Por Carlos Magno Gibrail
Os economistas afirmam que a Economia é influenciada pelas expectativas. Pois, os agentes econômicos agem em função do futuro que preveem.
O Varejo brasileiro, que é um setor com um importante papel dentro da Economia, tem a previsão das vendas como a sua ferramenta mais estratégica. De forma que as suas expectativas precisam estar balizadas em sólidos indícios. E tais exigências se qualificam no Natal, quando se sabe que é a data mais importante do calendário anual de vendas para a maioria dos lojistas. Normalmente, o resultado obtido no Natal pode influenciar o desempenho do ano.
Cabe então preparar o Marketing Mix, ou seja, os Ps – produto, ponto, preço, pessoal, propaganda, processos, physical exp. dentro das técnicas tangíveis e submetê-las as intangíveis expectativas.
Diante dessas atribuições fomos buscar as premissas que nortearam as previsões de algumas entidades do setor para este Natal.
Pela CNC — Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o volume de vendas deverá crescer 2,8%, e deverão ser contratados 124 mil trabalhadores temporários. Esse cálculo foi baseado na menor pressão inflacionária, na queda dos juros, na melhora do mercado de trabalho e no aumento das vendas. Os segmentos de supermercados, e de vestuário e calçados devem responder por 75% deste volume (Fonte: Governo do Brasil, com informações da CNC)
A FecomercioSP prevê um crescimento de 5% nas vendas de Natal, em São Paulo, com montante equivalente de R$ 70 bilhões, tornando-se o melhor dezembro desde 2008. Em função da melhoria dos principais indicadores ligados a renda, inflação e crédito. E, também, da maior quantidade de dinheiro do 13º salário, cujo acréscimo foi de 2,2% em termos reais, além da entrada de um novo governo.
Para a ABRASCE — Associação brasileira de Shopping Centers as vendas deste Natal deverão subir 8%. Fundamentalmente, pelos esforços na diversificação da atuação e da utilização da multicanalidade, possibilitando maior aproximação com os clientes. A ABRASCE destaca as categorias mais procuradas atualmente como vestuário, brinquedos, calçados, telefonia e perfumaria. Gerando um valor médio de venda entre R$ 200,00 e R$ 300,00 (Fonte: Reuters)
A ALSHOP — Associação de Lojistas de Shopping Centers, através de seu Diretor Luís Augusto Ildefonso da Silva, informou que devido ao ritmo ainda lento das vendas, não achou conveniente formular neste momento o parâmetro ideal para projetar as vendas de Natal.
Tudo indica que a concentração dos últimos dias de compras mais uma vez se acentuará, e exigirá uma expertise extra do setor para assimilar o congestionamento.
Boas compras e boas vendas a todos!
Carlos Magno Gibrail, Consultor e autor do livro “Arquitetura do Varejo”, é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung