Pedale em Moema antes que a ciclofaixa acabe

 

Ciclofaixa de Moema em foto do Blog O Bicicreteiro, de André Pasqualini

Uma ação judicial deve ser apresentada para forçar a CET a acabar com a ciclofaixa implantada há menos de uma semana, em Moema, zona sul de São Paulo. São comerciantes e moradores que compartilham da ideia de que o melhor para uma cidade é o carro, e iniciaram coleta de assinatura pedindo o fim da faixa exclusiva de bicicletas. Entendem que o trânsito ficará mais complicado, os amigos e parentes não terão onde estacionar e os clientes vão comprar em outra freguesia. Ganhou destaque a afirmação de uma comerciante assustada com a possibilidade de perder consumidoras, senhoras milionárias que não conseguirão pedalar de salto alto. Conseguem se quiserem, mas não precisam, pois podem estacionar seus carros um quarteirão ao lado e caminhar até a loja como fazem nos shopping centers, por exemplo.

Os ciclistas contra-atacaram e abriram petição pública com o objetivo de mostrar o apoio da população à ciclofaixa de Moema, além disso vão colocar suas roupas mais bacanas e seus sapatos de salto alto e promover uma bicicletada chic, batizada “Milionárias de Bike”, no dia 19 de novembro, sábado, a partir da uma da tarde (atenção para a data, pois o evento foi adiado). Querem mostrar que a bicicleta não afasta, agrega. Não congestiona, faz fluir. Não desvaloriza, ao contrário, pois Moema pode se transformar em referência para todas as cidades brasileiras como “um bairro alinhado com a mobilidade urbana em favor de pessoas”, como ocorre com Londres, Paris e Nova Iorque.


Leia o post completo no Blog Adote São Paulo, da revista Época São Paulo

A foto deste post é da Ciclofaixa de Moema e foi tirada por André Pasqualini do Blog O Bicicreteiro

11 comentários sobre “Pedale em Moema antes que a ciclofaixa acabe

  1. Sobre a polêmica ciclofaixa de Moema:
    O problema é muito, mas muito maior. Falta de planejamento urbano a médio e longo prazo. Posso falar por que meu meio de transporte é prioritariamente bicicleta: Não acredito em ciclofaixas, não acredito em ciclorotas. Ciclofaixa é que nem feira, todo mundo acha legal mas ninguém quer ter na frente de casa. Ciclorota é uma maneira de dizer estamos fazendo algo e como tudo no Brasil que é precário vira permanente. Eu só acredito em ciclovias segregadas e conectadas com transporte público.

  2. Bom dia Milton!
    Gostei muito desse comentário feito aqui. Concordo totalmente com quem o escreveu.
    Não utilizo bicicleta, ando com transporte público, mas concordo com Ivson.
    abraços,
    Dione

  3. É grande a minha irritabilidade e insastisfação ao ler tal matéria e ver que moradores e comerciantes pensando apenas em seu bem estar próprio, precisamos pra ontem de soluções para um trânsito melhor, seja através de mais linhas de metros e trens e também ciclo faixas, sou a favor da implatação da ciclo faixa em toda região metropolitana, são por pensamentos e interesses mesquinhos como esses, que somos considerados um país do terceiro mundo!

  4. Adoro bike. Passei minha infância toda e até os 14 anos andando de bike o dia inteiro. Hj tenho 44 e confesso tenho medo de andar de bicicleta pelo bairro, pela cidade porque hj os carros tem prioridade máxima nas ruas e não há respeito com os ciclistas. Somos vistos como uma pessoa que está atrapalhando o trânsito. Hj o motorista de carro dirige falando ao celular, muitos jovens dirigindo sem prestar atenção em nada. Em horário de pico parece que vc abre uma porteira e os carros saem loucos querendo um levar vantagem sobre o outro. Ai ao ciclista resta pedalar emcima das calçadas. Senão já era. Tenho medo. Mesmo com ciclofaixa não me animo. Primeiro é preciso o motorista mudar de postura e comportamento. Só quando o motorista perceber que o ciclista está ai justamente tentando melhorar o trânsito é que o respeito poderá ocorrer. Hj não dá. Toda vez que passo na Marginal Tietê fico pensando: Bilhões gastos para alargar as pistas e nem tem 1 km sequer de ciclovia.

  5. é nisso que dá uma cidade como São Paulo crecer sem qualquer planejamento urbano
    Só pensam em liberar construção de predios e mais predios, a cidade vai ficando entupida de gente e de carros.
    Não existe plano diretor que venha favorecer o paulistano e sim as construtoras, as montadoras e os automoveis.
    No final daRua João Cahoeira pretendem construir mais um predio nesta rua conturbada.
    Na Av Sto Amaro outro predio comercial vai ser construido entre as Ruas Braz CArdoso e Jaquex Felix
    Bem em frente a parada Vila Nova conceição num dos pontos mais caóticos desta avenida, estreito, conjestionado
    ai pergunto
    Como as bicicletas terão lugar e segurança para trafegar com milhares de veiculos entrando e saindo das garagens dos predios
    Moema e o verdadeiro formigueiro de tantos predios de de moradores.
    Itaim Bibi idem.
    O caos parece que esta tomando conta da cidade inteira e a prefeitura fecha os olhos simplesmente e quando tenta solucionar alguma coisa, inventa recursos paliativos
    Isso que podemos chamar de incompetencia administrativa
    A cidade de São Paulo jamais na historia foi tão mal administrada.

  6. Estimados,
    Não se trata de uma discussão entre diferentes ideais ou uma disputa social. Isto é o aparente e não a causa raiz do problema.
    Vamos por partes. A anedota desta história fica por conta da senhora comerciante que realmente me acordou com seu ruidoso manifesto no sábado passado. O tom e o estilo beiraram a loucura.
    Não concordo com milionários da bicicleta, mas tampouco posso concordar com a falta de planejamento e bom senso na proposta desta ciclovia.
    O problema não é a ciclovia,pois isto é fundamental na proposição de transportes alternativos. O que me espanta é a forma como esta proposta foi estruturada. Beira o ridículo. Eliminaram meia faixa nas duas artérias mais importantes do bairro estendendo a vaga de estacionamento sobre a primeira faixa a esquerda como se fosse (imaginem) uma fila dupla. Não bastasse isso a CET não vislumbrou que aos sábados se pode parar dos dois lados destas ruas o que na prática reduz três faixas a uma e gera um transito absurdo por conta do fluxo do comercio e da vizinhança resultando em “buzinadas” e outras confusões. No dia da implementação ocorreu um atropelamento porque pedestres, motoqueiros e motoristas não entenderam o “truque” do estacionamento “oficializado” em fila dupla (atenção) na mão esquerda – isto mesmo – na mão esquerda.
    Ciclovia deve e tem que ser em faixa segregada, com a estrutura adequada e planejamento para isolar o ciclista e não colocá-lo em uma faixa no meio fio.
    Outro ponto. Comparar esta proposta com as ciclovias em NY, Londres e outras cidades desenvolvidas só se for uma comparação no plano conceitual, pois na prática as ciclovias das referidas cidades não se comparam a esta faixa no meio fio a esquerda justificada de maneira brilhante pela CET atrás de prováveis interesses políticos. Não vou por esta seara.
    Eu tenho um amigo inglês e ciclista que está inconformado com esta solução genial justamente por compará-la ao conceito de ciclovia em Londres.
    Portanto, meu Caro e respeitado Milton, a questão não é uma aparente disputa de poder entre classes, mas a proposta apresentada como um conceito moderno numa estrutura precária em um país onde se incentiva a compra de carros (não quero seguir para defender tese…não é este o ponto central neste momento).
    E sim, não nego minha impressão e opinião. O Sr Kassab perdeu o bom senso há algum tempo. O CET prefiro nem comentar para não lembrar outras pérolas.
    .

  7. Estimados,
    Não se trata de uma discussão entre diferentes ideais ou uma disputa social. Isto é o aparente e não a causa raiz do problema.
    Vamos por partes. A anedota desta história fica por conta da senhora comerciante que realmente me acordou com seu ruidoso manifesto no sábado passado. O tom e o estilo beiraram a loucura.
    Não concordo com milionários da bicicleta, mas tampouco posso concordar com a falta de planejamento e bom senso na proposta desta ciclovia.
    O problema não é a ciclovia,pois isto é fundamental na proposição de transportes alternativos. O que me espanta é a forma como esta proposta foi estruturada. Beira o ridículo. Eliminaram meia faixa nas duas artérias mais importantes do bairro estendendo a vaga de estacionamento sobre a primeira faixa a esquerda como se fosse (imaginem) uma fila dupla. Não bastasse isso a CET não vislumbrou que aos sábados se pode parar dos dois lados destas ruas o que na prática reduz três faixas a uma e gera um transito absurdo por conta do fluxo do comercio e da vizinhança resultando em “buzinadas” e outras confusões. No dia da implementação ocorreu um atropelamento porque pedestres, motoqueiros e motoristas não entenderam o “truque” do estacionamento “oficializado” em fila dupla (atenção) na mão esquerda – isto mesmo – na mão esquerda.
    Ciclovia deve e tem que ser em faixa segregada, com a estrutura adequada e planejamento para isolar o ciclista e não colocá-lo em uma faixa no meio fio.
    Outro ponto. Comparar esta proposta com as ciclovias em NY, Londres e outras cidades desenvolvidas só se for uma comparação no plano conceitual, pois na prática as ciclovias das referidas cidades não se comparam a esta faixa no meio fio a esquerda justificada de maneira brilhante pela CET atrás de prováveis interesses políticos. Não vou por esta seara.
    Eu tenho um amigo inglês e ciclista que está inconformado com esta solução genial justamente por compará-la ao conceito de ciclovia em Londres.
    Portanto, meu Caro e respeitado Milton, a questão não é uma aparente disputa de poder entre classes, mas a proposta apresentada como um conceito moderno numa estrutura precária em um país onde se incentiva a compra de carros (não quero seguir para defender tese…não é este o ponto central neste momento).
    E sim, não nego minha impressão e opinião. O Sr Kassab perdeu o bom senso há algum tempo. O CET prefiro nem comentar para não lembrar outras pérolas.

  8. Bom Dia Milton e aos colegas do Blog,

    Fernando coment. 6 e 7. Concordo plenamente. Realmente o problema não são as ciclovias e nem essa maluca dos clientes milionarios. A gravidade de tudo isso é a incompentencia desse prefeito e de seus acessores. Ésses caras são tão burros e incompetentes, que eles não consegue perceber que antes deles fazerem as merdas deles, as pessoas tem que ser ouvidas. os problemas de cada rua dessa cidade, tem que ser dicutidos com os seus moradores. Não que eles vão fazer do gosto de cada um mas, faço de acordo que atendnda o consenço de todos.
    Mas também o que vamos esperar de um prefeito que dar habits para comercio irregulares? Só devemos esperar cagada e burrice.
    Ainda bem que 2012 esta chegando.

    Abr e bom feriado a todos,

    JR.

  9. Bom Dia Milton e aos colegas Blogueiros,

    Pessoal por varias veses, eu ja sugerir para o kassab e o alkimim juntamente a as suas cojas que se quiserem apreder administrar uma cidade, respeitar, tratar bem a sua população e aprender fazer ciclovias, venham ao São Caetano do Sul. Quem sabe eles deixam de ser incompetentes e toscos!
    Se bem que eu acho que nem isso vai dar jeito coroneis disfarçados de democratas.

    Abr,

    SJ.

  10. Bom dia Milton eaos colegas blogeiros,

    Pessoal e ja dei a minha sugestão. Caso esse prefeito de meia pataca e seus varsalos incompentes, queira apreder fazer fixas de ciclovias, administrar uma cidade de forma ética e competente, respeitar a população e devolver a furtuna que pagamos de impostos em beneficios a população, eles podem vir a cidade de São Caetano do Sul. Aqui, tudo funciona. Não vejo e nunca vi a população reclamar de nada. Não é atoa que ela é a melhor cidade da GSP, em todos os aspectos inclusive em educação.
    Caso eles tenham interesse, é só tomar o buzão Pq. D. Pedro – São Caetano. Descer na AV. Goiais, proximo ao centro de inclusão digital. Embaixo da marquiz desse predio, tem o mapa da cidade.
    A partir desse ponto, eles já vão tendo as primeiras aulas.

    Abr e bom fim de semana a todos.

    JS.

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