À uma sequência de manchetes que contrapõe Alckmin a Serra, o governador de São Paulo respondeu: “isto é pimenta da imprensa”. Aproveitei a conversa para saber se não seria resultado da relação dele com o ex-candidato à presidência estar apimentada: “Posso falar por mim …” E a entrevista nesta manhã no CBN SP, transmitida, também, pela internet, foi em frente.
Acompanhe aqui a entrevista do Governador Geraldo Alckmin para o CBN São Paulo.
O Governador que volta ao Palácio dos Bandeirantes tem habilidade com as palavras, evita usar expressões fortes e desconfortos mesmo com opositores. Por isso, não era de se esperar que fizesse alguma declaração bombástica, principalmente em consideração a um colega de partido. Mas que o tema tem pautado conversas nos corredores do palácio e da política não tenha dúvida.
Para ser justo, Alckmin usou apenas uma palavra mais forte: “frouxa”, para definir a política cambial do Banco Central, que anunciou nesta manhã algumas medidas para conter a desvalorização maior do dólar. Porém, prefere o tom mais ameno para falar sobre suas relações com a União. Conversou, ontem, com o ministro José Eduardo Martins Cardoso, e conversaria logo após a entrevista com o vice-presidente Michel Temer, também presidente do PMDB. Conversas protocolares, disse.
Sobre planos de governo, reforçou as promessas de campanha na área de transporte, rodovias, educação e saúde. Tem os dados e nomes na ponta dos dedos. Apenas não prometeu aumento salarial para ninguém, o que certamente desagradou a série de ouvintes-internautas que enviaram perguntas sobre o tema. Eram, especialmente, professores e policiais que reclamam da falta de valorização da categoria.
Por falar em policiais, não conseguiu explicar por que o Detran não funciona nas mãos da polícia, a ponto de determinar a mudança do departamento de trânsito para secretaria distante da Segurança Pública. Se depender dele, vai para a Secretaria de Gestão. Ainda não bateu o martelo. Nem respondeu a pergunta, preferindo falar da metade cheia do copo em vez da metade vazia: “teremos mais policiais atuando na sua função, nas delegacias e investigando”.
Da Copa, Alckmin praticamente descartou plano B e depositou confiança no estádio do Corinthians para a festa de abertura: “sem dinheiro do estado”, garante. De qualquer jeito, anunciou encontro com o presidente da CBF Ricardo Teixeira, nos próximos dias.
O governador Geraldo Alckmin parecia bem mais à vontade desta vez do que na época em que esteve no estúdio como candidato ao governo. Àquela foi entrevista tensa, preocupada, apesar de liderar as pesquisas com folga. Chegou a tirar a gravata azul assim que chegou à rádio, logo após tomar café em padaria de Santa Cecilia. Vendo às câmeras, se arrependeu, pediu para um assessor trazê-la de volta, mas o programa estava no ar (e as imagens, também). Foi sem gravata mesmo.
Após uma hora de entrevista, com participação de ouvinte-internautas, por e-mail e Twitter, se despediu de todos, agradeceu a oportunidade, pegou seus assessores, um número razoável de seguranças e subiu no helicóptero rumo ao Palácio.
Próxima conversa (protocolar, lógico): Michel Temer.
Aprendendo e desaprendendo. Alckmin na campanha para presidente, mais atacava Lula do que apresentava as propostas que eventualmente possuia.
Em contra partida,colocar a culpa na imprensa parece que é universal.
Ficou bem a elegância de entrevistador e entrevistado.
Carlos.
Com todo respeito ao Governador Alckmin, duvido que um dia possa surgir algum politico que não jogue a culpa em outro.
Mas o patrão e ancora” ……………..
Estava tri legal de bueno tchê!
Um dia chego la tb
A atuação do Milton dispensa comentários, como sempre, mas Armando Italo pelo amor de Deus… “Puxa-saco e capim gordura não precisa nem plantar”. rsrs
Ai Alecyr
Não é puxaquismo não!
O “homi” estava nuns trinks de fazer inveja ao mais famoso estilista!
Tai o Carlos Gibrail para comprovar que e Doutor em Moda.
Abração
Armando Italo
Armando italo,
Desculpa, não percebí que seu foco estava no ternão Armani do nosso amigo. Concordo!
Abração
Alecir
Prezado Milton Jung,
ó governador Geraldo Alckmin, calmo, dono de um estilo que ele chama de “pé no chão” e não agride seus adversários e aposta na experiência adquirida no governo estadual. Segundo, Geraldo Alckmin: – “Sempre que um candidato começa a falar mal do concorrente é prova de fragilidade. Aprendi com meu pai que os erros do concorrente não aumentam nossas qualidades “.
Abraços,
Nelson Valente
A cantora e ativista Rita Lee teve uma daquelas idéias brilhantes, dignas do seu gênio criativo.
Reclamando da inutilidade de programas como o Big Brother, ela deu a seguinte sugestão:
– Colocar todos os pré-candidatos à presidência da República trancados em uma casa, debatendo e discutindo seus respectivos programas de governo.
Sem marqueteiros, sem assessores, sem máscaras e sem discursos ensaiados.Toda semana o público vota e elimina um.No final do programa, o vencedor ganharia o cargo público máximo do país.Além de acabar com o enfadonho e repetitivo horário político, a população conheceria o verdadeiro caráter dos candidatos.Assim, quem financiaria essa casa seria o repasse de parte do valor dos telefonemas que a casa receberia e ninguém mais precisará corromper empreiteiras ou empresas de lixo sob a alegação de cobrir o ‘fundo de campanha’.
A idéia não é incrivelmente boa?
Fábio,
E aí o outro completa: se cercar viro hospício, se cobrir, vira circo.