Acreditar é pensar que é possível, visualizar uma melhora, sentir esperança.
Quando acreditamos: tentamos estudar para evoluir na carreira; tentamos mudar a forma de trabalhar para conseguir mais retorno financeiro; tentamos desenvolver qualidades como disciplina e coragem para vencer nosso comodismo e nossos medos.
Para a vida ser construída, é necessário refletir, desejar algo, planejar o caminho até lá e executar. Percebe que é necessário muito movimento?
Então, escolhemos acreditar porque é isso que nos faz seguir em frente. Venhamos e convenhamos, não é nada fácil aguentar frustrações, fazer esforço, abrir mão de sombra, descanso, prazer… Se não temos um motivo pelo qual tolerar isso tudo, dia a dia, empacamos. E quando empacamos, vai só ladeira abaixo.
Então, diga para mim: você tem selecionado com cuidado e intenção aquilo em que você acredita? Em quem você se espelha como referência? Que tipos de planos você constrói? Quais são os sonhos que enchem seus olhos de brilho?
Você acredita no que TE importa ou você compra as crenças da família, dos amigos que parecem bem-sucedidos, da sociedade?
Perceba que escolher acreditar e selecionar em que e em quem acreditar é a força motriz dos seus passos pela vida. Você pode não perceber, mas isso está moldando seu presente e seu futuro.
Já que precisamos acreditar (por uma questão de sobrevivência, inclusive), reflita bem sobre o que tem te movido. Para muito além de escolher acreditar, escolha concretizar um legado que seja seu – e que seja agradável de vivenciar, no hoje e no amanhã.
Escolha acreditar em ser, genuinamente, você.
Dra. Nina Ferreira (@psiquiatrialeve) é médica psiquiatra, especialista em terapia do esquema, neurociências e neuropsicologia. Escreve a convite do Blog do Mílton Jung.
Encruzilhadas. Existem situações na vida que nos colocam em uma dúvida angustiante: fazer ou não fazer?
Existem situações na vida que testam nossas certezas. Para conseguir mais destaque, mais elogios, mais dinheiro, mais poder… até onde ir?
A pergunta é difícil porque a resposta certa não foi pré-definida por ninguém até hoje.
Quando limites são colocados, consequentemente existem perdas. Perda do contato de alguém importante para a carreira; perda do afeto de um amigo ou familiar; perda de uma chance de ganhar mais dinheiro ou fazer mais sucesso.
E o que você está disposto a perder para manter sua fidelidade a você mesmo?
Viver para agradar aos outros ou para ser bem visto e elogiado pela sociedade costuma ser um buraco sem fim. Queremos entrar nesse buraco? Queremos viver nesse buraco?
As sensações que temos no dia a dia – alegria, angústia, saudade, tristeza, raiva, serenidade, cansaço, bem-estar – dependem dessa decisão: escolher que vida quer viver e ter coragem de fazer acontecer.
Até onde ir? Até onde fizer sentido pra você. Até onde você entender que vale a pena, que te ajuda a construir uma vida boa de viver.
Ultrapassar esses limites cobra um preço pesado, destruidor, caro. Ultrapassar esses limites nos joga no tal buraco sem fim – escuro e cada vez mais profundo e difícil de sair.
Cuide por onde anda. Ande até onde for saudável para você.
A Dra. Nina Ferreira (@psiquiatrialeve) é médica psiquiatra, especialista em terapia do esquema, neurociências e neuropsicologia.
Quarenta anos se passaram desde o meu primeiro dia em uma redação. Eram 10 de agosto quando sentei em frente a máquina de datilografia e os cheiros da lauda, do carbono e da tinta que imprimia as letras no papel me faziam sentir pronto para desbravar o mundo com palavras — uma ilusão, pois, não estava tão pronto assim; de verdade, ainda era um estagiário, um jovem aprendiz.
Essa trajetória que se iniciou há quatro décadas me levou às mais diversas redações e forjou minha experiência no campo da comunicação. Aprendi na lide e com os leads, entrevistando, com os entrevistados e com os colegas. Da profissão que escolhi, surgiram as oportunidades para desenvolver novos conhecimentos. E de tanto aprender peguei o gosto por ensinar. Comecei pelo microfone, depois passei aos palcos, nas palestras, e, mais tarde, às páginas dos livros. Já escrevi cinco até agora.
Começar uma nova etapa profissional, em paralelo a todas as demais que seguirei exercendo, é como folhear um livro cujas páginas ainda não revelam o que está por vir. Mas sabemos que a história será rica. Talvez seja a oportunidade de retomar alguns fatos já contados, com um novo olhar e de um novo jeito. Talvez, a chance de acessar outros conhecimentos e se espantar com o mundo de sabedoria que temos para explorar. A comunicação é uma criatura viva, inquieta. Sempre em busca de novas maneiras de se expressar, de se conectar. Não há um fim; há sempre um novo começo.
A decisão de ensinar me pareceu natural. É como compartilhar um segredo, só que sem mistério. Agora, sinto que estou entrando em uma nova fase com a produção de um curso de comunicação, que se inicia on-line e pode se expandir nos mais diversos formatos, ampliando essa conversa. Um livro em branco, pronto para ser preenchido com histórias e descobertas, mas com a vantagem de que, dessa vez, a jornada não será solitária — será acompanhada de parceiros, mestres e de cada aluno que decidir fazer parte desse percurso.
A nova aventura, que se soma a maior delas que realizo diariamente na rádio CBN, surge a partir da parceria proposta pela WCES — empresa americana de educação e consultoria. Desde os primeiros contatos, Thiago Quintino, o fundador da startup e especialista em experiência do cliente, me dizia: “Comunicação é coisa séria.” E isso me fez lembrar de uma lição que aprendi ainda criança.
Lá no início, quando eu era pequeno e andava de mãos dadas com meu pai, ele me levava ao estúdio da rádio onde apresentava o principal noticiário do Rio Grande do Sul. Enquanto ele transmitia as notícias, eu ficava quieto, sentado num canto, quase sem me mexer, consciente da seriedade daquela missão. Foi ali, naquele estúdio silencioso, que aprendi a respeitar o microfone — aquele equipamento mágico que amplificava a voz do meu pai e fazia suas palavras chegarem longe. O microfone me ensinou que comunicação é coisa séria.
A decisão de participar de um curso, nos moldes do proposto pela WCES, não é apenas um passo a mais; é um salto. É reconhecer que o mundo mudou, que a comunicação não conhece mais barreiras físicas, e o ensino também precisa se adaptar a essa nova realidade. Assim como na rádio, onde a voz precisa alcançar o ouvinte onde quer que ele esteja, o nosso curso tem essa mesma missão: chegar ao público, onde quer que ele esteja, com a mesma paixão e compromisso de quem acredita no poder da comunicação para transformar.
Nessa caminhada, tive o privilégio de contar com mestres generosos que aceitaram o convite de ampliar o conhecimento. O filósofo Mário Sérgio Cortella vai falar de ética na comunicação; a futurista Martha Gabriel compartilhará sua visão sobre a importância do pensamento crítico em tempos de transformação digital; Leny Kyrillos, fonoaudióloga e colega de diversos projetos, trará sua expertise sobre a comunicação efetiva e afetiva; e meu companheiro de livro, Thomas Brieu, vai nos mostrar como o exercício da escuta pode ser transformador para as relações humanas. Novas vozes se juntarão a nós em breve, pessoas que têm muito a ensinar e que, assim como eu, acreditam que, por meio da educação, podemos nos tornar melhores.
Este é o momento de pegar a experiência acumulada, os aprendizados ao longo da carreira, as lições de nossos parceiros e transformá-los em algo acessível, prático e, principalmente, transformador. Afinal, a comunicação é isso: uma jornada constante de troca, de aprendizado e de evolução. E agora, esse caminho se faz na tela, na conexão entre professor e aluno, num espaço virtual que promete ser tão envolvente quanto uma boa crônica.
Participe do lançamento de “Comunicação Profissional – técnicas e práticas para o sucesso no trabalho”
Convidado especial: Milton Beck, Diretor-geral do LinkedIn
Vagas limitadas
Inscrição gratuita
Dia: 26 de setembro, quinta-feira
Hora: das 19h às 21h30
Local: Edifício Milano | Espaço Olos
Avenida Mário de Andrade, 1.400, 14º andar, Água Branca/SP
“A celebridade empresta seu prestígio, seus fãs, para a marca e, em alguns casos, é difícil saber quem ganha mais, se é a celebridade ou a marca”
Jaime Troiano
O uso de influenciadores no desenvolvimento de marcas é a evolução de um relacionamento que se iniciou há muito tempo quando as pessoas escolhidas para serem protagonistas em campanhas publicitárias ainda eram conhecidas por “garoto propaganda” ou “garota propaganda”. O que muda nos dias atuais é o alcance que essas “celebridades” têm com as redes sociais. Jaime Troiano e Cecília Russo, em Sua Marca Vai Ser Um Sucesso, identificaram como essa dinâmica impacta o mercado atual e elencaram riscos que devem ser considerados pelos gestores que investem nessa estratégia.
A evolução da publicidade e o papel dos influenciadores
Jaime Troiano começou destacando a longa trajetória da publicidade desde os tempos do “garoto propaganda” até a era dos influenciadores digitais. Lembrou de personagens que marcaram a história da publicidade, como Carlos Alberto Moreno que foi por muitos anos a cara da marca Bombril ou José Valien, que se consagrou como o “Baixinho da Kaiser”.
O ator Paulo Goulart também teve sua imagem associada a uma marca, no caso a OMO, quando a fabricante de sabão em pó lançou o “teste da janela” em que convidava as donas de casa a colocarem os lençóis sob a luz do sol para provar que a peça lavada com o seu produto ficava mais branca.
“É uma estratégia que funciona, mas pode ser perigosa se você não tomar cuidado. Por exemplo, se você ficar com a mesma celebridade durante muito tempo. Lembro da época em que o Paulo Goulart entrava no teatro ou em um programa de TV e as pessoas ficavam esperando que ele fosse fazer propaganda do OMO”
Jaime Troiano
Troiano observa que há sempre alguns riscos que você tem que controlar alertando para a necessidade de uma estratégia cuidadosa. Ele ilustra como a associação entre uma celebridade e uma marca é uma espécie de troca mútua, onde ambos podem se beneficiar.
Escolhendo o influenciador certo e mitigando riscos
Por sua vez, Cecília Russo enfatiza que a escolha de um representante para a marca não deve ser baseada apenas no número de seguidores, mas deve considerar fatores como alinhamento de valores e potencial de mercado. Ela detalha três métodos de escolha do representante da marca: intuitivo, comercial e estratégico. Ela aconselha a combinação desses métodos para uma decisão mais equilibrada e eficaz.
A discussão de Jaime e Cecília destaca um ponto crucial: a necessidade de um equilíbrio cuidadoso na escolha e no uso de influenciadores. As marcas devem estar atentas não só ao potencial de marketing, mas também aos possíveis riscos associados à imagem pública do influenciador. É uma dança delicada, onde a autenticidade e a relevância devem ser mantidas para garantir que a mensagem da marca ressoe com o público:
“Essa pessoa que vai representar a marca é um ser humano e, óbvio, ela está passível a cometer erros. É uma pessoa, tem a sua vida social e pessoal. Então, de alguma forma essa exposição pública da pessoa que transcende a marca vai se refletir para o bem ou para o mal na marca”.
Cecília Russo
Parceria de sucesso requer cuidado e estratégia
A colaboração entre marcas e influenciadores pode ser extremamente benéfica, mas requer uma abordagem cuidadosa e estratégica. Como Troiano e Russo enfatizam, é essencial considerar não apenas o potencial de alcance, mas também a adequação e a imagem do influenciador em relação aos valores da marca. Nesta era digital, onde as percepções são rapidamente formadas e disseminadas, uma escolha acertada pode levar uma marca ao sucesso, enquanto um passo em falso pode ter consequências duradouras.
Outro alerta é para aquelas marcas que investem em influenciadores e celebridades que estão presentes em campanhas de outros produtos ou serviços. Isso pode causar uma confusão na cabeça do consumidor que fica sem saber quem aquela pessoa representa. A marca fica em segundo plano e o investimento pode não ter o retorno esperado.
Ouça o Sua Marca Vai Ser Um Sucesso
O Sua Marca Vai Ser Um Sucesso vai ao ar, no Jornal da CBN, aos sábados, às 7h50 da manhã. O programa tem a sonorização do Paschoal Junior:
Uma barbeiragem burocrática tirou este blog do ar por três dias —- menos do que isso até, porque o problema apareceu no meio do sábado e foi resolvido ao longo da segunda-feira. Pareceu-me uma eternidade. O recado que recebi era de que o administrador tentava avisar o proprietário do site dos motivos que impediam sua publicação e pedia para que os leitores do blog —- ou aqueles que tentassem acessá-lo —, o avisassem: “queremos garantir que eles recebam a mensagem”.
O fim de semana foi de rara paz no coração —- proporcionada por uma escapadela para uma área pouco habitada, distante de qualquer pessoa e com acesso à moradia sem risco de contaminação — nem de vírus nem de gente. Higienizada com 72 horas de antecedência e acesso remoto, cercada por uma reserva ambiental privada e todo sua flora e fauna à solta, a casa era o que, nestes tempos de paranoia sanitária, sem pestanejar, eu definiria de paraíso — com direito a pôr do sol, até porque não há paraíso sem pôr do sol (e outro dia podemos falar sobre isso).
Tinha até Wi-Fi e sinal 4G conectando você ao mundo. Abri mão desse privilégio e preferi afastar-me do celular na medida do possível — minha gurizada, como trabalha no remoto, mesmo no fim de semana, precisava dessa tecnologia à disposição.
Claro que caí em tentação. Já passavam das duas da tarde quando resolvi dar uma olhadela na tela do celular e me chamou atenção entre as centenas de notificações do WhatsApp a mensagem do Ric, amigo querido e colaborador deste blog (há algum tempo ele tem dado preferência ao Instagram). Foi ele quem me alertou para as dificuldades de acessar o blog — confesso que fiquei feliz, não pelo bloqueio, mas por saber que o Ricardo Ojeda Marins (é assim, com nome e sobrenome que ele assina seus texto) segue me seguindo. Aliás se você quiser ler as inúmeras colaborações que o Ric já fez ao blog, acesse este link.
Dali em diante foi aquela maratona que você conhece bem quando dá problema na sua internet, no seu perfil em uma rede social ou em qualquer outro serviço digital ou não. Escreve para quem você acha que entende. Espera que quem você acha que entende escreva para quem ele acredita realmente entender. E de repente você é surpreendido por alguém que você achava que entendia lhe fazendo uma pergunta típica de quem não entende o que você, claro, entende menos ainda, caso contrário não precisava sequer fazer a pergunta que deu início aquele círculo de desentendimento.
O círculo de desentendimento persistiu no fim de semana todo e invadiu a segunda-feira. O blog seguiu alertando aos caros e raros leitores que “o mapeamento deste domínio expirou e precisa ser renovado” — que no balcão do bar significava que “esse cara que você curte ler, é caloteiro ou esquecido, porque até agora não pagou a conta da renovação do contrato”.
Mais de quatro meses de quarentena, dezenas de sessões de terapia e algumas caixas de remédio —- tarja preta, vermelha, rosa e todas demais cores que pintam como solução terapêutica —-, me ensinaram que se não tem como resolver o problema agora, o problema está resolvido (nem que seja por agora). E só voltará a sê-lo quando a busca por uma solução estiver a seu alcance.
Joguei o celular sobre as roupas que estavam espalhadas no chão do quarto, fechei o computador e o deixei descansando sobre o edredom emaranhado que cobria os pés da cama. Desliguei-me da tecnologia. E conectei-me comigo mesmo.
Troquei as tramas do passado, as encrencas do futuro e os problemas sem solução do presente pela grama que se estendia da porta da casa até a beirada da montanha —- uma geografia que se transformava em mirante natural para apreciar a figueira e todos os seus majestosos galhos que cresceram alguns andares abaixo.
Aproveitei um tiquinho de vida que ainda se faz presente no nosso cotidiano tão cheio de morte e luto — e fiquei feliz em saber que depois de me sentir cidadão privilegiado por ter uma família ao lado, uma saúde, física e mental, capaz de sempre se recuperar, e o direito a apreciar mais um dia que fosse de pôr do sol, aquele problema tecnológico deixou de ser problema, a solução foi oferecida nesta segunda-feira e o blog segue seu rumo, conversando todos os dias com seus caros e raros leitores — cada vez mais caros e raros.
Foi-se o tempo da redação de volta às aulas quando a professora nos oferecia a oportunidade de contar por escrito algumas das aventuras vividas nas férias. Imagino que, atualmente, ninguém mais seja levado a fazer essa tarefa, mesmo porque, diariamente, estamos compartilhando nossos passos nas redes sociais. É selfie publicada no Instagram, instantes captados no Snapchat, textos mal rabiscados no Facebook e tudo automaticamente transformado em link no Twitter. Chega-se na sala de aula e a turma toda já sabe o que fez graças as informações trocadas no grupo do WhatsApp. Novidade? Só a senhora não sabe, professora!
Apesar de distante do hábito e da idade desse pessoal que já nasceu sem noção do que é vida privada, sem exagero, também divido algumas coisas que encontrei no caminho das férias com os caros e raros leitores deste blog e todos os demais que se dão ao trabalho de me “seguir” especialmente no Twitter e no Instagram. Por mais que busco preservar-me, fico instigado a enviar uma imagem que me conquistou e contar um caso que me chamou atenção. Por isso,quem teve paciência, viu o filhote de beija-flor no jardim da casa que me abrigou nessas férias (reproduzido neste post), assim como o pôr-do-sol que, a cada fim de dia, pintava de forma diferente o céu na minha frente. Encontrou, também, alguns personagens da praia, já que preferi sair em busca do verão, em plenas férias de inverno (é só entrar no Instagram).
Das obrigações do blog, mantive apenas uma, deixando o restante por conta e risco dos nossos colaboradores, fiéis e sem férias, como o Carlos, a Biba, a Malu, o Ricardo e o pai – que, registre-se, continuaram mandando muito bem e, por isso, faço questão de agradecê-los publicamente. A mim reservei o prazer de escrever sobre o que mais gosto, o meu Grêmio, até porque a safra foi boa. Cheguei pensar em falar com você sobre coisa mais séria, pois as notícias aqui no Brasil e lá fora estiveram em ritmo alucinante, mas se levasse à frente minha intenção, provavelmente não estaria com as energias renovadas para essa nova fase.
Por óbvio que pareça, a volta das férias deve ser um recomeço, momento para rever alguns hábitos e relacionamentos, tentar novas fórmulas, talvez arriscar um pouco mais. Especialmente, retomar a paciência que o estresse do cotidiano nos leva embora. Ser mais tolerante, um desafio diante de tanta intolerância que assistimos em todos os campos.
Nessa proposta de renovação, para este segundo semestre que já começou, o que posso dizer por enquanto é que, em breve, o Jornal da CBN trará novidades para o ouvinte.
Eu, particularmente, terei o prazer de lançar, ao lado da colega e fonoaudióloga Leny Kyrillos, o livro “Comunicar para liderar”, pela Editora Contexto, no qual explicamos como usar a comunicação para comandar sua empresa, sua equipe e sua carreira – um recurso que pode, inclusive, mudar sua qualidade de vida. Aproveite e anote na sua agenda: Leny e eu temos um bate-papo marcado com você na sexta-feira, dia 24, às 18h, no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura, do Conjunto Nacional, em São Paulo. Em seguida, haverá sessão de autógrafos.
Feita aqui a minha redação de “volta às aulas”, agora é matar a saudade dos colegas e ouvintes e contar com sua participação diária no Jornal da CBN.
O caro e raro leitor deste Blog já percebeu que a cara está nova. Não a da foto logo acima, retocada com algum editor de imagens qualquer, mas a dos textos, comentaristas e favoritos. Na língua do internetês: o template mudou. Com a graça da turma que entende do riscado na CBN, tudo ficou mais claro, mais agradável de ver e ler. Por mais que o conteúdo seja fundamental, o desenho não deve jamais ser desprezível. Por origem, a palavra design significa “dar sentido as coisas”, lembra Roberto Verganti, da Politécnica de Milão. Sendo assim, interfere na nossa relação com as coisas e as transformam em revolucionárias quando alcança a excelência. Não, não quero chegar até lá, meus limites intelectuais e criativos somados a minha autocrítica me livram desta pretensão. Tenho expectativas bem mais amenas, que não me impedem porém de, inspirado pelo novo desenho do Blog, ser mais preciso, presente e claro no diálogo travado com você neste espaço. Com certeza, a mudança me dá nova motivação.
Curiosamente, as mudanças ocorrem em uma época na qual para muitos esta coisa de blog já era. Cora Rónai, de O Globo, colunista a quem devemos sempre prestar atenção, escreveu há alguns meses sobre a incorporação dos antigos blogs pessoais pelo Facebook, e a transformação do que costumávamos chamar de blogosfera em rede social. Assim como eu, Cora gosta de tecnologia e gatos, com a diferença de que demonstra conhecimento técnico profundo sempre que escreve sobre ambos. Ela tem a razão, enquanto eu só tenho a emoção para escrever. Portanto, não vou tentar provar a ninguém verdade diferente daquela que os entendidos estão pregando. Mesmo porque essa ideia de que os blogs estão fora do tempo já é velha, também. A primeira vez que ouvi a tese foi durante a primeira edição da Campus Party Brasil, em 2008, quando um repórter de televisão – desses com jeito descolado – perguntava para seu entrevistado – ainda mais descolado (e careca) – sobre a morte da blogosfera. Confesso que tomei um susto, pois este Blog que você lê agora (ou você está me lendo no Facebook?) havia nascido não fazia um ano. Tivesse acreditado, teria desperdiçado 7.532 posts e cerca de 35 mil comentários feitos desde 4 de junho de 2007 quando o Blog entrou no ar.
A influência das redes sociais, em especial o Facebook, não pode ser desdenhada. É por isso que em meu perfil pessoal ou na fan page que mantenho, publico, se não o post completo, ao menos a chamada para todos os posts escritos no Blog. O Twitter, de quem sou fã desde pequenino, também é canal de divulgação do que faço por aqui. Assim acontece com o Instagram e o Linkedin, em situações específicas. Conectar todas as ferramentas digitais é essencial para que nossas ideias alcancem o maior número de pessoas. Estendemos nossos braços, também, aos seguidores dos comentaristas que me dão o privilégio de publicar seus textos semanalmente, como o Carlos Magno Gibrail, o Ricardo Marins e meu pai, Milton Ferretti Jung, além daqueles que passam por aqui pontualmente, como o Antonio Augusto, a Dora, o Julio Tannus, a Maria Lucia e a Rosana. E todos os demais que aceitarem compartilhar seu conhecimento com os leitores desse espaço. É nesta miscelânea de canais que estaremos sempre dividindo nossas percepções sobre o cotidiano, a cidadania, a política, a economia, o esporte (o meu Grêmio, é lógico); enfim, sobre sobre nossas vidas. Digam o que disserem, independentemente do que criarem, estaremos sempre buscando novas formas de nos expressar, sem jamais abandonar este Blog.
Desde o sábado, quando houve mudança no site da CBN, o Blog aqui também foi renovado em seu visual e na funcionalidade. Nestes primeiros dias, porém, os leitores tiveram problemas para publicar seus comentários – pelo o quê peço desculpas. Hoje, está tudo em ordem e você já pode aproveitar o novo visual que tem como intenção colocar nas suas mãos mais facilidades para acessar as diferentes seções. O que mais me agradou nesta mudança do Blog foi o espaço que privilegia os textos e as fotos. Naveguem à vontade, palpitem e nos ajudem a construir este trabalho.
Vendendo meu próprio peixe. Neste sábado, estarei no MIS – Museu da Imagem e do Som – a convite dos Twitteiros Culturais de São Paulo para conversar com Mona Dorf e José Luiz Goldfarb sobre o jornalismo em tempos de redes sociais. Arrisco dizer que esta é uma versão do Rádio na Era do Blog, que lancei há quatro anos em palestras de comunicação e bate-papos informais aqui no Blog.
A seguir, o material de divulgação dos organizadores do ETC Sampa:
No próximo sábado, dia 22 de outubro, das 16 às 17h30, os dois conhecidos jornalistas discutem a influência das Redes Sociais no Jornalismo durante o ETC_Sampa (Encontro dos Twitteiros Culturais de São Paulo), no MIS (Museu da Imagem e do Som), com mediação do multidisciplinar José Luiz Goldfarb (@jlgoldfarb). Entre as questões, estão “Como as redes sociais transformam o jornalismo?”, “Como será o jornal do futuro?”, “Existe algo acontecendo que altera fundamentalmente a produção e veiculação de informações?” e “Como o Twitter interfere no furo jornalístico”. A entrada é franca. O debate pode também ser acompanhado pelo Twitter, através da hashtag #REDEMIS.
Sobre o ETC
Criado em 2009, o ETC está em 19 cidades brasileiras e reúne twitteiros que agitam a cultura dentro e fora do twitter. Os convidados debatem temas específicos, relacionados com o Twitter e a Cultura, sempre com a participação do público, que vai ao evento ou está presente virtualmente, via twitter e stream.Foram desses grupos que surgiram movimentos como o #doeumlivro, que arrecadou 360 mil livros em dois anos (entre novembro e janeiro de 2009/2010 e de 2010/2011). “Agora em Sampa os ETCs passam a ser mensais, no MIS”, afirma Goldfarb.
Ensaiei a retomada do blog por dias. Queria ter recomeçado na segunda-feira. É sempre para a segunda nossas promessas: a do regime, do curso de especialização, do check-up médico, da mudança de hábito. Foi-se a segunda-feira e com esta a terça e a quarta, também. Pensei em postergar para a próxima semana que é quando reassumo o Jornal da CBN, mas havia escrito no último post antes das férias que o blog voltaria mais cedo aqui.
Pressionado pelo compromisso (que eu próprio me impus), cá estou. Quase tão magro quanto saí, o que é uma conquista para aqueles que sempre usam as férias como desculpa para os quilos que se sobressaem no cós da calça. Com um braço meia-boca (ou seria meia-mão?), resultado de um tombo na pista de esqui (sei que você me avisou, Carlos Magno), que limitará algumas atividades, mas não me impedirá de escrever, ler, falar, apresentar e tudo aquilo que preciso para exercer minha profissão.
Estou aqui, também, com alguns amigos a mais, que era afinal uma das boas metas nestes dias de descanso.
Bem verdade que, por enquanto, a maior parte deles está no rol dos conhecidos. Para serem amigos de verdade ainda precisaremos de mais tempo, que impõe os desafios capazes de criar intimidade ou distanciamento. É um grupo, porém, formado por gente simpática, falante, disposta a se aproximar dos outros e construir relacionamento. Para quem contamos algumas peculiaridades da vida em família e de quem ouvimos ensinamentos que não soaram como interferência no nosso cotidiano.
Para o retorno neste blog – no Twitter, no Facebook, também -, algumas ideias nas quais pretendo me pautar. Textos mais pessoais, frequentes e curtos. Opinativos, sim; provocantes, se eu tiver esta capacidade. Tentarei me desvencilhar de São Paulo – esta cidade que não apenas conquistou meu coração como meus pensamentos – sem perder o olhar para os temas das nossas cidades. Afinal, o desafio de ancorar o Jornal da CBN é nacional e preciso conectá-lo ao blog.
Não abrirei mão – com certeza – dos colaboradores e comentadores que proporcionam diversidade de assuntos e pensamentos. A Maria Lucia, o Carlos, a Dora, o Milton (Pai), o Antonio Augusto e todos os demais que me oferecem o privilégio de publicar seus textos são fundamentais para a existência deste blog. Além de serem a garantia de que de todas as resoluções pós-férias ao menos um delas será cumprida: a presença deles no Blog do Mílton Jung.
Quanto as demais, dependem de mim. E levando em consideração minha desastrada tentativa de descer uma pista de esqui de dificuldade mediana, no Chile, é melhor não confiar muito na minha capacidade de cumprir as metas propostas.