Avalanche Tricolor: persistir na caminhada e resistir aos erros que são de todos

 

Palmeiras 2 x 1 Grêmio
Campeoanto Brasileiro – Pacaembu

 

Tenho saudades do estádio do Grêmio, não tenho saudades de qualquer outro estádio. Assistir ao futebol nas arquibancadas há algum tempo tornou-se martírio para o torcedor, especialmente na casa do adversário. Somos desrespeitados na fila da bilheteria, na qual o bilheteiro fica escondido atrás de grades. Somos desrespeitados na fila da catraca que costuma não funcionar como deveria e somente roda na mão do porteiro. Antes de entrar ainda somos expostos a revista policial, o que sempre me dá a sensação de que sou suspeito de algum crime que ainda não cometi.

 

Lá dentro, o rigor da segurança é esquecido. Jamais espere que a cadeira com o número de seu bilhete esteja livre, porque os assentos são liberados assim que os portões se abrem. E aí de você que reclame com o segurança que tem alguém sentado no lugar errado. Não posso fazer nada, diz sem pudor. Banheiros, lanchonete e informação decentes são raros. Está tudo errado no estádio, a começar pelo próprio estádio.

 

Os erros não param no parágrafo anterior. Tem ainda os do juiz anunciado como sendo padrão Fifa, mas que erra como erram os da várzea com a vantagem que não corre os mesmos riscos destes. Enxerga o jogo parcialmente, permite a provocação e pune a vítima. Desequilibra os nervos e a disputa. É impreciso na marcação e desigual na punição. Na noite deste sábado, ao ser ludibriado pelo adversário proporcionou a mudança no placar e prejudicou nossa subida na tabela de classificação em momento decisivo do campeonato. Pior, alguns de seus erros terão reflexo na próxima partida, pela suspensão de jogadores importantes.

 

Se o estádio tem seus erros e o juiz, também, não podemos nos eximir daqueles que são de nossa responsabilidade. Alguns cometidos pela falta de entrosamento de quem entra, especialmente no meio da área onde vínhamos mantendo constância invejável; outros que são apenas repetição do que já assistimos em partidas anteriores. Temos de ter paciência e capacidade para enfrentar adversários complicados tanto quanto para suportar os erros do árbitro. Nosso desejo incansável pela vitória e esforço para atender aos pedidos do técnico têm de ser controlado, não podem nos levar a excessos que nos prejudiquem. Entendo a obsessão pela vaga na Libertadores que nos guia; não podemos, porém, perder o norte desta caminhada que nos trouxe até aqui. Assim temos de persistir e resistir à provocação do adversário, ao erros dos juízes e aos nossos, também.

 

E gol da Chapecoense!

3 comentários sobre “Avalanche Tricolor: persistir na caminhada e resistir aos erros que são de todos

  1. Calma,Mílton. Todo o teu desabafo postado acima deste texto é irretorquível. Não vale a pena,porém, perder o sono. Quem não tem direito de reclamar de todos os problemas que elencaste não somos nós. O brabo é ir pra casa depois de um jogo no qual se levou 5 x 0 do Chapecoense e ter de dar explicações sobre o desastre para a mulher e prometer à madame de que passaremos ;um mês,de castigo,sem ir a uma dessas arenas que o Lula nos deixou de herança. Nós,gremistas,mesmo estando atrás deles por enquanto,ainda não demos vexame

  2. É Milton,bom dia ! antes do jogo achava que um empate seria já um ótimo resultado,as arbitragens estão passando por um momento horrível,impressionante a quantidade de erros.
    Ver o meu Palmeiras ganhar do seu Grêmio foi uma surpresa pra mim,e ver o Felipão sendo xingado pela nossa torcida é vergonhoso,justo ele com seu cartel de conquistas tão recentes.
    Um grande abraço !!

  3. Gallo: de torcedores e juízes não espero grande coisa mesmo; haja vista o que dizem e fazem alguns torcedores do meu time. Bom mesmo nisso tudo é tê-lo aqui no Blog nesta altura do campeonato. Grande abraço,

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