Deputados de São Paulo em defesa de seus interesses (os próprios)

Texto publicado, originalmente, no Blog Adote São Paulo na revista Época SP

 

Os deputados estaduais de São Paulo sempre criticados pela falta de ação e ausência de debates sobre temas fundamentais para o desenvolvimento do estado começaram o ano legislativo com muito trabalho. Desde a semana passada, os bastidores da Casa estão agitados, os parlamentares não saem do noticiário e os funcionários chegam a se surpreender com a atividade intensa neste período em que não há nenhum projeto de interesse do Governo. Tudo devido a uma proposta assinada pelo deputado Campos Machado, líder do PTB, e apoiada por boa parte de seus pares que restringe as investigações realizadas pelos promotores públicos de São Paulo. É a PEC da Impunidade ou, como prefere chamar seu autor, a PEC da Dignidade.

 

A proposta de emenda constitucional concentra exclusivamente nas mãos do procurador-geral o direito de investigar secretários de Estado, prefeitos e, claro, deputados estaduais. Hoje, esta função pode ser realizada por qualquer promotor em qualquer município paulista. O presidente da Associação Paulista do Ministério Público, Felipe Locke, disse, em nota, que a proposta “cerceia, restringe e coíbe o poder de atuação dos promotores, prejudicando a população e o andamento de investigações de grande importância”. Já Campos Machado diz é que é para resgatar o respeito que os promotores devem ter com os agentes públicos. Por coincidência, este desejo do deputado surgiu logo após a Promotoria ter tirado o auxílio-moradia dos parlamentares, que custava R$ 2,5 mi aos cofres públicos (ao nosso bolso).

 

Sou incapaz de avaliar a disposição dos deputados paulistas em aprovar a proposta de emenda à constituição apesar de seu caráter anti-popular. A experiência já mostrou que a sensibilidade deles à opinião pública está aquém do desejado e costumam ser muito mais pautados por seus interesses particulares do que pela pressão da sociedade (também o são, e muito, pelos interesses do Executivo). Mas ao menos não podemos dizer que os deputados não fazem nada lá na Assembleia. Fazem, sim. E trabalham muito quando eles se sentem prejudicados.

 

Quem sabe um dia terão o mesmo empenho para discutir ideias que ajudem a melhorar o Estado de São Paulo.

2 comentários sobre “Deputados de São Paulo em defesa de seus interesses (os próprios)

  1. Politicos querem fazer o que bem entendem, sem que ninguem esteja acima deles e só legislam realmente em ccausas proprias.

    Uma raça de maus caráter e oportunistas que se elegem somente para ficarem cada vez ais ricos, poderosos, intocáveis e ainda, se acham acima de tudo e de todos

    Esquecem o Art 5º da constituição, onde diz que todos são iguais perante as leis.

  2. Boa Noite Milton e aos colegas blogueiros.

    Meu cara Armando a Alesp é uma extensão do PB. Com excessão dos deputados da oposição, por exemplo Major Olimpio Gomes, Carlos Geanazzi e os do PT, o resto são vassalos do governador. E o principal vassalo é o deputado campos machado. Ele mesmo disse, que ele é amigo incondicional do alkimim.
    Se os eleitores de SP não tomarem vergonha, eles vão perpetuar no poder.
    Vejam a cidade de Cubatão foi arrasada pelo temporal, qual deles foi la para dar um apoio as vitimas? O iicompetente do governador, foi até desmoronamento de terra das duas vias e de lar mesmo voltou e ponto.
    Como podemos ver todos os indice de criminalidades aumentarm no estado e ningeum fala nada. Niguem aparece para falar nada.
    Os vassalos que ele tem na Alesp, dizem amem para tudo. Veja o caso de deputado orlando morano! Só aparece na Alesp quando tem alguma rusga do da presidencia da Republica ou de alguma autarquia da presidencia.
    Então meu caro Armando o que temos que fazer é utilizar as armas que temos nas mãos e uma delas é o voto.
    Um deles já conseguimos espurgar que é o josé serra. Agora vamos ter que votar para espurgar o alkimim e sua vassalagem.
    Em 2014 vamos dar o troco.

    Att,

    José Sinval.

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