Casa cheia, convidados interessantes e conversa de boa qualidade fizeram a festa de aniversário da cidade de São Paulo, no Pátio do Colégio, promovida pelo CBN SP, nessa terça-feira. Com destaque para o tema “livro e literatura”, o encontro reuniu agitadores culturais; de escritores a músicos; de livreiros a poetas. E se encerrou com uma nova biblioteca para os meninos e meninas da Associação Esportiva Da Doze, do parque Dorotéia, no extremo sul da capital paulista.
Retratos, grupo musical que venera o chorinho, transformou os ouvintes que estiveram no Pátio em um coral que cantou músicas identificadas com a cidade e o Brasil como em Carinhoso, de Pixinguinha.
Zé Geraldo emocionou e levou pessoas às lágrimas com músicas que marcaram sua carreira artística. Não se limitou a cantar, contou histórias, também, e lembrou de quanto esteve em São Paulo ainda jovem ajudando na construção do Minhocão e outras obras da cidade.
Na sala de estar, montada para receber os convidados, todos pareciam à vontade para falar sobre a importância do livro na nossa vida. Pedro Herz, da Livraria Cultura, Sérgio Vaz, da Cooperifa, José Godoy, do Fim de Expediente, e José Luiz Goldfarb, da campanha Doe um Livro alertaram para a necessidade de se entender a leitura como prática de lazer e sabedoria.
Herz logo no início convidou os pais a lerem, pois assim contaminam seus filhos. Godoy sugeriu que a ‘leitura obrigatória’ na sala de aula busque autores mais atraentes aos jovens. Vaz levou como exemplo o Sarau da Cooperifa que reúne centenas de pessoas todas as quartas à noite na periferia de São Paulo.
Goldfarb, de fala entusiasmada, apresentou Felipe, menino de 6 anos, que mexeu com os colegas da escola dele em Santo André e conseguiu reunir 100 livros para a campanha que tem ajudado a construir bibliotecas pelo País.
Enquanto tudo se desenrolava diante de um número impressionante de pessoas que foram assistir ao programa, ao vivo, a turma do Museu da Pessoa gravava depoimentos de ouvintes para o Conte Sua História de São Paulo, em um espaço reservado do Pátio.
Integrantes do Adote um Vereador estavam lá, também. E saíram com o apoio de ao menos mais dois colaboradores que gostaram da ideia de passar a controlar, monitorar e fiscalizar os parlamentares de São Paulo. Um professor se comprometeu a mobilizar seus alunos no projeto. Sejam bem-vindos.
Eu, como sempre, falei demais, mas me diverti muito com as conversas durante e após o programa. Deixei o Pátio apenas uma hora e meia depois do encerramento, período em que tive o prazer de receber sugestões, agradecer a presença de todos e ganhar um espetáculo à parte com um “Mário de Andrade” que baixou em um dos convivas.
Nada me agradou mais, porém, do que a mesa do Doe um Livro lotada de material levado por gente comum, gente graúda, uma gente muito boa e pronta para colaborar e comemorar o aniversário da nossa cidade.
Todas as fotos deste post e o álbum com imagens da festa (que você vê aqui) foram feitas por Massao Uehara












Ronnie Von era garotão, nascido e vivido no Rio, quando foi convidado para visitar a casa de Nilton Travesso, em São Paulo. Era fácil chegar lá. Bastava pegar um táxi no aeroporto de Congonhas, ir até a avenida Santo Amaro e entrar no segundo farol à direita. A primeira surpresa foi saber que o nome do santo batizava uma estrada, uma rua e uma avenida – havia um bairro, também. Pediu para ir na mais famosa e teve sorte, aquele era o caminho. Procurou o farol e não encontrou nenhum. Ao fim da avenida, ouviu do motorista: “Terminou aqui, onde o senhor quer descer”. Foi quando descobriu que o farol paulistano era o semáforo no Rio.
Paulistanos, os de nascença e os que se aprochegaram, querem deixar a cidade. Ao menos mais da metade deles disse isso em pesquisa feita pelo Ibope, encomendada pela Rede Nossa São Paulo (

