Atlético MG 1 x 2 Grêmio
Brasileiro – Sete Lagoas (MG)

Terminado o jogo, a televisão já mostrava a tabela de classificação ao fim da 25a rodada. E o nome do Grêmio aparecia na primeira tela, raro nesta temporada atribulada. É o décimo colocado, ou seja, estamos na metade de cima da competição. Longe do que pretendemos. Muito além do que havia até bem pouco tempo.
Mais importante, porém, para quem está sempre atento aos pequenos gestos que possam ter grandes significados, ao fim da partida, foi a maneira como o grupo de jogadores se comportou. O abraço coletivo e o cumprimento sincero entre eles demonstraram o quanto estão convictos neste instante de que têm potencial para ir ainda mais longe.
E os resultados mostram isso.
Neste segundo turno, temos a melhor campanha dentre todos os demais concorrentes e com três vitórias seguidas fora de casa, uma mudança que impressiona mesmo os mais deslumbrados torcedores.
Quando me referi ao Top 10 no título desta Avalanche, no entanto, não tinha a intenção de falar sobre nosso lugar na tabela, mas sobre o nosso número 10. Douglas é diferenciado e conseguiu driblar a aparente falta de compromisso com a bola e o preparo físico. Tem um pé esquerdo de dar inveja e experiência suficiente para manter o time no seu lugar.
Enquanto todos estão correndo, querendo se livrar da bola o mais rapidamente possível, ele está em busca de um espaço livre no campo, com o braço em pé, querendo recebê-la. E quando esta chega nele, costuma sair redonda até um companheiro melhor colocado, como fez no segundo gol, o de Gabriel.
Sua transformação com o time é tal que hoje foi capaz de correr para marcar e roubar bolas. Foi dele pelo menos duas das 40 roubadas feitas pelo Grêmio nesta partida.
Douglas não se esforça para ser simpático. Tem cara de galã de novela mexicana. Usa um topete que lhe oferece um ar de desleixo. Está sempre com a barba mal-feita. Parece não reconhecer a história do clube que representa. Mas é um grande jogador.
Mesmo com Vitor mais uma vez sendo um gigante no gol – e penso o que será de nós com ele na seleção – e Jonas seguindo sua caminhada para além do topo da tabela de goleadores, não poderia deixar de registrar, em mais esta sofrida vitória, a importância do nosso TOP 10.
Avaliação perfeita, Milton. A equipe do Grêmio tem Victor, um gleiro diferenciado; Adilson como um volante impecável, muito difícil passar por ele; Douglas, o craque, aquele que faz a diferença; e Jonas, o artilheiro, perde muitos gols, mas faz outros tantos. Aliás, só erra quem tenta. Não tenho dúvidas de que o grêmio subirá ainda mais na tabela e 2011 será o ano das grandes conquistas, com Renato à frente do grupo. Quem diria, mas Renato, aquele Portaluppi que deixava a diretoria de cabelos em pé, é um disciplinador, um aglutinador, um incetivador. Dá-lhe tricolor gaúcho! Grande abraço.
Carla,
Você não deixou escapar um dos que mais admiro no time. Nossa dificuldade é encontrar mais gente qualificada para dar sustentação ao time. Era preciso alguém com mais competência ao lado do Jonas e mais seguro à frente do Vítor. Mas agora adianta pouco lamentarmos estas ausências. É bola pra frente e seja o que Deus quiser.
Milton, concordo com teu texto, mas uma coisa preocupa – falta plantel. Veja que com o Souza fora (e não vem jogando bem faz algum tempo), nosso meio campo sofre com a falta de talento. O Douglas é muito bom e esta fazendo a diferença, mas é um só, precisa de um companheiro a altura – e não será nunca o Fernando. Um pouco mais de investimento é necessário – será que não há um garoto novo a lançar da nossa base?
Saudações Tricolores de mais um gremista radicado em SP.
Falta plantel, sem dúvida, Robert. Haja vista nosso ataque capenga com a ausência do Borges. E a defesa devendo, inclusive, titular qualificado. No meio campo ainda tenho dúvidas dos motivos que tem deixado o Maylson em segundo plano, entrar apenas quando a corda está arrebentando, como domingo, é difícil.
Sofre-se – e muito – mas enquanto ganhamos fora de casa,uma novidade neste ano (no passado perdia-se com in- sistêcia),precisamos saudar a transformação de Douglas.Você analisou com perfeição o que tem feito nos últimos jogos – principalmente no desse domingo – o 10 que fez os comentaristas de Porto Alegre queimarem a língua.
Nem é necessário citar Victor e Adílson. Eles sempre estão bem. Em todo caso,não custa fazer isso.