pessoas, aproveitar o espaço digital para oferecer informação de interesse público, afastar os mitos que existem na área da saúde, tirar dúvidas dos seus seguidores e conscientizar a população sobre formas de se prevenir de doenças.
Ao criarem conteúdo, é preciso considerarem o vocabulário e a forma com que a mensagem será transmitida. Na rede, médico não fala com médico, fala com pessoas e, portanto, a informação tem de ser publica de forma simples, direta e objetiva. Podem explorar vídeos, ilustrações, criarem espaço de diálogo com as pessoas e realizarem lives —- sempre pautados pelos cuidados descritos no parágrafo acima E observando as condutas éticas da profissão e as recomendações dos conselhos federais ligados às áreas médicas:
“O branding para profissionais da saúde deve ser sempre visto pelo viés do conteúdo, do serviço prestado às pessoas — esse é o caminho de fazer marca na área de saude de forma ética e bem feita”
Cecília Russo
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