Quem somos, para onde vamos? O que será?

 

Por Julio Tannus

 

 

Nos anos 1980 participei de um estudo, coordenado pela França e com tecnologia desenvolvida pelos franceses, sobre tendências socioculturais. A Europa e alguns países da América do Norte e do Sul foram objeto deste estudo, para responder a seguinte questão: quem somos e para onde vamos? Na França, François Mitterrand, e na Argentina, Raul Alfonsín, ambos candidatos à presidência de seus respectivos países, utilizaram dos resultados para planejar a comunicação de campanha.

 

No Brasil, várias empresas multinacionais pautaram suas estratégias de comunicação seguindo as linhas sugeridas pelo estudo. A partir da questão proposta, o cerne de nossa personalidade foi caracterizado como “individualista expressivo”. E assim explicado porque nossas instituições não davam conta de nossas realidades.

 

Conforme já citei aqui, para o autor João Cruz Costa, em seu livro “Uma Contribuição à História das Ideias no Brasil”, nossa questão institucional remonta aos anos 1.500. Em seu pensamento, o Brasil desde sempre se vê envolto nessa mesmice: “as instituições brasileiras não dão cabo de sua realidade”. Em seu esforço de compreensão dessas dificuldades conjectura se elas não seriam consequência das razões de nossa origem brasileira, ou seja, pelo fato de a fundação de nossa nacionalidade ter sido cunhada sob a égide de fatores puramente mercadológicos – o nome Brasil vem da exploração de pau-brasil.

 

A única instituição que razoavelmente dava conta de nós, nessa ocasião, era o emprego. Os tempos se passaram, e o mundo mudou. Hoje, como nos diz o sociólogo Zygmunt Bauman, experiência e maturidade que eram garantias no emprego, não tem mais vez. O que vale é “o aqui e agora”. Assim, qualquer um, a qualquer momento, pode estar sendo descartado de seu emprego.

 

E aí eu pergunto: o que será esse movimento nacional de protestos? Será que finalmente acordamos? Será que iniciamos um movimento para reivindicar instituições que abarquem nossa coletividade? Instituições que efetivamente reflitam o que somos e o que reivindicamos?

 


Julio Tannus é consultor em Estudos e Pesquisa Aplicada e co-autor do livro “Teoria e Prática da Pesquisa Aplicada” (Editora Elsevier). Escreve no Blog do Mílton Jung às terças-feiras.

Brasil, meu Brasil brasileiro

 

Por Julio Tannus

 

Nada como um artista para expressar nossa realidade.

 

 

De qualquer forma, como diz Sylvia, aos 94 anos de idade:
Tudo muda tudo passa
Neste mundo de ilusão
Vai para o céu a fumaça
Fica na terra o carvão

 


Julio Tannus é consultor em Estudos e Pesquisa Aplicada e co-autor do livro “Teoria e Prática da Pesquisa Aplicada” (Editora Elsevier). Às terças-feiras, escreve no Blog do Mílton Jung

Cuidado com os números

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

 

Não bastasse a manipulação das ideias pela fala dos homens, a dubiedade numérica exposta em alguns resultados estatísticos tem exigido atenção de quem não está disposto a ser ludibriado. O IDH, capítulo mais recente da discussão de dados, colocando o Brasil, 6ª economia global, na 85ª posição em um ranking de 186 países, veio contribuir para aquecer este tema. Justamente o IDH, que foi criado com a intenção de dar um posicionamento mais equilibrado entre as nações diante do sistema anterior que utilizava apenas o PIB. Índice que considera apenas o econômico.

 

Ressalvada a questão da coleta de dados desatualizados, que ainda assim não daria tanta diferença no ranking, fica a dúvida se a equação criada para representar o índice de desenvolvimento humano é efetivamente satisfatória. A melhoria do Brasil, para quem tem a oportunidade de conhecê-lo atualmente, é visível a olho nu.

 

A ONU, responsável pelo índice e, em principio, sem objetivos manipulativos, bem que poderia dar o bom exemplo e reanalisar os parâmetros considerados para checar sua eficácia em relação ao objetivo proposto, de ter um número que explicite a situação real de bem estar e qualidade de vida das populações. Um contraponto às entidades privadas e públicas que tem manipulado dados. Dos governos norte e sul americanos à FIFA, temos visto dúvidas em relação aos seus números econômicos e financeiros. No futebol, até mesmo o ranking de seleções é questionado. Sua credibilidade passa longe, por exemplo, da ATP, que demonstra claramente a posição dos tenistas profissionais.

 

Neste cenário é que o livro “Naked Statistcs” do professor Charles Wheedan está sendo lançado, com o propósito de ajudar a desvendar a manipulação das estatísticas. Da resenha da obra de Wheedan, publicada na imprensa, chamamos atenção ao ocorrido no estado americano de Illinois. Um aumento de imposto de 3% para 5% foi minimizado pelo partido do governo, enquanto a oposição gritava contra o acentuado reajuste de 67%, pois os 2% significa na realidade um acréscimo de 67%.

 

A verdade é que números e palavras podem expor dados reais para explicar fatos irreais.

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras

Brasil em Davos: saem os holofotes, aparece a sombra

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

 

O pequeno crescimento brasileiro em 2012 resultou no desapontamento do Fórum Econômico Mundial em nosso país, que até então era o queridinho nas análises desenvolvimentistas. Certamente o 1% fez com que reaparecessem os antigos e saturados buracos estruturais. Impostos altos, maquina estatal grande e emperrada, corrupção endêmica, etc.

 

O brasileiro Carlos Ghosn, presidente mundial da Renault-Nissan em debate sobre o Brasil, ressaltou a exportação de matéria prima sem valor agregado, e a questão dos impostos. Efeito e causa.

 

Alexandre Tombini, do Banco Central, apontou que deveremos crescer 3% em 2013, o que segundo sua ótica é bom. Mas excelente é a relação entre o crescimento e o pleno emprego em que o Brasil vive, graças inclusive ao um milhão de postos de trabalho criados neste ano.

 

Então, qual dos olhares é o correto, o externo da incerteza, ou o interno da popularidade de Dilma e do otimismo de Tombini?

 

Pela característica da população economicamente ativa usufruindo do bônus demográfico, e pela riqueza dos recursos naturais, o Brasil poderá contrabalançar as fraquezas da estrutura geral. Governamental, tributária, política e moral. A questão é saber quanto tempo vamos precisar para extirpar os nossos problemas estruturais. Segundo o jornalista Clóvis Rossi, Davos acaba de demonstrar que a fila anda e já aparecem países com chances de substituir os Brics. Encabeçado pelo México, surgem, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Turquia.

 

Sem bola de cristal, podemos exercitar o exercício futuro através de Darwin. Os países que melhor se adaptarem às novas condições de competição sobreviverão com as melhores posições. Podemos também usar a velha piada dos dois executivos na floresta, sobreviventes de uma queda de avião. Diante de um leão faminto um deles tira da maleta um tênis. O outro não entende:

 

– “Você acha que vai correr mais que o leão com esse tênis?”.
– “Não, eu só preciso correr mais do que você”.

 

É melhor irmos preparando um bom tênis, qualquer que seja a nova fera que apareça .

 


Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras

Brasileiros conservadores

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

 

O conservadorismo brasileiro não é novidade, mas os dados apresentados pelo Datafolha ontem, resultante de pesquisa realizada no dia 13, em 160 municípios, com 2.588 entrevistas, merecem ser comentados.

 

86% acham que acreditar em Deus torna as pessoas melhores
83% aprovam a proibição do uso de drogas
58% atribuem à criminalidade a maldade das pessoas
46% afirmam que os sindicatos fazem política e não defendem os empregados
42% são favoráveis a pena de morte
37% acreditam que a pobreza é devido à preguiça
30% defendem o porte de armas
25% combatem o homossexualismo

 

Como podemos observar, mesmo nos itens em que o percentual é abaixo de 50%, como no caso da pena de morte e da pobreza, 42% e 37%, respectivamente, para itens tão conservadores, é significativo. São indices muito altos para fatores tão radicais.

 

O regime democrático em que indubitavelmete vivemos convive com uma população que aceita o autoritarismo do sistema. Principalmente o financeiro. Daí os impostos crescentes. E, pior, com burocracia e penalidades cada vez mais draconianas para os contribuintes.

 

A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, impede o contribuinte prestador de serviço de emitir nota fiscal se estiver inadimplente, criando um ciclo burocrático infernal ao pequeno empresário. Esta mesma prefeitura atualiza o IPTU pela valorização do imóvel, como se cada proprietário fosse um sagaz investidor imobiliário e estivesse de posse de algo que está sempre à venda, à espera de um bom negócio.

 

Os impostos sobre veículos podem ocasionar apreensão se não estiverem pagos, mas o proprietário não pode quitar ao ser flagrado. É obrigado a deixar o carro onde estiver, a qualquer hora e em qualquer lugar, mesmo correndo risco de vida. O estado pune, mas não protege.

 

Até o Supremo Tribunal Federal, como analisou Cony em sua coluna, ontem, na Folha, poderia ter levado em consideração que no mensalão não houve “fatto di sangue”, e, portanto, opina que a maioria dos crimes deveria ser punida adequadamente à natureza dos mesmos, ou seja, dinheiro. O conservadorismo provavelmente influenciou mais na prisão do que no ressarcimento aos cofres públicos do montante desviado. E ficaram todos felizes.

 


Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.

O Corinthians é bi e o Mundo não vai acabar

 

 

Assistir ao Corinthians bi campeão mundial à distância torna a tarefa mais fácil, pois não somos provocados pelos amigos nem incomodados com vizinhos fogueteiros, além de nos oferecer a dimensão exata do feito. O mundo não para para ver a final nem o mundo acaba, como ironizou o site do diário Daily Mail, refletindo a frustração e surpresa dos britânicos com a derrota do Chelsea. Nesta pequena e rica cidade de Ridgefield, no estado americano de Connecticut, onde aproveito as férias, ninguém acordou as cinco e meia da manhã como eu, encarou a madrugada com frio próximo de zero, prenunciando uma semana com neve, para ver uma partida de futebol, por mais importante que esta seja no calendário esportivo. O noticiário por aqui está ocupado pelo trágico ataque às crianças de uma escola a duas cidades de distância. Amanhã, quando os jornais da região circularem, provavelmente, darão nota em roda pé para o resultado da final, se tanto.

 

Se o isolamento do sofá que encontrei para ver o jogo no único canal que transmitia a partida diminui o impacto da conquista alcançada pelo Corinthians, também ficamos menos propenso a secar o concorrente do futebol brasileiro, exercício comum e saudável entre nós torcedores. E talvez este tenha sido um dos motivos que me levaram a admirar a vitória corintiana muito mais do que admiraria a oportunidade de brincar com a cara de derrota dos meus amigos. No jogo jogado, o Corinthians mereceu a vitória, mesmo que para isto tenha se destacado o goleiro Cássio, aquele guri que fazia suas defesas lá na Azenha, antes de ganhar o mundo. O desempenho dele serviu para ressaltar a força do adversário que os brasileiros enfrentavam. E não me venham com este papo de que os ingleses desdenhavam a competição, basta ver a cara de alguns de seus jogadores após a derrota. Eles não tiveram é capacidade de superar a marcação e conter as investidas do Corinthians, que reproduziu em campo muito do que sua direção e comando técnico fizeram durante estes últimos anos.

 

Independentemente de qualquer avaliação mais invejosa que você possa fazer sobre o título mundial do Corinthians, impossível não enxergar que o clube está bem mais organizado que a maioria dos seus adversários no Brasil. Houve investimento na infraestrutura – o primeiro estádio está em construção – e planejamento de longo prazo. Apostou no equilíbrio do elenco, no qual estão jovens talentos e experientes jogadores, e reuniu gente de toque de bola apurada e atletas de muita determinação para conquistar o título. Soube capitalizar a força de seus torcedores tanto quanto soube conter a pressão desses mesmos que, há pouco mais de um ano, queriam a saída de Tite logo após a desclassificação contra o Tolima, na Libertadores. E sobre o técnico uma menção especial: é criativo e inteligente, e usa estas habilidades com a mesma coragem que demonstra desde que foi campeão da Copa do Brasil, em 2001, a frente do meu Grêmio contra o Corinthians, no estádio Morumbi.

 

O título mundial é importante também para os demais clubes brasileiros, pois reduz, ao menos temporariamente, a sensação de inferioridade que muitos temos em relação a Europa – sentimento curioso para quem mais conquistou títulos mundiais de seleção e tem espalhado craques por todos os cantos onde se jogue bola. Ratifica a ideia de que administração bem organizada forja campeões tanto quanto futebol não é apenas emoção. E, como o mundo não vai acabar mesmo, levará torcedores a cobrar mais competência dos cartolas de seus times.

 

De minha parte, sigo as férias e aproveito o intenso frio para tomar um chimarrão, saudar o Corinthians e lembrar os “gremistas” que fizeram parte desta conquista.

Os números e as oportunidades, faça bom proveito

 

Por Abigail Costa

 

Nos últimos dias, por conta de alguns estudos, tenho me debruçado sobre números. O objetivo a ser atingido? Traçar expectativas para os próximos  anos no cenário econômico mundial. Pelo que diz meu professor e doutor no assunto Tharcisio  Bierrenbach nosso Brasil terá céu de brigadeiro … tudo azul … visão panorâmica de 180 graus. Sem falar nos outros com o vento soprando a favor como Rússia, China e Índia. Mas, aqui, não vou cruzar o oceano.  Vou ficar no nosso “mundinho”. Só ele dá pano pra manga! São números expressivos, que, sério, se dissessem isto lá atrás eu duvidaria. Agora, não tem como não acreditar. Estamos vivendo este momento.

 

Pesquisa de consultorias nacionais e internacionais apontam que até 2020 os brasileiros vão gastar R$ 1,3 trilhão  (sempre que escrevo um número assim fico imaginando a quantidade de zeros ou qualquer coisa que me desse a dimensão exata,  assim de forma enfileirada). Este cenário vai elevar o país para a condição de quinto maior do mundo. Imagine nós consumindo mais macarrão do que os italianos? Deixaremos os alemães de copos vazios, pois o consumo de cerveja por aqui será três vezes maior do que lá. Vamos comer, beber mais e melhor. E, também, vamos nos irritar muito mais no trânsito. Seremos o terceiro maior mercado de carros do mundo (quantos deles estarão assim de forma enfileirada, como os zeros do trilhão, no meu caminho, é melhor nem pensar). Outro setor que tem motivos para escancarar um sorriso é o mercado de cosméticos. O valor das vendas dos produtos para os cabelos só na cidade de São Paulo vai crescer o dobro do que na França. E os números seguem soprando a nosso favor de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Principalmente no Nordeste.

 

Então, é sentar e esperar pelo próximos anos? Não, não é bem assim. Quem quiser fazer parte dessa turma, vai precisar arregaçar as mangas, ter criatividade e ser diferente para se destacar no mercado. Ouvi semana passada frase da diretora de Recursos Humanos de multinacional do setor químico que me chamou a atenção: “a empresa não escolhe mais seus funcionários, hoje eles escolhem a empresa”. Mesmo assim, me contou ela, na companhia em que trabalha, há meses, 350 vagas estão a espera de candidatos. Falta é mão de obra especializada.

 

Como os números acima falam de previsão para daqui cinco, oito, dez anos, sinal de que ainda dá tempo de fazer parte desse time.

 

Aproveite a oportunidade!

 

Abigail Costa é jornalista e escreve no Blog do Mílton Jung aos domingos.

Caruaru beberá mais cerveja que a Alemanha

 


Por Carlos Magno Gibrail

 

 

Estamos numa fase de oportunidade única para o varejo brasileiro. Os próximos dez anos determinarão as marcas que dominarão as décadas seguintes. Os R$ 2,2 trilhões de consumo serão R$ 3,5 trilhões até 2020, que corresponderá a 65% do PIB. Mesmo com a tributação altíssima que vivemos, além do represamento do capital para o trabalho na esfera pública, quando o talento está nas empresas privadas.

 

Estas previsões fazem parte do mapa de consumo que a revista Exame traçou para 2020. Baseada em dados da consultoria McKinsey e da Escopo, empresa de Geomarketing.
Embora saibamos que o consumo em si não trará sustentabilidade ao crescimento, dois fatores, a renda per capita e o bônus demográfico, propiciarão as grandes chances de efetivarmos um salto na renda, e nos tornarmos o quinto maior mercado consumidor do mundo.

 

A história tem demonstrado que ao atingir a renda per capita entre US$ 12 mil dólares e US$ 17 mil os países geram as maiores taxas de consumo. Estamos com US$ 11 mil, a um passo de desencadear um significativo salto. De outro lado, os estudos demonstram que ao chegar com 60% da população economicamente ativa no mercado de trabalho, se obtêm o ápice do bônus demográfico. Este estágio será alcançado em 2022. Depois disso a relação entre ativos e inativos irá diminuir e o aumento de renda ficará à mercê da produtividade real.

 

É o que acredita Aldo Massachio, de Harvard, quando disse à Exame: “As empresas que se estabelecerem líderes no Brasil até 2020 deverão se perpetuar nessa posição nas décadas seguintes”.

 

Não é à toa que até 2013 serão abertos mais de 70 Shoppings Centers, e que grandes varejistas que consideravam apenas cidades com mais de 500 mil habitantes estão abrindo novas unidades em cidades de 150 mil habitantes.

 

Este panorama estabelece claramente a oportunidade ao mesmo tempo em que fixa 2022 como data limite da impunidade à má administração pública. Se não vierem as reformas tributárias, políticas e morais, adeus crescimento. Antes disso, segundo a Exame, Caruaru terá consumo médio de cerveja maior que o da Alemanha, e os brasileiros consumirão três vezes mais cerveja que os alemães. Saúde!

 


Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos, e escreve às quartas-feiras, no Blog do Mílton Jung

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De biquíni, a boa imagem do Brasil

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

 

O Brasil, com invejável litoral, com extensos recursos naturais, com talentos em música e futebol, já deveria ter um posicionamento dominante em produtos como o café, o campeonato nacional de futebol e demais artigos relacionados com o DNA nativo.

 

A França e a moda, a Itália e o vinho, Portugal e o azeite, a Inglaterra e a literatura, são exemplos notáveis.

 

Os biquínis brasileiros adentram agora neste propósito de utilizar a credibilidade conferida aos trajes de praia criados e produzidos aqui, oriunda da expertise em praia, mar e sol da natureza nacional. Com o projeto + Beach Brasil, a ABEST Associação Brasileira de Estilistas, com a participação da APEX Agência Brasileira de promoção de exportações e investimentos, reúne 18 fabricantes de moda praia, tendo como meta exportar e formar um posicionamento dominante neste mercado para a marca Brasil.

 

Este projeto +Beach Brasil, das marcas Água de Coco, Amir Slama, ANK Swimwear, Brigitte, Cia. Marítima, Cecília Prado Mare, Clube Bossa, Dalai Beachwear, Jo de Mer, Larissa Minatto, Lenny, Poko Pano, Salinas, Sol de Janeiro, Skinbiquini, Treza, Triya e Vix Swimwear, marcou presença em Miami (EUA): o Mercedes-Benz Fashion Week Swim, o evento mais famoso de moda praia americano, encerrado na segunda e a feira de negócios Swim Show, que completou 30 anos nesta edição e terminou ontem.

 

Valdemar Iodice, presidente da ABEST informou de Miami, que as doze marcas que participaram da Swim Show realizaram bons negócios e a PoKo Pano, ANK Swim, Cia. Marítima que desfilaram tiveram seus modelos destacados na cobertura do evento. Enfatizando que “a festa de lançamento realizada na noite de ontem (23) também foi marcante para as marcas presentes e para a entidade, já que recebeu cerca de 250 convidados entre compradores (como da loja The Webster, Saks Fifth Avenue, Harrods, Gilt Group, Shopbop etc.), estilistas brasileiros e mídia internacional”.

 

É bom mesmo que os maiôs pátrios tomem seus lugares ao sol, para evitar que países que já dominem alguns posicionamentos, façam também como a Suíça dos relógios, dos queijos e dos bancos, que nos vende café Nespresso a R$ 500,00 o quilo enquanto o quilo do café Qualitá custa R$ 15,00. E o café é nosso. Ou não é?

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos, e escreve às quartas-feiras, no Blog do Mílton Jung