Comento, sim.
Então, o porquê do título acima ? Apenas reproduzo o que disseram os dois principais candidatos – que chamamos burocraticamente de pré-candidatos -, Dilma e Serra, sobre o resultado da pesquisa CNI/Sensus, que demonstra empate técnico, apesar do percentual da petista ser maior do que o do tucano.
No Ceará, José Serra sacou do livrinho de bom comportamento a explicação de que manteria postura adotada desde o início, ou seja, não falaria sobre o resultado. No Rio, Dilma Roussef usou do lugar-ainda-mais-comum da política: “pesquisa é uma fotografia do momento”. Não fosse o sorriso maroto daquele que aparece com vantagem, talvez até pudéssemos acreditar neles.
A verdade é que cada novo número divulgado, mesmo que de institutos pouco confiáveis no mercado, provoca um reboliço no quartel general dos candidatos. Seja sob a desconfiança de quem está em baixa seja na satisfação de quem está por cima, os coordenadores de campanha traçam suas estratégias a partir das pesquisas. Trocam roteiros de viagens, remarcam entrevistas que haviam sido deixadas de lado, pedem socorro a conselheiros ou programam factóides para o dia seguinte.
Nas equipes têm especialistas para desmembrar os números e identificar de onde vem a preferência ou a rejeição do eleitorado. Encomendam pesquisas internas com diferentes temas e formatos para chegar a resposta do que o cidadão quer. Preocupam-se de tal maneira que exageram na dose e pasteurizam os discursos e os candidatos. Os programas de governo são a maior prova disso. Leia sem saber quem é o partido e perceberá o que digo.
Tornam-se tão iguais que até mesmo ao comentar as pesquisas assumem o mesmo comportamento: não comentam – ou quase não.
De minha parte, prefiro prestar atenção na linha do tempo bem mais do que o número publicado. Se este nos dá uma fotografia do momento, aquela nos oferece a radiografia do comportamento do eleitor. Por isso, o trabalho que o jornalista José Roberto de Toledo realiza no Estadão é bastante significativo ao combinar os levantamentos feitos pelos principais institutos de pesquisa e apresentar a média das intenções de votos que, após a inclusão dos dados de Sensus e Vox Populi, mostram que Dilma se aproxima de Serra.
Nos próximos dias tem Datafolha a pesar sobre a cabeça dos candidatos (e sobre o emprego de seus assessores) quando poderemos identificar melhor se Dilma chegou para ficar ou Serra assim que voltar à TV descola, mais uma vez.
Seja qual for o resultado, sem comentários – dirão os candidatos.
Nunca confiei em pesquisa, a melhor pesquisa é aquela que você tem nas feiras, no transporte, no boteco, no táxi, no supermercado, com os aposentados numa fila de um SUS para retirar remédio, num hospital público, com a dona de casa, com o patrão de uma empresa ou com os funcionários, nessas conversas que indiretamente acabo ouvindo e ás vezes participo posso garantir, o Serra tá ganhando de longe. Assim como não preciso de pesquisa para garantir que a Seleção do Dunga pode até ganhar a Copa e tomara que ganhe, mas que não agradou a maior parte dos torcedores isso é fato. Tá na rua nas conversas.
Na minha opinião, tais pesquisas informando, que este ou aquele candidato esta na frente são muito duvidosas.
ai tem jogo de interesses sem duvidas.
A verdade é que são pesquisas compradas e falsas !!
Entrevistam 0,0001136 % das pessoas (2.000 enquanto temos 180.000.000 de pessoas; em 134 cidades enquanto temos 5.564 !! )o que não dá para chegar em nenhuma conclusão verdadeira e todo mundo aceita sem contestar.
Em cima disso, ainda, deduzem que é mais isso, mais aquilo, etc., tudo mentira !!! Na realidade essas pesquisas são compradas para tentar manipular a intenção de voto dos ignorantes (no bom e no mau sentido) que não tem condição nenhuma de escolher conscientemente o melhor candidato. O CONRE (Cons. Reg. de Estatistica) já se manifestou contrário a essa prática em 2006 num seminário do qual participou a Dir. de Pesq. do Ibope.
O PT está apelando com tudo para não perder a boquinha.
Usou o mesmo expediente na eleição p/ prefeito, qdo a Mar
taxa liderava por essas pesquisas, com 8 pontos acima a 3 dias do 1º turno, e perdeu fragorosamente. Alegaram rejei
ção desculpa esfarrapada !! O pior é que o Milton também
acredita na veracidade delas !!!
E eu não acredito em pesquisas.
Ou somos um povo volúvel demais ou temos genes de Pinóquio no sangue. Senão vejamos:
DataFolha diz em Maio que 57% dos paulistanos acharam ótima a convocação de Dunga e em Abril que houve queda de 64% para 57% da popularidade do prezado técnico da seleção brasileira de futebol. Que coincidência dos números não? Pergunte a 10 pessoas sobre o tema e veja se 5.7 delas acharam ótima a lista dos anões.
Aliás, nunca participei de pesquisa nem do IBGE ou DataFolha ou CNI/Sensus sobre as eleições e olha que sou eleitora há 28 anos!
O mais incrível são as coincidências: Lula aparece no Irã assinando acordo nuclear (quem diria hein???) e divulga-se recorde de popularidade de seu governo (FHC deve estar subindo pelas paredes!) e Dilma começa a aparecer como líder de pesquisas…mas não muito pra não assustar!
Logo logo IBGE e DataFolha também divulgarão suas pesquisas de intenção de voto. Eles devem ter saído que nem loucos entre ontem e hoje para coletar dados…tabular…tirar raiz quadrada e chegar a algum resultado semelhante ao da CNI e divergente daquilo que ouvimos no mundo real como disse o prezado blogueiro Daniel acima.
É melhor mesmo não comentar as pesquisas senhores e senhoras candidatas(os). Mas que vão aproveitar em seus programas políticos ahh isso vão.
Abs
Ciça Lopes
Pelo que li,Maurício não levou em conta o que Mílton escreveu sobre pesquisas. Se tivesse prestado atenção ao texti,não diria que o competente jornalista e responsável por esse blog postou sobre o assunto,não diria que ele – Mílton – também acredita em pesquisas.