Palmeiras (2)1×1(3) Grêmio
Copa do Brasil – Allianz Parque

Jogadores comemoram classificação (reprodução da TV)
“Quando a gente tá com a bola ataca, quando não tá, defende”…
Assim Renato explicou como o Grêmio deveria se comportar em campo, ao responder pergunta feita pelo repórter da televisão, um minuto antes de se iniciar a partida dessa quarta-feira à noite, em São Paulo.
Foi simples, direto e objetivo, como ensina o mantra da boa comunicação.
Foi óbvio, também! Talvez porque tivesse como meta, naquele momento que antecedia a decisão, apenas se livrar da conversa com o jornalista, afinal o que interessava mesmo é o que viria a acontecer em seguida no gramado – no ruim gramado do Allianz Parque.
Por mais simples que tenha parecido a explicação do técnico gremista colocar a ideia em prática seria extremamente complexo, como se viu ao longo do jogo.
Nem sempre quando a bola esteve com o Grêmio, conseguimos atacar; muitas vezes tropeçamos nas nossas deficiências de movimentação e, em outras, na eficiência da marcação.
Nem sempre quando a bola estava com o adversário, conseguimos marcar; muitas vezes deixamos mais espaço do que deveríamos e a bola chegava com perigo dentro da área. Nos safamos de algumas boas quando só nos restava contar com a sorte e a coragem. E coragem não faltou a nossos defensores que se atiravam de qualquer maneira para evitar o gol.
Sem colocar em prática a obviedade proferida por Renato, torcíamos para que o relógio andasse mais rápido do que nosso toque de bola, já que o empate nos bastava. Chuleávamos para que em um lance fortuito conseguíssemos fazer um gol, o que nos levaria a respirar um pouco mais.
O gol saiu, mas não foi do nosso lado. Foi contra nós, e pelo alto, como sempre.
O resultado já não nos interessava mais. O relógio que parecia bater em um ritmo lento, começou a rodar com rapidez. E o nosso futebol não andava lá essas coisas, apesar de algumas chances criadas.
Isso não quer dizer que havíamos desistido de lutar … afinal, ainda assim, nos bastava apenas um gol, não mais do que isso para a vaga estar garantida.
Foi, então, que aos 15 minutos do segundo tempo, Renato mais uma vez usou a lógica e colocou em campo aquele que não nos tem faltado nas últimas partidas: Everton.
Nosso atacante foi o personagem da classificação: foi dele o lance que resultou na expulsão que fragilizou o adversário, assim como foi dele o lance que desnorteou a defesa, deslocou o zagueiro e abriu espaço para fazer o gol.
Everton entrou em campo e cumpriu a ordem de Renato: quando a gente tá com a bola, ataca. O que permitiu que o restante do time fizesse a outra parte: quando a bola não tá, a gente defende.
Com o pragmatismo de Renato, a dedicação do time e o talento de Everton estamos na semifinal da Copa do Brasil, mais próximos da Libertadores e de um tão desejado título.
Milton, eu tinha comentado com um amigo palmeirense, o Wesley, operador da Rádio Globo aqui de Foz (antiga CBN Foz), que o jogo seria 1 a 1 chorado, com o gol de empate gremista aos 40 minutos do segundo tempo. Errei o tempo do gol. Às vezes penso “por que o Everton não começa jogando?”, mas a resposta vem em forma de gols decisivos.
Ele é aquela carta na manga, aquele coringa necessário para mudar a partida. E mudou, grande atuação do Cristiano Roneverton. Assim como todos os demais jogadores estão de parabéns, cumpriram o script com maestria. Claro que nem sempre é possível jogar de maneira perfeita. Precisa melhorar os contra-ataques, para que não deixe de matar o jogo quando possível.
Agora nessa espécie de Copa Sul-Minas com vaga na Libertadores ao campeão, teremos um grande adversário, apenas o maior campeão do torneio juntamente com o Grêmio. E o técnico deles, também conhecemos bem. Todo respeito e cuidado são poucos. Mas confio no Grêmio. Esse novo Grêmio do Renato, que soube aproveitar o que Roger deixou de bom, e acrescentou mais objetividade, melhorou a marcação, motivou os atletas que pareciam desmotivados.
Que venha o GREnal no Brasileirão e, por que não, na final também?
Abs
Bruno, legal ter sua participação por aqui. Everton é daqueles jogadores que estão condenados ao segundo tempo. Que assim seja para todo e sempre: entra e decide. Surpreende!
Temos cinco jogos a disputar nesta temporada: o primeiro é domingo. Tem de vencer. Com time titular. Os outros quatro: os da Copa do Brasil. E não é o caminho para Libertadores: é o início da volta olímpica que tanto sonhamos.
Grande abraço!
Caro Milton concordo om os comentários acima. Apenas uma consideração: como o time está um pouco desgastado e em final de temporada penso que para domingo deveríamos ir de time misto preservando alguns titulares. Poderiamos preservar o Marcelo Oliveira, Ramiro e Pedro Rocha, colocando em seus lugares o Iago, Bolanos e Everton respectivamente. Na quarta voltaríamos com todos os titulares novamente para a decisão da semifinal da Copa do Brasil.