O relógio não havia chegado às quatro da tarde e todos estávamos de cabelo lambido e roupa impecavelmente nova. A casa cheirava à colonia que completava o banho dos três irmãos ansiosos pelo passeio prometido. Na véspera de Natal, sair com o pai até o Morro da TV era a senha para o Papai Noel chegar e deixar os presentes embaixo da árvore. Mal aproveitávamos a bela vista de Porto Alegre que aquela altura toda nos proporcionava, queríamos mesmo é ver o tempo passar rápido, voltar e nos deliciar com os brinquedos e roupas comprados por minha mãe.
Hoje, a árvore está vazia, não há presentes nem passeio ao Morro. E não pense que o trânsito complicado, o shopping lotado e o tempo sempre escasso justificam a ausência das caixas coloridas que costumam decorar a sala. Deixamos pra lá as roupas dos filhos, a bolsa da mãe, a traquitana eletrônica que sempre agrada o pai, os DVDs, livros e lembrancinhas que satisfazem as visitas e parentes. Estas ausências não serão sentidas por ninguém.
Nossos presentes, este ano, não cabiam lá na árvore. Nossas conquistas não estavam ao alcance do cartão de crédito O bem estar que domina nosso espírito tinha preço incalculável, impossível de parcelar, o queremos sempre à vista.
Quando a noite chegar, vamos celebrar a consciência tranquila de quem buscou fazer o melhor, mesmo nas muitas vezes em que este não se realizou. Comemoraremos o equilíbrio sentimental buscado por um, o emprego merecido do outro, a força encontrada pelos que viam dificuldades, o ano saudável que se seguiu após a doença, os filhos que surpreenderam pelo carinho e amadurecimento, o resgate à vida de um ente que não era mais tão querido mas sempre foi amado – ser que descompassado faz uma caminhada que me leva a analogias com o renascimento de Jesus, personagem maior desta festa.
Vamos agradecer à Deus, não mais ao Papai Noel, por ter nos permitido preservar a nossa família e tê-la tornado mais rica de sentimentos. E por todas as demais que cresceram a nossa volta, seja com as trapalhadas típicas de quem está vivo seja com as gargalhadas que proporcionaram.
A árvore está vazia, sim. Nossa festa, porém, está completa. A mesa é farta de bons motivos. E os presentes atenderam todos os pedidos que fizemos neste ano, ao menos os que realmente importam para a vida.
São Paulo fica distante dos irmãos e do pai que permanecem no Sul – minha mãe morreu há muito anos, infelizmente. Claro que tenho saudade daqueles Natais em que subíamos o Morro a espera de presentes, mas sou muito feliz pelos que tenho recebido nestes anos todos. E por todos aqueles que os proporcionaram.
Feliz Natal !

Feliz Natal
Companheiro de viagem, sua parceria e inteligência tornam possível este desejo
Ficar feliz e agradecido pelo presente momento, independente das desilusões, mortes, corrupções, etc…
Ter serenidade de separar o trigo do joio…
Ter amor e esticar a mão ao necessário…
Dar a vara de pescar e o anzol e a ensinar pescar…
Dar condições digninas e um jogo justo para que tal possa pescar de igual para igual…
Pois é, administração pública tbm tem que ser assim…
Não é dar auxílio misérias…
Mas sim ensinarmos desde pequenos que temos a obrigação de fiscalizar, opinar e fazer valer os direitos do cidadão, que não importa regime, crença ou sei lá o que,
MAS SOMENTE OS CIDADÃOS
A corrupção se não for o maior mal de uma Nação, com certeza é um dos maiores!!!
Transparência na administração pública e tais informações no onibus, metros, trens, terminais e estações, isso éOBRIGAÇÃO DO ESTADO,é não importa o partido político!!!
ass: Douglas The Flash
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eujafuiprejudicadoporservicospublicos.wordpress.com
Douglas,
Que seus desejos sejam ouvidos e atendidos.
Mílton
Um relato comovente e lírico.
Adoro o presente que é poder acompanhá-lo na rádio, fazendo o melhor e compartilhando talento.
Abraços,
Suely,
seguidora atenta e enternecida.
Suely,
Obrigado pelas palavras. Tenho saudade de seus textos. Feliz Natal !
Oi Milton e todos da nossa Radio CBN.
Mais um ano se passou.
Muito realizamos.
Muito discutimos
Muito “brigamos”, muitas veses por coisas e assuntos sem a menor importância.
Muito aprendemos
Muito amamos
Muitas veses demos gostosas gargalhadas
Muitas veses ficamos tristes sem saber o porque e choramos por alguma razão.
Muitas amizades fizemos, reais ou virtuais, mas muitas perdemos por não temos tido equilibrio e sensatez para mantê-las.
No natal todos se harmonizam, se abraçam, perdoam-se uns aos outros, pedem perdão ao criador pelos erros e pelos pecados cometidos.
Em 2011 vamos nos harmoniar,, perdoar e agradecer ao criador e a uns aos outros todos os dias, assim como acontece no natal.
Obrigado Milton e a todos da Radio CBN por nos proporcionar sabedoria, informações, alegrias e amizades!
FELIZ NATAL!
Armando Italo
Cliquem no link abaixo.
http://blogdoaitalo.blogspot.com/2010/12/feliz-natal.html
Armando,
Sua presença neste blog é motivo de satisfação sempre e reforça nossa ideia de sempre levar em consideração a causa do cidadão. Feliz Natal para sua família.
Milton Jung !
Não escreve mais assim não…(choros)
Quantos filmes passam pela cabeça da gente..
Meu irmão !
Obrigado !
Gallo,
Feliz Natal para você e não deixe de nos presentear com as belas imagens que você encontra em seu caminho.
O Natal Que Perdemos
Foi-se o tempo em que o Natal tinha um significado mais sublime e nos servia de guia para uma reflexão profundamente espiritual. Na verdade o Natal não era só um dia, era um período em que se celebrava emotiva e devotadamente a vinda desse ser espiritual único em iluminação e saber, que veio nos trazer dos planos espirituais superiores novas diretrizes para guiarmos nossas vidas de forma a nos elevarmos espiritualmente desde a nossa vida terrestre.
Passou o tempo também em que se contava para as crianças a história do menino Jesus, um ser nascido em uma pobre manjedoura, mas, que transcendendo a pobreza material transformou-se no mais vigoroso exemplo de abnegação e perseverança no cumprimento de sua missão iluminadora da humanidade. Hoje não reverenciamos mais o Natal como um tempo de transformação, por que deixamos cada vez mais que o mundano e ilusório nos furtasse nossa emotividade autêntica. Nem mesmo os afetos do Natal sobreviveram à frieza das comemorações, muitas vezes embaladas pela falta de sentido do que se festeja. A alegria do Natal tem sido só caricatura do que poderia ser, já que ela se apresenta nos presentes, nas bebidas, nas comidas, mas, longe, bem longe dos nossos corações e espíritos.
O Cristo que nos ensinou que o amor, a tolerância, a humildade, a caridade e a benevolência deveriam plasmar nossas ações todos os dias e a qualquer tempo, há muito está esquecido. Assim como o “Pai” que o enviou para que nos guiasse no caminho para o “reino dos céus”. Em decorrência disso, falta cada vez mais paz entre nós; falta solidariedade, compartilhamento e amor.
Então há que se perguntar: onde estarão os homens e as mulheres de boa vontade? Criaturas que tanto o Cristo exaltou em suas prédicas, onde estarão? Provavelmente em algum lugar do caminho nos perdemos, algum atalho infeliz nos afastou da verdade e da vida. Se assim foi, então amigos e irmãos de jornada, creio que precisamos urgentemente encontrar a nós mesmos e deixar que o brilho da estrela-guia nos aponte o caminho para, como pródigos filhos, regressarmos para casa…
Boa Reflexão, um belo reencontro com o Natal e com você.
Feliz Natal e um 2011 repleto de boas realizações, saúde e paz.
Daniel,
Obrigado pelo texto publicado neste espaço que nos oferece mais caminhos para a reflexão. Feliz Natal para você.
Feliz Natal para você e toda sua família!
Cláudio,
Fazer este Natal feliz, tendo gente como você e sua família próximos, é bem mais fácil, tenha certeza.
Milton,
Feliz Natal a você e sua família!
Que a beleza deste texto se repita por muitos e muitos anos…
Alecir,
Pela sua luta e persistência, sei o quanto és capaz de fazer este um Natal ainda mais feliz.
O teu foi um dos melhores textos que li sobre o Natal. Não pense que este elogio é coisa de pai-coruja. Não estou te fazendo favor algum. Tem beleza e profundidade. Gostaria que todos o pudessem ler. Será que preciso dizer que me emocionou? Aliás,como muitos textos teus versando acerca dos mais diversos assuntos.